DAS ÁGUAS DO OCEANO AOS ACALENTOS DA AVÓ
A REPRESENTAÇÃO IDENTITÁRIA EM "MARÉIA", DE MIRIAM ALVES
DOI:
https://doi.org/10.22481/folio.v14i1.10931Palavras-chave:
Literatura negro-brasileira, Memória e identidade, Literatura e história, Literatura negro-femininaResumo
O presente estudo tem como corpus o romance Maréia, de Miriam Alves, cuja trama se desenvolve a partir de pontes que conduzem aos campos da memória e da (re)construção identitária. A partir do protagonismo feminino negro, a narrativa alinha atemporalidades, discute as representações históricas negro diaspóricas e colonial, além de evidenciar as relações das personagens com práticas religiosas que remetem a ancestralidades. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é o de caracterizar aspectos identitários, em Maréia, pela perspectiva da autoria feminina negra. O referencial teórico tem fundamentação em Cuti (2010), com o conceito de literatura negro-brasileira; Conceição Evaristo (2011), para as reflexões sobre autoria feminina negra; Candau (2013, 2019) e Le Goff (1990), a respeito da memória e identidade; Silva, Hall e Woodward (2020), para tratar da identidade e representação, dentre outros.
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