EDUCAR PARA A COMPLEXIDADE: O QUE ENSINAR, O QUE APRENDER
Resumo
O artigo discute o inadiável diálogo entre ciência e outros conhecimentos do mundo. Problematiza a educação formal que, predominantemente ancorada na fragmentação disciplinar e na superespecialização da ciência, se descuida da formação de cidadãos para a vida. O descompasso entre o avanço tecnológico e as ciências humanas repercute, irremediavelmente, na incomunicabilidade entre distintas áreas do conhecimento e na sua incapacidade para religar o tema e seu contexto, seu entorno. Todo conhecimento implica multiplicidade de experiências e saberes: isso constitui o processo vital de todo sujeito. Religar a diversidade dos saberes, e compartilhá- los é a principal proposta de uma educação para a complexidade. O exercício do pensamento complexo se apresenta como aposta ética, epistemológica e uma estratégia cognitiva para compreender a complexidade dos fenômenos do mundo