DIÁLOGOS ENTRE OS MAGROS E O PATRÃO: REPRESENTAÇÕES E PODER
Resumo
: Este artigo tem por escopo analisar os romances Os magros (1992) e O patrão (1978), do autor sul-baiano Euclides Neto (1925-2000), quanto à temática das representações dos trabalhadores rurais grapiúnas, bem como a inter-relação dessas representações com a história e com as relações de poder. Para tanto, utiliza-se metodologicamente a abordagem transversal do texto literário proposta pelos Estudos Culturais. O aporte teórico se desenvolve tomando por base as discussões teóricas de Hall (1997), cuja acepção de representação se refere a um processo de construção simbólica, ideológica e mental que se compartilha socialmente; Foucault (2014), considerando as suas discussões sobre o poder disciplinar nas sociedades capitalistas; e Nietzsche (2005), acerca do caráter descontínuo da história. Chega-se à conclusão de que as narrativas euclidianas possibilitam perceber o outro, o trabalhador rural, subalternizado, no contexto cultural e histórico da região cacaueira sul-baiana do século XX, pelo viés marxista.
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