A LINGUÍSTICA TEXTUAL SOB A PERSPECTIVA BAKHTINIANA
Abstract
Este artigo objetiva transcender algumas das críticas feitas à Linguística Textual, considerando que, apesar de ter promovido revisões em função de suas diferentes fases, há limitações que devem ser discutidas. Essas reflexões ganham força a partir do final do século XX, quando o texto passa a ter como lastro a referenciação (MONDADA, 1995), o que lhe imprimiu um acentuado alicerce sociocognitivista. Contudo, observa-se ainda um apego ao código linguístico, haja vista não se encontrar, em suas análises, menção aos signos não verbais, nem uma discussão sobre o sujeito e aspectos socioideológicos. Sugere-se, então, a Fase Bakhtiniana, para qual o texto é um evento dialógico linguístico-semiótico (HEINE, 2012), o que refuta a dicotomia entre o verbal e o não verbal, refletindo sobre o sujeito, a possibilidade de a coesão e coerência ocorrerem também através de signos icônicos, revestidos de uma multiplicidade de sentidos, marcados ideologicamente.
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