AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO FENÔMENO LITERÁRIO: PROBLEMAS, IMPASSES E DESAFIOS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/folio.v12i2.7414

Palavras-chave:

História em quadrinhos, Literatura, Romance gráfico

Resumo

Este trabalho tem como intenção discutir questões suscitadas pelo entendimento das histórias em quadrinhos como fenômeno literário. A princípio, buscamos compreender como as HQs se aproximaram do campo da literatura, considerando as proposições de Eisner (1989) sobre narrativas dos quadrinhos como arte sequencial e a popularização da ideia de romance gráfico. Discutimos então, a partir de teóricos como Beaty (2012), Hatfield (2010) e Groensteen (2015), sobre as tensões que emergem no campo teórico, entre a definição de quadrinhos como literatura ou arte visual, e os impasses causados pela busca de prestígio, além de questões sobre o próprio campo dos estudos sobre quadrinhos como uma disciplina própria.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Renan Duarte, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Doutorando em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Mestre em Estudos Literários pela mesma Instituição.  Desenvolve pesquisa sobre Histórias em Quadrinhos, mais especificamente sobre o gênero tira, suas vertentes, temáticas, formas e métodos de composição, além das relações dos estudos sobre histórias em quadrinhos com outros campos do saber. 

Anderson `Pires da Silva, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Doutor em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-RJ). Professor adjunto da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). É autor dos seguintes livros: "Malditos" (Penalux, 2018), "Trovadores elétricos" (Funalfa/Aquela Editora - 2012), "Mário e Oswald: uma história privada do modernismo" (Faperj/7letras - 2009), e coautor de "Livro de setes faces" (Funalfa/Nankin - 2006). 

Referências

BARBIERI, Daniele. As linguagens dos quadrinhos. Tradução: Thiago de Almeida Castor do Amaral. São Paulo: Petrópolis, 2017.

BEATY, Bart. Comics Versus Art. Toronto: University of Toronto, 2012. Versão para Kindle.

BEATY, Bart; HATFIELD, Charles. Let’s You and Him Fight: Alternative Comics – an Emerging Literature. The Comics Reporter, 2005. Disponível em: https://www.comicsreporter.com/index.php/briefings/commentary/3370/. Acesso em: 10 jun. 2020.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1993.

CAMPOS, Rogério de. Imageria: o nascimento das histórias em quadrinhos. São Paulo: Veneta, 2015.

DUARTE, Renan. Quadrinhos é coisa de criança: Considerações sobre um equívoco desimportante. Literartes, v. 1, n. 8, 31 out. 2018. Disponível em:https://www.revistas.usp.br/literartes/article/view/137828. Acesso em: 10 jun. 2020.

EISNER, Will. Quadrinhos e Arte Sequencial. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

GARCÍA, Santiago. A Novela Gráfica. Tradução: Magda Lopes. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

GROENSTEEN, Thierry. O sistema dos quadrinhos. Tradução: Érico Assis. Rio de Janeiro: Marsupial, 2015.

GROENSTEEN, Thierry. Why Are Comics Still in Search of Cultural Legitimization? In: HEER, Jeet; WORCESTER, Kent. (Org.) A comics studies reader. Jackson: University Press of Mississipi, 2009. Versão Kindle.

HATFIELD, Charles. Alternative Comics: An Emerging Literature. Jackson: University Press of Mississippi, 2005.

HATFIELD, Charles. Indiscipline, or, The Condition of Comics Studies. Transatlantica. Paris, n. 1, Summer/Autumn 2010. Disponível em: https://journals.openedition.org/transatlantica/4933. Acesso em: 6 jun. 2020.

MICKWITZ, Nina. Documentary Comics: Graphic Truth-Telling in a Skeptical Age. Nova York: Palgrave Macmillan, 2015.

MOYA, Álvaro de. Era uma vez um menino amarelo... In: ______ (Org). Shazam! São Paulo: Perspectiva, 1970.

PINTO, Manuel da Costa. Especial quadrinhos: a ascensão do romance gráfico. CULT, São Paulo, n. 215, ago., 2016

RAMA, Angel; VERGUEIRO, Waldomiro. Como usar as histórias em quadrinhos em sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004.

RAMOS, Paulo. A leitura dos quadrinhos. São Paulo: Contexto, 2010.

RENARD, Jean-Bruno. La bande dessinée. Paris: Editions Seghers, 1978.

SANDERS, Joe Sutliff. How comics became kid’s stuff. In: ABATE, Michelle A.; SANDERS, Joe S. (Org.) Good Grief! Children and Comics. Columbus, OH: Billy Ireland Cartoon Library &Museum, 2016. E-book. Disponível em: https://kb.osu.edu/dspace/bitstream/handle/1811/77539/BICLM_Good-Grief_6-9-2016.pdf?sequence=1. Acesso em: 05 jul. 2020.

VERGUEIRO, Waldomiro. As histórias em quadrinhos no limiar de novos tempos: em busca de sua legitimação como produto artístico e intelectualmente valorizado. Visualidades, v. 7, n. 1, 19 abr. 2012. Disponível em: https://doi.org/10.5216/vis.v7i1.18118. Acesso em: 8 jun. 2020.

WOOD, Mary.Origins of the Kid: Street Arabs, Slum Life, and Yellow Presses. The Yellow Kid on the paper stage – acting out class tensions and racial divisions in the new urban environment, 2004. Disponível em: http://xroads.virginia.edu/~MA04/wood/ykid/yellowkid2.htm. Acesso em: 27 jun. 2020.

Downloads

Publicado

2021-02-15

Como Citar

Duarte, R., & `Pires da Silva, A. (2021). AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO FENÔMENO LITERÁRIO: PROBLEMAS, IMPASSES E DESAFIOS. fólio - Revista De Letras, 12(2). https://doi.org/10.22481/folio.v12i2.7414