“EU GOSTAVA MUITO DO CAOS QUE ERA AQUELA SALA” IDENTIDADES E EMOÇÕES NAS NARRATIVAS DE ALUNOS DA LICENCIATURA EM SITUAÇÃO DE ESTÁGIO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/folio.v12i1.6609

Palavras-chave:

Estágio Supervisionado; Identidade; Emoções; Análise de narrativas.

Resumo

Neste artigo investigamos, a partir das narrativas de alunos do 6º período do curso de Licenciatura em Letras Português, de um Instituto Federal, o lugar e o impacto do estágio supervisionado em sua percepção do fazer docente e na construção da identidade profissional desses futuros professores. Nesse sentido, apoiamo-nos nas discussões de Pimenta (2008) e Tardiff (2011) sobre estágio supervisionado; Hall (2006) e Dubar (2005) sobre a formação de identidades na contemporaneidade e Aragão (2011, 2014) que trata do papel da emoção na formação de professores. Articulando esse aporte teórico e por meio da análise das narrativas dos alunos, defendemos que a identidade docente será construída e reconstruída ao longo de toda a trajetória profissional do professor e destacamos o papel das emoções na construção da identidade docente, pois será por meio delas que os alunos-estagiários iniciarão o processo de reflexão sobre o fazer docente, o que contribui, sobremaneira, na construção de sua identidade como professor.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

André Effgen de Aguiar, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Puc-SP)

Mestre em Linguística pela Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil (Ufes). Doutorando em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Puc-SP). Professor  do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes).

Referências

1. ARAGÃO, Rodrigo C. Emoções no ensino/ aprendizagem de Línguas. In: ANDRADE, M.R.M de. (Orgs.). Afetividade e emoções no ensino/ aprendizagem de línguas: múltiplos olhares. São Paulo: Pontes Editores, 2011 p. 163-189.
2. _______. Observar, narrar e significar a experiência da aprendizagem. In: MICCOLI, L.S. Pesquisa Experiencial em Contextos de Aprendizagem: Uma abordagem em evolução. Campinas, SP: Pontes Editores, 2014. p. 79-99.
3. BARCELOS, Ana M. F. Desvelando a relação entre crenças sobre ensino e aprendizagem de línguas, emoções e identidades. In.: A.F.L.M. GERHARDT, M.A.AMORIN; A.M. CARVALHO (Orgs.). Linguística Aplicada e Ensino: Língua e Literatura. Campinas: Pontes, p. 153-186, 2013.
4. _______; DA SILVA, Denize. D. Crenças e emoções de professores de inglês em serviço. Revista Contexturas, n. 24, p. 6 - 19, 2015.
5. BRAND, Rita M. W. A construção da identidade docente e suas representações sobre o próprio trabalho: o fenômeno do mal-estar. In: Anais do II Simpósio nacional de educação. Cascavel: Unioeste, 2010.
6. CARDOSO, M.I.S.T; BATISTA, P. M.F; GRAÇA, A.B.S. A identidade do Professor: desafios colocados pela globalização. In:Revista Brasileira de Educação, v.21, n. 65, p. 371-389, abr.- jun. 2016.
7. Castells, M. The power of identity . 2. ed. Oxford: Wiley-Blackwell, 1997.
8. DUBAR, C. A socialização: construção das identidades sociais e profissionais. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
9. _______. A construção de si pela atividade de trabalho: a socialização profissional. In: Cadernos de Pesquisa, v.42, n.146, p. 351-367, maio/ago, 2012.
10. FABRÍCIO, Branca F. Linguística Aplicada como espaço de “desaprendizagem”: redescrições em curso. In: MOITA LOPES, Luiz Paulo da. (org.). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006. p. 45-65.
11. GARCIA, Maria M. A.; HYPOLITO, Alvaro M.; VIEIRA, Jarbas S. As identidades docentes como fabricação da docência. In: Educação e Pesquisa. São Paulo, v.31 n.1, pp. 45-56, jan./mar. 2005.
12. GUIMARÃES, V. S. Formação de professores: saberes, identidade e profissão. Campinas, SP: Papirus, 2005.
13. HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
14. LOPES, A. La construcción de identidades docentes como constructo de estrutura y dinámica sistémicas: argumentación y virtualidades teóricas y prácticas. In:Profesorado – Revista de Currículum y Formación del Profesorado, Granada: Universidade de Granada, v. 11, n. 3, p. 1-25, 2007.
15. MARCELO GARCÍA, C. O professor iniciante, a prática pedagógica e o sentido da experiência. In: Formação Docente, Belo Horizonte, v. 02, n. 03, p. 11-49, ago./dez. 2010.
16. MARTINS, S. T. A. ; SOUZA, N. E. O papel das emoções e da linguistica aplicada crítica na formação do professor de línguas. In: Congresso Internacional de Linguística Aplicada Crítica - ICCAL, 2016, Brasília. Anais do I Congresso Internacional da Linguística Aplicada Crítica [livro eletrônico]: linguagem, ação e transformação. Londrina: UEL, 2016.
17. MILLER, Ines K. de. Formação de professores de línguas: da eficiência à reflexão crítica e ética. In: MOITA LOPES, Luiz Paulo da. (org.) Linguística aplicada na modernidade recente: festschrift para Antonieta Celani. São Paulo: Parábola, 2013. p. 99-121.
18. MOITA LOPES, L. P. da. Linguística Aplicada e vida contemporânea: problematização dos construtos que têm orientado a pesquisa. In: MOITA LOPES, Luiz Paulo da. (org.). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006. p. 85-107.
19. MUNIZ, Dineia M.S. e VILAS BOAS, Fabíola S. O. A formação inicial do professor de língua portuguesa e aspectos de sua constituição como professor leitor. In:Revista entreideias, Salvador, v.6, n.2, p. 27-44, jul./dez. 2017.
20. NÓVOA, A. Os professores e as histórias da sua vida. In: NÓVOA, A. (Org.) Vidas de professores. Porto Editora: Porto, 1992.
21. OLIVEIRA, Hélvio F. Tiranias da identidade do professor de LE/; crenças, emoções e ações por meio da linguagem. Letras Escreve. Macapá, v.6, nº2, 2º sem., 2016.
22. PICONÊZ, Stela. A Prática de Ensino e o Estágio Supervisionado: a aproximação da Realidade Escolar e a Prática da Reflexão. In: PICONEZ, S. (Org.). A Prática de ensino e o estágio supervisionado. 3 ed. Campinas, São Paulo: Papirus, 1999.
23. PIMENTA, Selma. Garrido; LIMA, Maria Socorro. Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2008.
24. SOUZA, Denise T. R. de. Formação continuada de professores e fracasso escolar: problematizando o argumento da incompetência. In: Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 32, n. 3, Dec. 2006a.
25. SOUZA, E. C. O conhecimento de si: estágio e narrativas de formação de professores. Rio de Janeiro: DP&A; Salvador, BA: UNEB, 2006b.
26. TARDIFF, M; LESSARD, Claude (Orgs.). O ofício de professor: história, perspectiva e desafios internacionais. 4. ed., Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
27. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.
28. VÓVIO, C. L.; DE GRANDE, P. B. O que dizem as educadoras sobre si: construções identitárias e formação docente. In: VÓVIO, C.; SITO, L.; DE GRANDE, P. (Orgs.). Letramentos: rupturas, deslocamentos e repercussões de pesquisas em Linguística Aplicada. Campinas: Mercado de Letras, 2010, p. 51-70.

Downloads

Publicado

2020-07-02

Como Citar

Aguiar, A. E. de. (2020). “EU GOSTAVA MUITO DO CAOS QUE ERA AQUELA SALA” IDENTIDADES E EMOÇÕES NAS NARRATIVAS DE ALUNOS DA LICENCIATURA EM SITUAÇÃO DE ESTÁGIO. fólio - Revista De Letras, 12(1). https://doi.org/10.22481/folio.v12i1.6609