A LOUCURA NA MANIFESTAÇÃO LITERÁRIA BRASILEIRA
O ALIENISTA E OS DESVIOS E ATRAVESSAMENTOS DA HISTÓRIA
DOI:
https://doi.org/10.22481/folio.v13i2.9919Palavras-chave:
Literatura brasileira, Representação das diferenças, Loucura, Narrativas da normalidade, Invisibilidade socialResumo
A literatura pode ser compreendida como um sistema simbólico capaz de expressar a realidade nacional. Nessa ordem, permite incluir, no conjunto de investigações a seu respeito, a representação de trajetórias historicamente invisibilizadas. Este artigo, em consonância a essa temática, atém-se à análise do “outro” no viés da “loucura”, tendo como corpus O alienista, de Machado de Assis. Na investigação, vale-se de Lilia Schwarcz, para refletir sobre as raízes históricas da violência no Brasil, de Michel Foucault, para discorrer acerca da construção histórica de discursos do poder e as relações que se estabelecem entre loucura e alteridade, de Antonio Candido para situar a literatura no contexto social. Constata-se que Simão Bacamarte, personagem central da obra, deixa transparecer as marcas e contradições próprias da narrativa cultural brasileira, sendo, nesses termos, parte desse Brasil desviante que, ao voltar-se para sua história, encontra-se com sua própria insanidade.
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