ANIMALESCOS, O BESTIÁRIO CONTEMPORÂNEO DE GONÇALO M. TAVARES

Autores

  • Rosana Cristina Zanelatto Santos Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

DOI:

https://doi.org/10.22481/folio.v10i1.3740

Palavras-chave:

Bestiário; Gêneros Literários; Aberto; Literatura Portuguesa.

Resumo

Considerado um gênero literário medieval, o bestiário descrevia física e comportamentalmente animais reais ou imaginários, atribuindo cunho moralizante ao quadro representado. Era escrito em prosa ou versos, sendo ilustrado e tomando a natureza ao modo cristão de ver o mundo, isto é, como fonte de ensinamento para o ser humano, demonstrando-lhe, por vezes, seu parentesco não somente biológico com o animal. Com o distanciamento do universo secular dos dogmas cristãos, os bestiários perdem sua força como gênero, e os animais de suas páginas migram para a iconografia eclesiástica e, mais tarde, para as artes visuais, valendo citar, por exemplo, a relação visual entre homens e animais na obra de Goya. Nossa pretensão é demonstrar que Animalescos, de Gonçalo M. Tavares, agrega-se ao gênero bestiário, que não desapareceu, porém, ganhou novos contornos com o passar dos tempos. Se na ficha catalográfica da edição brasileira (Dublinense, 2016) lemos que se trata de “contos portugueses”, discordamos dessa rubrica, uma vez que há um fio temático – a perversidade – que alinhava as narrativas, alicerçadas sobre relações entre homens, animais, cidades, máquinas, neuroses, violência e morte.   

 

 
 

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Biografia do Autor

Rosana Cristina Zanelatto Santos, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Doutora em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade de São Paulo (Usp). Professora Titular da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). 

 
 

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Publicado

2018-08-13

Como Citar

Santos, R. C. Z. (2018). ANIMALESCOS, O BESTIÁRIO CONTEMPORÂNEO DE GONÇALO M. TAVARES. fólio - Revista De Letras, 10(1). https://doi.org/10.22481/folio.v10i1.3740