O OUTRO COMO CONDIÇÃO PARA O PENSAR EM HANNAH ARENDT
DOI:
https://doi.org/10.22481/aprender.i27.10741Palavras-chave:
Hannah Arendt, Pensar, Ego Pensante, OutroResumo
Este trabalho tem como objetivo principal investigar o lugar do outro na constituição do sujeito pensante na perspectiva arendtiana, bem como refletir se a atividade do pensar pode ser aprendida ou ensinada. O pensar é caracterizado por Hannah Arendt como uma atividade espiritual, cujo exercício transcende o mundo das aparências. O pensar é uma capacidade cognitiva comum a todo ser humano, porém, a maior parte das pessoas, imersa nas suas atividades cotidianas, vive uma vida irrefletida sem explorar toda a potencialidade do seu ser. A pior consequência de uma vida irrefletida, segundo Hannah Arendt, é o surgimento da banalidade do mal, algo impossível de ser rastreado, não sendo possível identificar o seu agente. Ao tentar responder à questão: “qual é o lugar do outro na constituição do sujeito pensante em Hannah Arendt?”, pretendemos entender quem poderia ser esse outro, bem como qual seria o seu papel nessa importante atividade do espírito. A investigação desse outro na atividade do pensar não tem como foco central a alteridade e sim o outro, representado na figura exemplar de Sócrates, como alguém que é capaz de provocar no seu interlocutor o movimento do pensamento. Por fim, reafirmamos que o pensamento pode ser despertado e colocado em movimento por alguém cuja consciência se mantém crítica e desperta.
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