Construções parentéticas epistêmicas no português angolano e moçambicano (Epistemic parenthetical constructions in Angolan and Mozambican Portuguese: convergences and divergences)
DOI:
https://doi.org/10.22481/el.v18i1.6100Palavras-chave:
Construções parentéticas epistêmicas, Linguística centrada no uso, Abordagem construcional, Esquematicidade., Português angolano e moçambicanoResumo
Este artigo pretende analisar, quanto à propriedade esquematicidade, construções parentéticas epistêmicas quase-asseverativas de base clausal verbal portuguesas, instanciadas por microconstruções como (eu) creio que, (eu) acho que, (eu) penso que, de um lado, e (eu) creio, (eu) acho, (eu) penso, do outro. Para análise dessas construções, assume-se como orientação teórico-metodológica a Linguística Funcional Centrada no Uso, com ênfase na abordagem construcional da gramática e mudança linguística. A investigação se baseia em ocorrências empíricas das variedades angolana e moçambicana do português contemporâneo, extraídas do banco de dados do Corpus do Português. Os resultados mostram que: (i) a rede construcional dos parentéticos analisados apresenta dois subesquemas: [(SUJP1)VEpist Compl]Parent e [(SUJP1)VEpist]Parent; (ii) os dois subesquemas ocorrem no português angolano e moçambicano, havendo diferença quanto à produtividade; (iii) nas microconstruções, os verbos epistêmicos que mais ocorrem são achar (português moçambicano) e crer (português angolano e moçambicano).
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