Sobre os usos de ênclise nas estruturas subordinadas no português arcaico (About the use of enclisis on subordinated structures in Old Portuguese)

Autores

  • Ilza Ribeiro Universidade Federal da Bahia (UFBA/Brasil)

DOI:

https://doi.org/10.22481/el.v8i1.1113

Palavras-chave:

Ênclise nas subordinadas, Recomplementação, Sintaxe dos clíticos no português arcaico, Interpolação

Resumo

O texto assume a proposta da cartografia da periferia à esquerda de Rizzi (1997) e de Benincà e Poletto (2004), na explicação do fenômeno da ênclise em construções subordinadas no português antigo. Procura mostrar que o esqueleto da periferia esquerda permite compreender não só os casos de ênclise, como também os de interpolação de constituintes entre o clítico e o verbo. Os traços do núcleo FIN são relevantes para o movimento do verbo para esta posição, por ser o protuguês arcaico um sistemaV2. Neste sistema, a ênclise resultará sempre que V verifica seu traços em FIN e não há na estrutura qualquer constituinte focalizado ou tematizado que atraía o clítico para seu núcleo. Quando a construção de recomplementação realiza os dois núcleos funcionais Força e Fin com o morfema que, a ênclise nunca é possível. A interpolação resulta de uma projeção sincrética de Força/Fin, ficando o clítico em CliticP, entre Fin e TP.
PALAVRAS-CHAVE: Ênclise nas subordinadas. Recomplementação. Sintaxe dos clíticos no português arcaico. Interpolação.

ABSTRACT
In this article we assume the proposal of Rizzi (1997), and also Benincà and Poletto (2004), about the left periphery cartography, to explain the enclisis’ fenomenon on subordinated structures in Old Portuguese. And we try to show that the skeleton of the left periphery allows us to understand not only the case of enclisis on subordinated structures, but also the interpolation of constituents between the clitic and the verb. According to our proposal the traces of FIN head are relevants to verb movement to this position because Old Portuguese is a V2 sistem. In this sistem, enclisis results whenever V checks its traces in FIN and there isn ?t on structure any constituent focused or themed that will attract the clitic to its head. When the recomplementation’s construction realizes both functional heads – FORCE and FIN – with ‘que’, enclisis is not possible. The interpolation results of a syncretic projection of FORCE/FIN, with the clític in CliticP, between FIN e TP.
KEYWORDS: Enclisis on subordenated structures. Recomplementation. Syntax of clitics in Old Portuguese. Interpolation.

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Biografia do Autor

Ilza Ribeiro, Universidade Federal da Bahia (UFBA/Brasil)

Ilza Ribeiro é doutora em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas (1995). Atualmente é professora Adjunto da Universidade Federal da Bahia. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Sintaxe Gerativa, atuando principalmente nos seguintes temas: variação lingüística, história do português, gramática normativa, teoria da gramática. Autora de vários artigos e capítulos de livros.

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Publicado

2010-06-30

Como Citar

RIBEIRO, I. Sobre os usos de ênclise nas estruturas subordinadas no português arcaico (About the use of enclisis on subordinated structures in Old Portuguese). Estudos da Língua(gem), [S. l.], v. 8, n. 1, p. 15-40, 2010. DOI: 10.22481/el.v8i1.1113. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/estudosdalinguagem/article/view/1113. Acesso em: 22 dez. 2024.