A COREOGRAFIA DO BATUQUE E O CANTO NA INSTÂNCIA DO FANTÁSTICO/INSÓLITO: CORPOS AFRICANOS

Autores

  • Roselene de Fátima Coito

DOI:

https://doi.org/10.22481/redisco.v11i1.2487

Palavras-chave:

Coreografia, Canto, Fantástico/Insólito, Corpos africanos

Resumo

Michel Foucault, ao abordar os usos da História como o uso paródico da realidade, o uso dissociativo da identidade e o uso sacrificial da verdade, leva-nos a refletir sobre o que é a História sob a ótica da genealogia, a qual revela que a origem tal qual se concebe tradicionalmente, ou seja, linearmente, é questionável enquanto uma verdade atribuída por um conhecimento (ou um querer-saber) que percorre a humanidade. Este querer-saber de onde viemos e para onde vamos, tem suscitado reflexões variadas sobre identidade, sobre História e sobre verdade. No entanto, o que é a identidade quando se lhe atribui um caráter genealógico? O filósofo francês, partindo de Nietzsche, propõe dois olhares para esta discussão: a emergência ou o ponto de surgimento como possibilidade de reflexão sobre a origem, cujo termo em alemão é Entestehung, ou o corpo como “superfície de inscrições dos acontecimentos”, cujo termo em alemão é Herkunft. É partindo deste segundo olhar, que discutiremos a coreografia do batuque, uma dança africana, acompanhada de musica, que traz em sua manifestação coreográfica o elemento místico/mágico/fantástico e o canto popular como práticas que instituem e constituem a identidade do africano que veio habitar o Brasil. Podemos dizer que a coreografia desta dança africana revela que o corpo e o canto falam e, que ao falarem, mostram-se numa compreensão de um outro lugar do dispositivo do saber, lugar este que, por não estar calcado numa ciência positivista se institui como a instãncia do místico/mágico/fantástico e que constitui a identidade africana marcada no corpo e na voz, princip

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