AS INTERFACES DA MEMÓRIA E SUA MATERIALIDADE NAS RELAÇÕES COTIDIANAS

Autores

  • LUCINEIDE SANTOS SILVA

Palavras-chave:

Memória, Tradição Oral, Conhecimento

Resumo

O presente artigo pretende abordar questões filosóficas sobre a memória, pois nos últimos tempos houve um grande interesse em discutir essa temática. Isso decorre, sobretudo da influência da historiografia francesa que buscou, entre outras questões, abordar aspectos da cultura humana, e da subjetividade dos indivíduos. Segundo Halbwachs (1990), essa memória é coletiva. Mesmo em se tratando de memórias que foram construídas no âmago da subjetividade só são passíveis de uma materialidade a partir de sua referência grupal observando seus costumes, crenças, linguagem e o trabalho enquanto categoria central das relações humanas. Essa memória se materializa a partir de uma construção histórica que se configura nos interesses dos grupos sociais. Para tanto, o ato de resgatar a memória não se dá de forma linear, mas confere-lhe, muitas vezes, o selo do esquecimento, o que permite a escolha daquilo que, de fato, se deve lembrar. Nesse aspecto, a memória crava a busca da legitimação dos interesses em disputa. Daí, então, é possível afirmar que para Halbwachs (1990), a nação é a forma mais acabada de um grupo, resgatada na sua inteireza e tornada memória nacional. Fato bastante observado na França, em que vários expoentes históricos, influenciados pela concepção durkheimiana, lograram evidenciar a memória coletiva.

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Como Citar

SANTOS SILVA, L. AS INTERFACES DA MEMÓRIA E SUA MATERIALIDADE NAS RELAÇÕES COTIDIANAS. Filosofando, [S. l.], v. 3, n. 2, 2018. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/filosofando/article/view/2194. Acesso em: 5 nov. 2024.