CONCEPÇÕES BASILARES E PRÁTICAS DOCENTES EM AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
DOI:
https://doi.org/10.22481/folio.v12i1.6628Resumo
O desafio da educação básica, em pleno século XXI, é fazer, de fato, nossos estudantes saírem da escola dominando conhecimentos básicos. Desde sempre ouvimos que os estudantes brasileiros não sabem nada; as avaliações de larga escala, em diferentes resultados ao longo do ano, atestam o senso comum: as dificuldades extremas na formação discente. No meio de toda essa discussão, as disciplinas Língua Portuguesa e Matemática lideram em resultados aquém do desejável dos estudantes. Não se podem negar os esforços, ainda que canhestros, engendrados pelo MEC e por diferentes secretarias de educação. A pergunta crucial é por que os resultados brasileiros continuam denunciando as sérias dificuldades dos estudantes. Longe de querer responder a esta crucial pergunta, como professora de Língua Portuguesa e formadora de professores, também me debruço sobre esta grave problematização. Tenho como hipótese central que não se trata, apenas, de uma questão metodológica, ou de falta de material didático. Esses são atingidos pela ausência clara de pressupostos teóricos que sustentam as práticas de ensinar e de aprender língua portuguesa na formalidade da sala de aula. Tomando essa hipótese como ponto de partida para as reflexões que desejo propor neste artigo, pretendo discutir os equívocos encontrados em diferentes práticas didáticas, considerando conceitos linguísticos fundamentais denominados como conceitos basilares, a saber: língua e linguagem, texto e gêneros. Postula-se que, apesar do grande e importante avanço das teorias linguísticas, esses conceitos não chegam à ponta: a sala de aula básica, ao professor do ensino básico.
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