A OBRA EXPANSIVA DA REFORMA COMO BASE DO PROCESSO DE SECULARIZAÇÃO SEGUNDO CHARLES TAYLOR
Palavras-chave:
Taylor, Secularização, Reforma, SignoResumo
Neste texto, temos o objetivo de expor o significado da obra da Reforma em sentido expandido conforme a elaboração filosófica de Charles Taylor. Para tanto, nos propomos perseguir o trajeto do si mesmo (self) em sua condição de porosidade e proteção. Isto se justifica no sentido de investigarmos o significado da fratura ocorrida no processo de desencantamento e descrença num mundo encantado, desde a sua transição da era antiga e medieval para dentro do mundo fechado e naturalizado dos tempos modernos. Assim, temos estabelecido que os conflitos sociais como implicações que exigem certa intermediação entre uma postura de equilíbrio complementar e a sua antítese presente no desequilíbrio cívico também entram em jogo nesta trama. Nesta dinâmica conflitiva, outro aspecto presente neste jogo é o da funcionalidade do tempo vigente na ordem moral familiar e o aprofundamento de diversos aspectos emergentes que por meio do processo de naturalização da vida do si mesmo, suscitam novos significados para as condições de crença. Isto acaba gerando a intensificação da secularização que teve a sua base genética na Reforma em um sentido amplo. Aqui é a multiplicidade que se ergue com um operador de questões incognoscíveis e que devem ser exploradas. Finalmente, destaco que as novas condições de crença se avultam com o processo de secularização, que foi operado pela via do cristianismo latinizado. Charles Taylor em sua investigação sobre estas remodelações privilegia questões de ordem histórica e filosófica ao auscultar a vida do si mesmo (self). Então, a proposição marcante é a da compreendermos, introdutoriamente, os precedentes problemas destes novos significados de crença e descrença referentes ao papel da religião na esfera pública democrática das sociedades contemporâneas.