EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS A DISTÂNCIA: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA CURRICULAR DO SESI DA BAHIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/praxisedu.v16i42.7353

Palavras-chave:

Educação de Jovens e Adultos, Educação a Distância, Avaliação do Programa Curricular

Resumo

O objetivo principal desta pesquisa é avaliar os resultados da turma de ensino médio da Educação de jovens e adultos a distância do Polo Salvador, problemática desta investigação, assim como busca responder em que medida a oferta da educação de jovens e adultos a distância contribui para elevar a escolaridade dos trabalhadores da indústria baiana. Como objetivos específicos, buscou-se verificar se a Educação de jovens e adultos a distância tem possibilitado a elevação da escolaridade dos trabalhadores da indústria baiana, analisar os resultados e indicadores e verificar se o programa tem possibilitado o acesso dos egressos a outros níveis de formação. Para os caminhos metodológicos da investigação, optou-se por uma abordagem qualitativa, utilizaram-se, para a coleta de informações, questionários, entrevistas semiestruturadas, pesquisa documental, observação participante. Para a análise das informações, adotou-se a análise compreensiva-interpretativa das narrativas para a composição da história da Educação de jovens e adultos no SESI Bahia e o objetivo de avaliar os resultados da Educação de jovens e adultos a distância. Os achados apontam resultados satisfatórios em relação aos objetivos propostos para essa pesquisa. Sobre o objetivo específico 1, as informações apontam que o programa de EJA a distância no Polo Salvador atende mais a sujeitos da comunidade que trabalhadores e dependentes da indústria, numa proporção de 55% de alunos da comunidade e 45% trabalhadores e dependentes da indústria. O objetivo específico 2, que diz respeito aos indicadores de resultados, apontam uma taxa de sucesso de 71% de aprovação contra 29% de evasão o que revela que o programa de EJA a distância possui impacto positivo. O objetivo específico 3 diz respeito às possibilidades que a EJA a distância brinda em relação a continuidade dos estudos, sob essa lógica 27% do alunado conseguiram acessar a outros níveis de formação em cursos de nível superior e técnico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Gisele Marcia de Oliveira Freitas, Universidade do Estado da Bahia – Brasil

Doutorado em Difusão do Conhecimento, UNEB (em curso); Serviço Social da Industrial - Brasil; Grupo de Pesquisa em Políticas educacionais, Gestão e Tecnologias.

Maria da Conceição Alves Ferreira, Universidade do Estado da Bahia – Brasil

Doutorado em Educação, UFRN; Universidade do Estado da Bahia – UNEB - Brasil; Programa de Mestrado Profissional em Educação de Jovens e Adultos; Grupo de Pesquisa em Políticas educacionais, gestão e Tecnologias.

Francisca de Paula Santos da Silva, Universidade do Estado da Bahia – Brasil

Doutorado em Educação, UFBA; Universidade do Estado da Bahia – UNEB - Brasil; Programa de Mestrado Profissional em Educação de Jovens e Adultos; Doutorado em Difusão do Conhecimento – Grupo de Pesquisa Sociedade Solidária, Educação, Espaço e Turismo

Alfredo Eurico Rodrigues Matta, Universidade do Estado da Bahia – Brasil

Doutorado em Educação, UFBA; Universidade do Estado da Bahia – UNEB - Brasil; Programa de Mestrado Profissional em Educação de Jovens e Adultos; Doutorado em Difusão do Conhecimento – Grupo de Pesquisa Sociedade Solidária, Educação, Espaço e Turismo.

Referências

ALBAEK, Erik. Knowledge, interests and the many meanings of evaluation: a evelopmental perspective. Scandinavian Journal of Social Welfare, 1998 7: 94-98.

ALCOFORADO, L. M. Reconhecimento, validação e certificação de saberes experienciais: desafios para a formação continuada. Trabalho&Educação. Belo Horizonte: 2014, V.23, n.3, p. 13-20.

ALVES, J. R. M. A história da EAD no Brasil. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. (Org.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Editora Pearson, p. 9-13, 2009.

ARROYO, Miguel G. Fracasso/sucesso: um pesadelo que perturba nossos sonhos. Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 71, p. 33-40, jan. 2000.

ARROYO, Miguel G. Educação de Jovens-adultos: um campo de direito e de responsabilidade pública. In: Soares; L. G., CASTRO, M. A.G.; GOMES, N. L. (Org). Diálogos na educação de jovens e adultos. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. p. 19-50.

BARRETO, H. Aprendizagem por televisão. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. (Org.) Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Prentice Hall, p. 449-455, 2009.

BRASIL. Parecer CNE/CEB 01/2016. Proposta de desenvolvimento de experiência pedagógica para oferta de programa nacional de Educação de Jovens e Adultos (EJA), nos níveis do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, em escolas do SESI. D.O.U. de 27/4/2016. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=33201-cne-ceb-parecer-n01-2016-pdf&category_slug=fevereiro-2016-pdf&Itemid=30192> Acessado em: 15 jun. 2020.

BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF, 1996.

BRASIL. BRASIL. IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD). 2018. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2007/>. Acesso em: 20 mar. 2020.

BRUNNEAU, Thomas. Catolicismo brasileiro em época de transição. São Paulo, Loyola, 1974.

CAMINHA, I. S. Contribuições da EAD para o ensino superior presencial na visão de alunos egressos da educação de jovens e adultos. 2011. 122 f. (Profissionalizante em gestão e desenvolvimento regional) – Universidade de Taubaté, Taubaté, São Paulo.

CANARIN, G. J. A organização curricular da educação de jovens e adultos na modalidade ead, na perspectiva da educação profissional técnica de nível médio. 2013. 105 f. Dissertação (Mestrado em educação). Universidade do Sul de Santa Catarina, Santa Catarina, 2013.

CENSO EAD.BR. Relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil 2018. ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância.Curitiba: InterSaberes, 2019. Disponível em: <http://abed.org.br/arquivos/CENSO_DIGITAL_EAD_2018_PORTUGUES.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2020.

FERREIRA, M. C. A. Docência Online: Rupturas e possibilidades para a prática educativa. 2006. 183f. Dissertação (Mestrado em Educação e Contemporaneidade) – Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2006.

FRÓES. T. Análise contrastiva: memória da construção de uma metodologia para investigar a tradução de conhecimento cientifico em conhecimento público. DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.3, n.3, p.16, jun. 2002.

GADOTTI, M. Educação de jovens e adultos: correntes e tendências. In: MOACIR G.; ROMÃO, J. E. (Org.). Educação de jovens e adultos: teoria, prática e propostas. 12. ed. São Paulo: Cortez, p. 35-47, 2011.

HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na sociologia. 14 ed. Petrópolis: Vozes, 2013.

KRAEMER, M. E. P. A avaliação da aprendizagem como alavanca para construção de uma nova escola. Academia Brasileira de Direito, 2006. Disponível em: <http://www.abdir.com.br/doutrina/imprimir.asp?art_id=852>. Acesso em: 10 maio 2016.

LIMA, C. B. O uso do design instrucional no desenvolvimento de curso a distância para professores da educação de jovens e adultos do Sesi-CE. 2013. 112 f. Dissertação (Mestrado Profissional em computação aplicada) – Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2013.

LÜDKE, M; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MAGALHÃES, J. P. Tecendo nexos: história das instituições educativas. Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2004.

MAIA, C.; MATTAR, J. ABC da EaD: a educação a distância hoje. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

MARTINS, M. A. Avaliação de desempenho empresarial como ferramenta para agregar valor ao negócio. ConTexto, Porto Alegre, v. 6, n. 10, 2. Sem. 2006. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/ConTexto/article/viewFile/11231/6634>. Acessado em: 09 jun 2020.

MORAES, Salete Campos de. Educação Especial na EJA: contemplando a diversidade. Porto Alegre: Prefeitura Municipal de Porto Alegre/Secretaria Municipal de Educação, 2007.

MORAIS, C. L. Educação básica e educação profissional na Bahia: avaliação de resultado do programa de articulação do ensino médio do Sesi com cursos técnicos do SENAI. 2013, 196f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação, Salvador, 2013.

NACIF, P. G. S. et al. Educação de Jovens e Adultos na perspectiva do Direito à Educação ao Longo da Vida: caminhos possíveis. In: Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Coletânea de textos CONFINTEA Brasil+6: tema central e oficinas temáticas. Brasil: MEC, 2016.

MURILLO F.J. La investigación Etnográfica. Universidad Autónoma de Madrid. 2005. Disponível em: http://www.uam.es/personal_pdi/stmaria/jmurillo/InvestigacionEE/Present aciones/Etnografica_doc.pdf. Acessado em: 09 jun 2020.

PACHECO. J. A. Currículo: teoria e práxis. Porto, Portugal: Ed. Porto, 2001.

PAIVA, V. História da Educação Popular no Brasil: Educação Popular e Educação de Adultos. 7. Ed. São Paulo: Edições Loyola, 2015.

PIMENTEL, F. P. O Rádio Educativo no Brasil, uma visão Histórica. Rio de Janeiro. Soarmec Editora, 1999.

REGO, M. F. C. do. O processo interacional em material didático para EJA na modalidade de educação a distância. 2014. 83 f. Dissertação (Mestrado em Estudos de Linguagem), Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2014.

REIS, G. A. Jovens e adultos na educação a distância: uma perspectiva disposicionalista. 2014. 151 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

RIBEIRO, V. M. Referências internacionais sobre avaliação da educação de adultos. In: CARREIRO, D. et al (Org.). A EJA em xeque: desafios das políticas de educação de jovens e adultos no século XXI. São Paulo: Global, 2014.

SACRISTÁN, J. G. (Org.). Saberes e incertezas sobre currículo. Trad. Alexandre Salvaterra, Porto Alegre: Penso, 2013.

SACOOL, Amarolinda; SCHLEMMER, Eliane; BARBOSA, Jorge. M-learning e u-learning: novas perspectivas das aprendizagens móvel e ubíqua. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.

SARAIVA. T. Boletim Técnico do SENAC - v. 21, n. 3, set./dez., 1995. Disponível em: <http://www.senac.br/bts/213/2103032045.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2016.

SESI. Serviço Social da Indústria. Departamento Nacional. Manual de Orientação do Programa de Educação Familiar. Brasília: Sesi/DN, 1980.

SESI. Serviço Social da Indústria. Metodologia de Reconhecimento de Saberes – MRS “Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências”. Documento Complementar I Matriz de Referência Curricular, Brasília, 2016.

VIEIRA, M.; TENÓRIO, R. Lacunas Conceituais na Doutrina das Quatro Gerações: elementos para uma teoria da avaliação. In: TENÓRIO, R.; LOPES, U. M. (Org.). Avaliação e Gestão: Teorias e Práticas. Salvador: Edufba, p. 53-73, 2010.

VILHENA, E. R. A. Educação de jovens e adultos na modalidade a distância: o impacto da gestão no combate a evasão. 2012. 157f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Católica de Brasília, 2012.

WEISS, C. H. Have we learned anything new about the use of evaluation? American Journal of Evaluation, 19, p. 21-34, 1998.

YIN, Robert K. - Case Study Research - Design and Methods. Sage Publications Inc., USA, 1989.

WORTHEN, B. R.; SANDERS, J. R.; FITZPATRICK, J. L. Avaliação de programas: concepções e práticas. São Paulo: Editora Gente, 2004.

Downloads

Publicado

2020-10-01

Como Citar

FREITAS, G. M. de O.; FERREIRA, M. da C. A.; DA SILVA, F. de P. S.; MATTA, A. E. R. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS A DISTÂNCIA: AVALIAÇÃO DO PROGRAMA CURRICULAR DO SESI DA BAHIA. Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v. 16, n. 42, p. 298-325, 2020. DOI: 10.22481/praxisedu.v16i42.7353. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/7353. Acesso em: 18 abr. 2024.