Segmentação produtiva e determinantes da inserção feminina nos mercados de trabalho metropolitanos brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.22481/ccsa.v19i33.10473Palavras-chave:
Condição de ocupação. Discriminação. Inserção ocupacional feminina. Segmentação produtiva.Resumo
Há indícios de segmentação nos mercados de trabalho brasileiros por sexo e cor, tanto salarial como ocupacional. Assim, o objetivo do artigo é analisar os determinantes da condição ocupacional feminina, com ênfase nos indicadores das mulheres que se autodeclaram pretas e pardas. A base de dados utilizada, construída a partir dos microdados da PNAD/IBGE 2015, permite identificar características que indicam a vulnerabilidade socioeconômica deste grupo, em razão de menores rendimentos auferidos e percentagens elevadas de desocupação. Para verificar os principais determinantes da inserção ocupacional, um modelo de regressão logística multinomial foi estimado. Os resultados obtidos confirmam a hipótese de segmentação nos mercados de trabalho das principais metrópoles brasileiras: (i) mulheres têm maior probabilidade de inatividade e desocupação em comparação aos homens; e (ii) pretos e pardos têm significativas chances de estarem desocupados, em comparação a brancos. A complexidade da inserção ocupacional intensifica-se em regiões mais desenvolvidas.
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