TY - JOUR AU - de Oliveira, Orlando José Ribeiro AU - de Oliveira, Marília Flores Seixas PY - 2019/01/17 Y2 - 2024/03/29 TI - PARENTESCO, ORALIDADE E APRENDIZAGEM ENTRE VENDEDORES DE FOLHAS NA FEIRA DE SÃO JOAQUIM (SALVADOR) JF - Práxis Educacional JA - RPE VL - 15 IS - 31 SE - DO - 10.22481/praxis.v15i31.4671 UR - https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/4671 SP - 229-250 AB - <p><span class="fontstyle0">A Feira de São Joaquim (Salvador/BA) centraliza o mercado e a distribuição de plantas, aqui chamadas folhas, a que são atribuídas eficácias mágico-religiosa e terapêutica, desempenhando papel central em rituais e práticas da religiosidade afro-brasileira, notadamente no candomblé. Produzidas e comercializadas por extrativistas (majoritariamente mulheres), horticultores e raizeiros, tais folhas são negociadas em grandes quantidades e variedades diretamente por quem as produz, num local da feira chamado Pedra, em transações mercantis que ocorrem durante poucas horas na madrugada, fazendo circular grandes quantidades de folha no mercado regional. As folhas resultantes de coleta (extrativismo) são produzidas hegemonicamente por mulheres, que as colhem em áreas naturais e manchas florestais remanescentes no entorno de Salvador e interior do Estado, as organizam em<br>grandes fardos, as levam ao mercado, onde as vendem diretamente aos consumidores. Nessas<br>atividades, é comum a participação de familiares, sobretudo crianças e adolescentes, que as<br>acompanham em todas as etapas produtivas, o que envolve processos de aprendizagem que se baseiam<br>em transmissão intergeracional e oral do conhecimento étnico-referenciado sobre as plantas e seus<br>usos e abrangem aspectos da sociabilidade na feira. Este artigo decorre de pesquisa de campo e<br>observa, dentre outros elementos, a proeminência das relações de parentesco entre os agentes sociais<br>da produção e circulação e aspectos que permitem aproximações com o contexto dos mercados<br>africanos tradicionais.</span></p> ER -