QUANDO O PODER SECO É QUE VALE: LITERATURA E HISTÓRIA EM HOBSBAWM E EM GUIMARÃES ROSA

Autores

  • Everton Farias Teixeira Universidade Federal do Pará (Ufpa)

Resumo

Baseado em um estudo comparativo do romance de João Guimarães Rosa, Grande sertão: veredas (1956) e da produção teórica do historiador Eric Hobsbawm, este exame pretende demonstrar como a história ocidental infiltra-se na particular inscrita nas páginas desse autor brasileiro. Desta forma, percebe-se na produção de Rosa uma leitura que relaciona a literatura e a história inscrevendo discretamente algumas passagens do Século XX em seu remoto sertão. Como este espaço surge nas páginas rosianas como uma metonímia de todos os lugares e não como uma espécie de saudosismo sertanejo deste ficcionista, exemplos dessa ressonância da história ocidental abundam em Grande sertão: veredas como os grandes fenômenos apontados por Hobsbawm vivenciados no século passado: a emancipação feminina e a crítica aos modelos liberais originando os grupos de celerados indômitos e as práticas de barbárie, ambos de extrema relevância tanto para a obra rosiana, quanto para parte do trabalho deste intelectual britânico.

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Biografia do Autor

Everton Farias Teixeira, Universidade Federal do Pará (Ufpa)

Mestre em Letras pela Universidade Federal do Pará (Ufpa). Doutorando em Letras pela Ufpa. Professor Assistente da Ufpa.

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Publicado

2018-03-08

Como Citar

Teixeira, E. F. (2018). QUANDO O PODER SECO É QUE VALE: LITERATURA E HISTÓRIA EM HOBSBAWM E EM GUIMARÃES ROSA. fólio - Revista De Letras, 7(2). Recuperado de https://periodicos2.uesb.br/index.php/folio/article/view/2962