Impressos e manuscritos quinhentistas de Sá de Miranda

Autores

  • Marcia Arruda Franco

Palavras-chave:

Sá de Miranda, Filologia, Manuscritos e Impressos, Século XVI, História do livro antigo, Literatura Portuguesa

Resumo

A fim de tecer a história da circulação manuscrita e impressa da obra de Sá de Miranda no século XVI sigo a ordem cronológica das publicações, e teço comentários histórico-culturais que pretendem vislumbrar a obra mirandina no seu tempo e na construção de um novo sistema poético em quinhentos. Em ordem são examinados do ponto de vista material e histórico literário os testemunhos ou publicações: 1. as coleções coletivas impressas (Cancioneiro de Resende, 1516, Cancioneirito de Ferrara, 1554) e 2. manuscritas (Ms Asensio-Pina Martins), e 3. as individuais (Ms de Denis, Ms de Paris e seção mirandina do Ms Juromenha) e 4. também o breve e importante autógrafo (AVT). 5. O soneto castelhano sobre o tema afortunado dos amores de Leandro e Hero foi publicado nos comentários de Herrera a Garcilaso de la Vega, em 1580. 6. A poesia lírica é impressa em 1595, no contexto de impressão de outros líricos portugueses, como Camões e António Ferreira. O paratexto da edição príncipe de Sá de Miranda, saída dos mesmos prelos e no mesmo ano das Rhythmas, será examinado passo a passo quer pelo elogio e estratégias de construção da autoridade mirandina, comparada aos grandes autores clássicos, quer pela ilustração alcançada pela língua portuguesa por meio do trabalho poético de Sá de Miranda. A tal respeito, ainda cito a edição das Satyras, de 1626, e o elogio de outros quinhentistas. 7. Para concluir, poucas considerações acerca das duas tradições impressas da lírica mirandina, com referência à edição de 1614, do livreiro Domingos Fernandes, e à fortuna de sua lição ao longo dos séculos XVII e XVIII.

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