APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender <div align="justify"><strong>APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação</strong> é uma publicação que pretende divulgar trabalhos sobre o processo educacional em suas variáveis filosóficas e psicológicas ou contribuições de outras áreas do saber. <strong>e-ISSN: 2359-246X</strong> / ISSN impresso: 1678-7846 (última edição impressa publicada: nº 13, jul./dez. 2014).</div> Edições UESB pt-BR APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação 1678-7846 Condições de trabalho de professores de uma escola do ensino fundamental da rede pública municipal de Vitória da Conquista-BA https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/14327 <p>Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo analisar as condições de trabalho dos professores no cotidiano da escola no contexto da prática em uma escola urbana do ensino fundamental da rede pública municipal de Vitória da Conquista - Ba. A metodologia utilizada é a abordagem qualitativa do tipo estudo de caso. Para a produção dos dados fizemos o emprego de questionário. A pesquisa está fundamentada na proposta do ciclo de política desenvolvida por Stephen Ball e Richard Bowe e teoricamente nos estudos sobre trabalho docente propostos por Tardif e Lessard. Os resultados sinalizam sobre como as condições de trabalho interferem no cotidiano docente na escola.</p> Coriolano Ferreira de Moraes Neto Benedito Eugenio Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 324 342 10.22481/aprender.i31.14327 A experiência de viver a pós-graduação no Brasil e suas interseções com a sociedade do cansaço https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/14428 <p>Este estudo objetivou refletir sobre o contexto da pós-graduação à luz dos argumentos que compõem a obra sociedade do cansaço, de Byung-Chul Han. Nas duas categorias de análise desenvolvidas, que relacionaram as vivências e as reflexões dos autores no âmbito da pós-graduação com os pressupostos de Han, ponderou-se que diversos aspectos inerentes desse cenário contribuem para ocasionar prejuízos à saúde biopsicossocial daqueles que o constituem. São exemplos a violência neuronal, o excesso de positividade, e o <em>status</em>, que confluem para transformar os discentes em <em>animal laborans</em> e configurar sua habitação no território da pós-graduação como em uma sociedade do cansaço, em que não há espaço para uma vida contemplativa. Dessa forma, sinaliza-se a necessidade de reflexões que almejem preservar a saúde mental desses sujeitos como prioridade no planejamento de ensino, pesquisa e gestão, de maneira transversal.&nbsp;&nbsp;&nbsp;</p> Bruno Neves da Silva Valéria Gomes Fernandes da Silva Nilba Lima de Souza Erika Simone Galvão Pinto Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 343 352 10.22481/aprender.i31.14428 Relação entre bem-estar subjetivo e ansiedade: análise da influência do gênero e faixa etária em estudantes https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/14586 <p>Composto por uma dimensão afetiva (afetos) e uma cognitiva (satisfação com a vida), o bem-estar subjetivo é apontado como um fator que impacta a saúde mental, sendo prejudicado pela presença de ansiedade. Diante disso, a pesquisa avaliou os níveis de ansiedade e bem-estar em uma amostra composta por 172 estudantes de Ensino Técnico, com idades entre 15 e 51 anos (M=19,51; DP=6,70), 68% do sexo feminino. A Escala de Afetos Positivos e Negativos, Escala de Satisfação com a Vida e a <em>Generalized Anxiety Disorder</em> foram utilizadas. Os resultados indicaram correlação positiva e significativa entre os construtos positivos (satisfação com a vida e afetos positivos) e entre os negativos (afetos negativos e ansiedade). A variável sexo exerceu influência significativa na maior parte das medidas, sendo a média mais elevada apresentada pelos homens nos construtos positivos e, pelas mulheres, nos construtos negativos. Em relação à faixa etária, afetos positivos e ansiedade se mostram influenciados por tal variável, sendo o primeiro mais baixo nos participantes de menor idade e, o segundo, nos de maior idade. Sugere-se que os achados possam ser replicados, envolvendo diferentes perfis de estudantes, de modo a fornecer bases para a elaboração de estratégias de manutenção de saúde mental.</p> Janaina Chnaider Laís Santos-Vitti Tatiana de Cassia Nakano Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 353 366 10.22481/aprender.i31.14586 Violência, educação e sociedade: do que se queixa a escola? https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/14568 <p>Refletimos sobre a violência que frequenta as instituições escolares partindo do pressuposto de que ao se apresentar na escola de maneira molecular, a violência evidencia o reflexo do que já se encontra posto na sociedade. No que se refere à escola, é necessário pensar o fenômeno violento como uma realidade que cada dia mais toma o cenário escolar e demanda de educadores, alunos e famílias respostas novas e inventivas aos problemas advindos da complexa relação a que a violência os expõem. Tendo vista uma compreensão mais detalhada do fenômeno, realizamos uma análise da violência que adentra os muros da escola, servindo-nos de uma classificação muito utilizada entre os teóricos pesquisadores do assunto: a violência <em>da</em>, <em>na </em>e<em> contra </em>a escola. Estudando separadamente cada uma destas formas de violência, acreditamos poder abarcar, ainda que não tão profundamente quanto o tema exige, as formas com que a violência tem sido vivenciada na escola por seus sujeitos discentes e docentes e por toda a comunidade em que ela se insere. Refletir sobre o fenômeno violento e suas implicações, abrindo espaços de fala dentro das instituições escolares para que ele seja discutido e problematizado, pensamos ser um dos possíveis caminhos para superação da violência.&nbsp;</p> Pablo Lima Marcelo Ricardo Pereira Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 15 30 10.22481/aprender.i31.14568 Mal-estar docente: o que há de (inter) dito na escola na contemporaneidade? https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/14378 <p>O presente estudo aborda a temática mal-estar docente. Trata-se de um recorte de uma pesquisa teórica desenvolvida em nossos estudos de Pós-graduação em educação. O objetivo geral foi pensar o mal-estar docente como elemento intrínseco à subjetividade e à prática docente. Metodologicamente, do ponto de vista filosófico e psicanalítico, propomos uma análise reflexiva a partir da via da crítica e da ressignificação. Os resultados apontaram que o mal-estar docente é um traço do ser professor, como um elemento que está no entrecruzamento do desejo de ensinar, educar, exercer a docência e as condições objetivas e subjetivas encontradas e mobilizadas nesse exercício, tendo a experiência formativa como elemento-chave desse processo. É necessário, então, que os professores tomem contato com sua dor, com a finitude, com a incerteza que a angústia de não saber tudo ou nada saber a respeito de si mesmo é um marco da subjetividade.</p> Ademir Henrique Manfre Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 10.22481/aprender.i31.14378 Aproximações - Arqueologias e Psicofisiologia: Freud, Nietzsche e as transposições sobre o bem e mal-estar na vida docente https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/14455 <p>À luz de algumas ideias de Freud e Nietzsche pretendemos criar algumas transposições que nos ajudam a pensar sobre o bem ou mal-estar docente, ressaltando que estes estados de ânimo não estão dissociados de nossa condição humana, nem apartados das políticas públicas que norteiam as diretrizes da educação e do status do ofício docente em nosso país. Buscamos extrair destes teóricos da cultura algumas ideias-chave: a arqueologia da cidade de Roma realizada por Freud em&nbsp; <em>O Mal-estar da Civilização</em> para refletirmos sobre aquilo que nos edifica enquanto docentes. No segundo momento, discorremos sobre a fisiopsicologia nietzschiana pois a maneira como olhamos para o mundo e para a docência, determinará, em última análise, o nosso bem ou mal-estar. Por fim, ainda resgatando as ideias do pensador alemão em Assim Falou Zaratustra, encontraremos algumas fontes de inspiração em busca do nosso bem-estar.</p> Angela Cilento Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 44 59 10.22481/aprender.i31.14455 Experiências de escuta do mal-estar e do sofrimento docente frente à racionalidade neoliberal: construindo políticas de cuidado e de resistência https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/14575 <p>Este artigo contempla reflexões sobre o mal-estar e o sofrimento docente na contemporaneidade, a partir de experiências de escuta no âmbito da pesquisa e extensão universitárias. Apresentamos duas pesquisas, onde propusemos espaços de escuta por meio de entrevistas e escritas da experiência, ambas com docentes de instituições educacionais públicas. O método que embasa o texto é a pesquisa-intervenção de orientação clínica e a discussão pauta-se na análise clínica do discurso, que possibilitou recolher das pesquisas significantes que se entrelaçam, dando nomes ao mal-estar e ao sofrimento docente, tais como: silenciamento, desamparo, esgotamento, burocratização e produtividade. Diante destas manifestações, compreendemos que o mal-estar e o sofrimento docente são também produzidos e geridos pelo Estado e sustentados pela racionalidade neoliberal, a este intrínseca. Insistimos na constituição de experiências produtoras de espaços-tempo, de fala e de cuidado compartilhado, sem recuarmos frente à falta de alternativas que parece se impor. Assim, nos somamos aos esforços de construção de testemunhos de como essa racionalidade e suas violências se expressam na sociedade brasileira e nas instituições de ensino, sendo que nossas intervenções fazem coro com a constituição de acolhimento, cuidado com a saúde mental e suporte psicossocial no campo da educação, ensejando políticas de resistência.</p> Danilo Peres Bemgochea Junior Gabriela Oliveira Guerra Samara Silva dos Santos Silvana Maia Borges Tais Fim Alberti Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 10.22481/aprender.i31.14575 O entusiasmo pelo trabalho docente e o burnout profissional https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/13838 <p>Estudos anteriores indicaram que o esgotamento docente pode ser potencializado pelo entusiasmo excessivo ao trabalho. No entanto, a maioria dos métodos investigativos medem o esgotamento balizado pelos sintomas subjetivos informados, havendo poucas evidências que indiquem a causa dos sintomas e a amplitude da participação do entusiasmo do professor pelo trabalho. O objetivo deste manuscrito foi apresentar, as peculiaridades da relação entre o engajamento do docente pelo trabalho e o esgotamento profissional. Este ensaio acadêmico foi organizado a partir de uma revisão narrativa da literatura, adaptando e explorando, reflexivamente, os conceitos e ideias de estudos disponibilizados na literatura. Os resultados evidenciam os estudos que escalonam a ocorrência e a gravidade do <em>burnout</em> em docentes, se concentram, na sua maior parte, em identificar e quantificar os sintomas subjetivos clássicos do fenômeno, não permitindo conclusões objetivas e definitivas sobre as causas dessa ocorrência. Estudos futuros devem investigar controladamente, os mecanismos desencadeantes de <em>burnout</em> para distinguir a amplitude dos desencadeadores do problema.</p> Dartel Ferrari de Lima Dayane Cristina de Souza Adelar Sampaio Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 10.22481/aprender.i31.13838 Diferença entre os níveis dos perfis da síndrome de burnout em professores da Educação Básica: um estudo comparativo por sexo https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/14564 <p>Este estudo teve como objetivo comparar os perfis da síndrome de <em>burnout</em>, em professores da Educação Básica, por sexo. Foi realizado um estudo transversal com amostra de 184 participantes. Foram utilizados o <em>Questionnaire Burnout Clinical Subtype</em> e o questionário sociodemográfico. Os resultados apontaram que não houve diferenças estatisticamente significativas para os perfis “Frenético”, na comparação ao sexo. Por outro lado, as análises sinalizaram uma diferença estatisticamente significativa para o perfil “Subdesafiado”. A ausência de diferença no perfil Frenético, em relação ao sexo, se restringe às circunstâncias laborais de ensino experimentadas por professores e professoras, mas não traz explicações conclusivas sobre a experiência das professoras, no tocante ao conflito, manejo e às experiências da interface ensino/tarefas domésticas, durante a etapa de emergência em saúde pública. No que se refere ao perfil subdesafiado, a diferença encontrada entre homens e mulheres pode ser oriunda do estilo de manejo emocional e cognitivo, estabelecido pela cultura, para os homens, em diversas instâncias sociais. No tocante ao perfil desgastado, as diferenças, por sexo, em suas experiências de esgotamento foram equalizadas pelos desafios de lecionar.</p> Karine David Andrade Santos Emile Santos de Almeida Francisco Vitor Soldá de Souza Calila Mireia Pereira Caldas Joilson Pereira da Silva Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 89 102 10.22481/aprender.i31.14564 Síndrome de burnout em professores de Educação Física na pandemia de Covid-19 https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/13736 <p>O estudo objetivou investigar a Síndrome de Burnout em professores de Educação Física no período de pandemia de Covid-19. Trata-se de uma pesquisa exploratória, na qual a amostra foi constituída por 31 professores de Educação Física do município de Marechal Cândido Rondon/PR. Foram utilizados questionário sociodemográfico e Maslach Burnout Inventory para educadores. Os dados foram analisados de forma descritiva (média e desvio padrão). Os resultados demonstraram que os índices das dimensões foram classificados como alto para exaustão emocional e médio para realização profissional e despersonalização. Na correlação das variáveis, os dados mostraram fraca correlação negativa entre realização profissional e exaustão emocional e/ou despersonalização. Concluímos que para minimizar os riscos aos professores, destacam-se algumas sugestões: apoio e tratamento emocional, reduzir o excesso de trabalho, proporcionar o aumento de horas atividade, atividades de lazer e exercício físico regular.</p> Laiana Dall’Oglio Schlindwein Adelar Sampaio Dayane Cristina de Souza Souza Daiana Machado Arestides Pereira da Silva Junior Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 10.22481/aprender.i31.13736 O bem-estar docente e a afetividade entre professor/aluno: percepção das estagiárias nos anos iniciais do Ensino Fundamental https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/13718 <p>Este trabalho trata sobre a importância da afetividade entre professores e alunos para o bem-estar docente. Tem como objetivo compreender a percepção de cinco estagiárias do Curso de Pedagogia sobre o relacionamento entre professores e alunos observados no Estágio Supervisionado obrigatório nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A metodologia se deu por meio de análise dos relatórios finais, para compreender quais foram as percepções destas estagiárias nas observações realizadas nas escolas municipais do município de Maracaju/MS. Verificamos que os docentes, para compreender seu estado emocional, precisam aprender a avaliar e trabalhar com suas próprias emoções e as emoções de seus educandos e colegas. A afetividade entre professores e alunos é imprescindível para que tanto professores como os alunos desenvolvam fatores de bem-estar. Nesse sentido, o docente que nega a afetividade, encarando-a como antiprofissional, só aumenta as tensões e conflitos em sala de aula, transformando-a em um espaço hostil e pouco acolhedor.</p> Eliane Terezinha Tulio Ferronatto Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 122 133 10.22481/aprender.i31.13718 Fatores psicossociais protetivos e de risco relacionados ao trabalho docente da Educação Básica em Nampula, Moçambique https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/13790 <p>A docência figura na lista das profissões nobres e de extrema importância social, pois é responsável pela formação acadêmica de pessoas e outros profissionais. No entanto, a ação de ensinar é, igualmente, considerada na atualidade, como uma atividade extremamente estressante. Neste estudo exploratório e qualitativo objetivou-se explorar os fatores psicossociais protetivos e de risco relacionados ao trabalho docente da educação geral da rede pública em Nampula, Moçambique. Aplicou-se um roteiro de entrevista semiestruturada a 22 profissionais de educação e oito de saúde mental e ocupacional de ambos os sexos, totalizando 30 participantes. As informações tratadas através de análise temática revelaram que os fatores psicossociais protetivos mais indicados são: aprendizagem mútua, ter remuneração e reconhecimento social. Pelo contrário, baixos salários, endividamento, condições de trabalho insuficientes ou inadequadas, pouco incremento salarial, irregularidade de datas de pagamento de salários, desvalorização da classe docente, alto custo de vida, precárias condições sociais e de vida das comunidades, fraca aprendizagem dos alunos, dificuldades de conciliar trabalho-família, falta de apoio familiar e isolamento social foram apontados como principais fatores de risco psicossocial. Desse modo, é pertinente de um lado melhorar os aspectos negativos mencionados e, por outro, investigar suas repercussões na saúde mental docente.</p> Gildo Aliante Jussara Maria Rosa Mendes Coutinho Maurício José Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 134 157 10.22481/aprender.i31.13790 Perspectivas de professoras sobre os desafios da docência na Educação Infantil https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/13769 <p>RESUMO: Este artigo trata da docência e de seus desafios a partir da escuta de seis professoras de uma Escola Municipal de Educação Infantil - EMEI, de Belo Horizonte, proporcionada por uma pesquisa realizada em 2017. Os resultados indicam que as professoras têm clareza da importância do trabalho de cuidado e educação das crianças, assim como percebem a sua desvalorização social. Como desafios indicaram questões relacionadas aos comportamentos das crianças e às relações com as famílias. Ressalta-se a necessidade de políticas que assegurem melhores condições de trabalho a essas profissionais e que incluam momentos remunerados de formação continuada que possam contribuir para aprimorar o trabalho que realizam. <br><br></p> Walquíria de Souza Euzébio Iza Rodrigues da Luz Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 158 175 10.22481/aprender.i31.13769 Condições de trabalho e impactos na saúde de professores da Educação Fisica escolar de uma cidade do norte de Minas Gerais https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/13789 <p><strong>RESUMO</strong>: As condições de trabalho dos professores de Educação Física da educação básica têm impactado negativamente essa classe de trabalhadores, com fortes repercussões na vida cotidiana e na saúde. O presente estudo teve como objetivo investigar as percepções dos (as) professores (as) de Educação Física da rede básica sobre a saúde biopsicossocial e a relação com as condições de trabalho. Caracterizou-se como uma pesquisa descritiva, de corte transversal e abordagem qualitativa dos dados, com foco na análise de categorias. A amostra foi constituída por 10 (dez) professores (as), sendo 7 (sete) do sexo feminino e 3 (três) do sexo masculino de uma cidade do norte de Minas Gerais. Logo, tal dado pode ser entendido como um problema na qual esses(as) profissionais estão inseridos, tendo em vista que o sistema que reforça o cuidado é o mesmo que agride e pressiona esta categoria.&nbsp;</p> Luis Felipe Cantuária Fernanda de Souza Cardoso Saulo Daniel Mendes Cunha Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 176 189 10.22481/aprender.i31.13789 Estresse em professores do ensino médio: manifestação atual do mal-estar docente? https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/13545 <p>Objetivou-se avaliar a vulnerabilidade ao estresse laboral em professores do ensino médio. Trata-se de um estudo transversal realizado com 316 professores do ensino médio regular da cidade de Teresina-Piauí. Os dados foram coletados por meio da Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho - EVENT e um questionário sociodemográfico. Os resultados demonstram que ainda que docentes no geral não apresentem indicativos de vulnerabilidade ao estresse, existe um grupo em estado de vulnerabilidade. Sobre as situações desencadeantes da vulnerabilidade ao estresse há a presença de fatores externos ao docente (carga horaria laboral e as possíveis deficiências estruturais e organizacionais da escola pública). Por outro lado, o favorecimento de situações de lazer fora compreendido como protetivo ao desencadeamento de situações de estresse. A realidade laboral dos professores ainda vivencia situações promotoras de adoecimento, mas é possível o reconhecimento de determinadas situações promotoras de bem-estar profissional.</p> Cleyton Costa Cássio Eduardo Miranda Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 190 203 10.22481/aprender.i31.13545 O bem-estar docente: um estudo exploratório com escolas portuguesas no estrangeiro https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/14643 <p>O bem-estar dos docentes é um tema particularmente relevante e tem vindo a receber um interesse crescente. Contudo, são escassos os estudos em escolas no estrangeiro, motivo pelo qual se apresenta este trabalho que pretende explorar do bem-estar destes professores, em particular, descrever o seu bem-estar subjetivo e o bem-estar na escola, explorando o papel de variáveis pessoais e profissionais no bem-estar dos professores. Para isso, foi recolhida uma amostra de 58 docentes a lecionar em escolas portuguesas no estrangeiro, na sua maioria mulheres, com idades entre os 27 e os 69 anos. Os resultados sugerem um bem-estar subjetivo globalmente positivo, acima do ponto médio, e relações significativas com variáveis organizacionais. Aspectos que são discutidos. Ainda sugeridas novas investigações neste domínio.</p> Ana Costa Paulo César Dias Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 204 215 10.22481/aprender.i31.14643 O cuidado ao professor universitário e o ato de cuidar na prática educativa: revisão sistemática da literatura https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/14572 <p>O artigo trata de uma revisão sistemática de literatura, com o objetivo de analisar os estudos existentes sobre o cuidado institucional ao professor universitário e o cuidado praticado pelo professor nas suas ações educativas. Foi feito um levantamento de artigos e teses no portal de periódicos da CAPES, publicados no período de 2010 a 2023, com os seguintes termos de busca: cuidado, educação, ensino superior, professor universitário, qualidade de vida, trabalho, saúde mental, saúde docente, bem-estar docente, acolhimento e promoção de saúde. Foram incluídos estudos sobre o cuidado ao docente no ensino superior e as suas ações do cuidar nas práticas da área de Humanas. A análise embasou-se na Psicologia Histórico-Cultural articulada por Vygotsky, realizando a leitura na íntegra dos nove estudos incluídos, sendo sete artigos e duas teses, organizados em duas categorias: cuidado institucional ao professor universitário e o cuidado exercido pelo docente universitário na sua prática profissional. Os resultados mostram que o cuidado ao docente universitário tem sido vivenciado por ações pontuais sobre qualidade de vida no trabalho. Foi percebida a carência de estudos que identifiquem questões implicadas no cuidado ao docente de caráter institucional e que apresentam as práticas educativas no ensino superior como ato de cuidado.</p> Clara Maria Miranda de Sousa Marilena Ristum Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 216 232 10.22481/aprender.i31.14572 Mal-estar docente na universidade em tempos neoliberais: uma discussão psicanalítica e interseccional https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/14577 <p>Este trabalho, pautado na interface Educação e Psicanálise, em interlocução com autores contemporâneos das Ciências Humanas que discutem os efeitos do neoliberalismo no campo da Educação, tem por objetivo discutir teoricamente sobre o mal-estar na universidade, mais especificamente no que diz respeito ao sofrimento psíquico de docentes de universidades públicas brasileiras. As demandas desses professores, nos âmbitos do ensino, da pesquisa, da extensão e da gestão, a partir de uma lógica neoliberal, estão sob a égide do produtivismo acadêmico. Para a psicanálise, não há realidade pré-discursiva, ou seja, a realidade é marcada pelo discurso de determinada época. Dito de outra forma, os sujeitos têm suas subjetividades impactadas pela organização social do momento histórico em que estão inseridos. A partir da teorização lacaniana dos quatro discursos e de um enfoque interseccional, sobretudo no que concerne à discussão dos marcadores de gênero e raça, conclui-se que a lógica neoliberal se presentifica nas demandas institucionais inesgotáveis que se articulam e colocam em funcionamento discursos de dominação que objetificam discentes e docentes.</p> Beatriz Almeida Gabardo Traldi Caroline Heloisa Sapatini Sabrina Gurita Lima Kelly Cristina Brandão da Silva Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 233 249 10.22481/aprender.i31.14577 Mal-estar docente na universidade mercantilista: novo negócio e antigo apartheid https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/13922 <p>Os desafios evidenciados pela universalização dos direitos por meio do acesso à universidade mercantilista, que excede a questão da origem popular e/ou da tradicional oposição homogeneidade cultural <em>versus</em> heterogeneidade, colocam um conjunto de vicissitudes para o professor, que interroga a si mesmo e que considera digno ou ignóbil endereçar sua palavra professoral aos destinatários com o objetivo de possibilitar a vivência de uma experiência formativa. O nosso problema, como sociedade brasileira, consiste no fato de que instalamos nacionalmente o imaginário de que alguns são mais capazes, enquanto outros estão impossibilitados em razão de suas origens. Essa fantasia tanto orienta os professores, por meio de um raciocínio baseado em um apartheid sociopsicopedagógico, como serve de fundamento para algumas políticas inspiradas no caráter de exceção. Como resultado, são excluídas a dimensão desejante do professor e a implicação subjetiva do aluno em sua passagem pela experiência da vida universitária.</p> Isael de Jesus Sena Leandro de Lajonquière Marcelo Ricardo Pereira Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 250 268 10.22481/aprender.i31.13922 Trabalho docente e Covid-19: revisão da produção científica sobre repercussões da pandemia na saúde mental de docentes do ensino superior https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/14574 <p>O distanciamento social necessário para o enfrentamento à pandemia da Covid-19 impôs a interrupção de aulas presenciais e a adoção do ensino remoto, resultando em mudanças significativas para a docência. Baseando-se no histórico documentado na literatura relacionado à alta prevalência de acometimentos à saúde mental de professoras e professoras e seu possível agravamento no período pandêmico, este estudo teve como objetivo revisar a produção científica acerca das repercussões do trabalho na saúde mental de docentes do ensino superior durante a pandemia de Covid-19. Realizou-se revisão de literatura a partir do Portal de Periódicos Capes. Das 453 publicações encontradas, selecionaram-se 13 artigos que atendiam concomitantemente a todos os critérios de inclusão adotados. Identificaram-se diversos desfechos relacionados à saúde mental de docentes, dentre os quais a ansiedade foi mais frequente, com seis ocorrências (prevalências entre 30,3 e 89,7%). O estresse foi identificado em cinco estudos (prevalências entre 24,1 e 76,0%). Sintomas de depressão figuraram em dois artigos (prevalências de 50,0% e 65,5%). A Síndrome de Burnout foi registrada também em duas pesquisas (prevalências de 41,0% e 58,3%). Dentre os fatores associados aos desfechos destacaram-se dificuldades relacionadas à adoção de ferramentas tecnológicas necessárias na transição do ensino presencial para o ensino remoto.</p> Júlia Laughton Durante D’Angelis Giovanni Campos Fonseca Stanley Schettino Rose Elizabeth Cabral Barbosa Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 269 282 10.22481/aprender.i31.14574 O mal-estar e adoecimento: os impactos da pandemia na vida dos/as professores/as https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/14571 <p>Este artigo trata-se do tema mal-estar e adoecimento e tem como objetivo analisar os impactos da pandemia por covid-19 na vida dos/as professores/as. O estudo parte de uma pesquisa bibliográfica e documental das produções sobre o tema. O período da pandemia demarca um momento na história da educação brasileira que modificou os modos de trabalho e ao mesmo tempo, trouxe impactos na vida dos/as professores/as. Os resultados deste estudo, apontam para os impactos relacionados à saúde, como o mal-estar e a síndrome de burnout fruto das condições de trabalho, como a intensificação e a precarização do trabalho ocasionadas pelo ensino remoto, alterando significativamente a vida destes profissionais.</p> Maria Izabel Alves dos Reis Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 10.22481/aprender.i31.14571 Mal-estar de professores e pandemia: um espaço de escuta frente à morte na escola https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/14603 <p>Os tempos pandêmicos forçaram a escola em relação ao encontro com a morte. Cenas narradas ou encenadas convocaram os educadores a se confrontarem com os desdobramentos desse encontro disruptivo. Coube aos professores se ocuparem dos efeitos mortíferos produzidos pela pandemia de Covid-19. Diante da morte, o silêncio costuma ser uma saída e, em relação aos educadores, <em>não saber </em>sobre o que fazer com ela na escola produz mal-estar, pois educar supõe uma posição de saber a ser sustentada. A partir de fragmentos das falas de educadoras da Educação Infantil, da entrevista com a diretora e coordenadora de uma escola pública da região serrana do Rio de Janeiro, questionamos se a intensificação do mal-estar vivido durante o período pandêmico poderia impactar nas formas de saber fazer com o mortífero que se presentificou no encontro com as crianças.Os espaços de escuta ocorreram no retorno das aulas presenciais, no início do ano de 2022, no formato de rodas de conversa, em uma pesquisa-intervenção. A possibilidade de colocar em palavras o vivido na escola possibilitou aos educadores reservar um lugar para a morte, ao invés de suprimi-la, oferecendo espaço para o não saber e a dúvida.</p> Cristiana Carneiro Mariana Scrinzi Larissa Costa Beber Scherer Lila Souza Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 295 308 10.22481/aprender.i31.14603 Ainda, a pandemia… - Observações sobre a docência https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/15141 <p>O Acontecimento transformador da pandemia não parece ter ainda sido de todo dimensionado, no Brasil, e talvez por toda parte. Um dos sinais mais explícitos dessa negligência analítica se revela no plano da Educação. Os efeitos pandêmicos aí persistem, e de maneira preocupante – um sem-número de levantamentos, pesquisas o tem evidenciado, em sua constância. Claramente, no campo formativo, a pandemia ainda não passou. Contudo, mostram-se precárias, incertamente eficazes as formas de enfrentamento em curso, ou até agora cogitadas. Em especial, causa assombro o recorrente descaso em relação à docência. Em inúmeros documentos, inclusive internacionais, o diagnóstico traçado em relação à pandemia demonstra preocupação com a experiência de aprendizagem, com o alunado, porém quase nunca com o professorado. Essa ausência é perturbadora. Que salas de aula e escolas são essas, com alunos, porém sem docentes? Estaríamos diante de um movimento inicial na direção da propalada ‘sala de aula do futuro’, onde só restariam os estudantes, mas não seus professores e professoras? Essa assimetria no tratamento de ambos os conjuntos – alunado &amp; professorado – também aponta para outros sintomas preocupantes. A categoria docente se revela uma classe laboral crescentemente em crise de saúde – mental e física, em seu limite. Em vários países, se mostra até a classe adoecida por excelência. Uma nova categoria do(c)ente terá sido também um dos legados brutais da pandemia?</p> Leonardo Maia Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 309 323 10.22481/aprender.i31.15141 Apresentação - Dossiê 'Bem-estar / Mal-estar do alunado e do professorado: saúde do corpo e da mente no ambiente formativo' - Parte 2: Docentes https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/15139 <p>Apresentação do Dossiê 'Bem-estar / Mal-estar do alunado e do professorado: saúde do corpo e da mente no ambiente formativo' - Parte 2: Docentes.</p> <p>Editorial do número 31, v. 2, Ano XVIiI, Jan-Jul, 2024.</p> <p>Artigos fluxo contínuo.</p> Zamara Araujo dos Santos Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 10 14 10.22481/aprender.i31.15139 Expediente https://periodicos2.uesb.br/index.php/aprender/article/view/15140 <p>Expediente&nbsp;Dossiê 'Bem-estar / Mal-estar do alunado e do professorado: saúde do corpo e da mente no ambiente formativo'</p> <p>(Parte 2: Docentes)</p> Zamara Araujo dos Santos Copyright (c) 2024 APRENDER - Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 2024-07-31 2024-07-31 31 1 9