O BRINCAR COMO PROCESSO DE INCLUSÃO EM OCUPAÇÕES LÚDICAS NA CIDADE DE SÃO PAULO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/praxisedu.v16i37.5984

Palavras-chave:

Brincar, Ocupações Lúdicas, Espaços Públicos

Resumo

O ser humano, através das relações entre os semelhantes e com o universo a circundá-lo, criou diferentes formas de se expressar. Os jogos, os brinquedos e as brincadeiras são algumas dessas expressões e historicamente estiveram presentes na vida das pessoas, nos diferentes grupos sociais, idades e gêneros, sendo atribuídos sentidos e significados diversos consoantes à cultura lúdica. Este artigo atentou para a experiência lúdica como uma manifestação cultural, social e histórica, e diante da imprevisibilidade do brincar e das possibilidades de espaços inventivos e de criação, acompanhamos as ações, na cidade de São Paulo, do projeto “Central dos Jogos”. Este tinha como proposta a difusão da cultura do brincar com o objetivo de promover vivências capazes de fortalecer vínculos e ressignificar espaços públicos a partir de Ocupações Lúdicas. Assim sendo, esta pesquisa procurou, a partir do uso de narrativas cartográficas, problematizar como a ocupação dos espaços públicos foi praticada naquela iniciativa e quais as composições de sentido e invenção foram atualizadas pelos “seres brincantes” presentes nas referidas Ocupações.

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Biografia do Autor

Bianca Rozenberg

Mestre em Educação pela Universidade Federal de Viçosa (UFV); professora na Escola Vera Cruz (SP); membro do projeto Central dos Jogos (SP); participante do grupo de pesquisa Memória, Instituições e Subjetividade. 

Eduardo Simonini, Universidade Federal de Viçosa-Brasil

Doutor em Educação (UERJ/MG); professor no Departamento de Educação e no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Viçosa-Brasil; líder do grupo de pesquisa Memória, Instituições e Subjetividade.

Denilson Santos de Azevedo, Universidade Federal de Viçosa-Brasil

Doutor em Educação (USP/SP); professor no Departamento de Educação e no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Viçosa-Brasil; membro do grupo de pesquisa Memória, Instituições e Subjetividade.

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Publicado

2020-01-01

Edição

Seção

Dossiê temático