Professores de Geografia do ensino médio: formação e práticas pedagógicas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/rg.v6.e2022.e11210

Palavras-chave:

Recontextualização, Currículo, Professor de Geografia, Reforma do Ensino Médio

Resumo

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que analisou a formação e as práticas pedagógicas de docentes de Geografia do ensino médio. O aporte teórico empregado é o de Basil Bernstein, especificamente com o conceito de recontextualização e o método do ciclo de políticas. O tipo de pesquisa empregado foi o estudo de caso. Para a construção dos dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com quatro professores de Geografia do ensino médio. Os resultados revelaram que as reformas curriculares nacional e estadual trouxeram mudanças negativas para os professores e para a disciplina, pois a influência de agentes do setor privado nas políticas e as demandas do mercado de trabalho, refletidas nas reformas, prejudicaram a recontextualização e a prática de ensino.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Hanneli Souza Almeida Santos, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Graduada em Geografia (UESB) e Mestre em Ensino pelo Programa de pós-graduação em Ensino da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

Benedito Eugenio, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Doutor em Educação (UNICAMP). Professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e dos Programas de Pós-graduação e Ensino (PPGEn) e Relações Étnicas e Contemporaneidade (PPGREC). 

Sandra Márcia Campos Pereira, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Doutora em Educação (UNESP). Professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e do Programa de Pós-graduação em Ensino. 

Referências

BALL, S. Vozes/Redes políticas e um currículo neoliberal global. Espaço do currículo, v.3, n.1, p.485-498, 2010.

BERNSTEIN, B. A estruturação do discurso pedagógico: classe, códigos e controle. Petrópolis: Vozes, 1996.

BERNSTEIN, B. Pedagogía, control simbólico y identidad. Madri: Moratta, 1998.

BRASIL. Decreto nº 6.094, de 24 de abril de 2007. Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal, em regime de colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estados, e a participação das famílias e da comunidade, mediante programas e ações de assistência técnica e financeira, visando a mobilização social pela melhoria da qualidade da educação básica. Brasília, DF, 2007.

BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis n º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Brasília, DF, 2017.

CALLAI, C. H. O conhecimento Geográfico e a formação do professor de Geografia. Revista Geográfica de América Central, Costa Rica, p. 1-20, jul-dic, 2011.

CAVALCANTE, R. B. CALIXTO, P. PINHEIRO, M. M. K. Análise de Conteúdo: considerações gerais, relações com a pergunta de pesquisa, as possibilidades e limitações do método. Informação & Sociedade (UFPB. Online), v. 24, p. 13-18, 2014.

CAVALCANTI, L. de S. O trabalho do professor de geografia e tensões entre demandas da formação e do cotidiano escolar. In: ASCENÇÃO, V. de. O. R. et. al. In: Conhecimentos da Geografia: percursos de formação docente e práticas na Educação Básica. Belo Horizonte: IGC, 2017.

CRUZ, L. R; SILVA, M. R. A educação física frente às ameaças da Medida Provisória 746/16: movimentações e repercussões. Rev. Nova Paideia - Revista Interdisciplinar em Educação e Pesquisa, Brasília/DF, v. 1 n. 1 p. 30-50 - jan./jun, 2019

EUGÊNIO, B. G. O currículo na Educação de Jovens e Adultos: entre o formal e o cotidiano numa escola municipal em Belo Horizonte. 180f. Dissertação (Mestrado em Educação). Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2004.

FARIAS, P. S. C. A reforma que deforma: o Novo Ensino Médio e a Geografia. Pensar Geografia, v. I, nº. 2. Dez, 2017.

FERREIRA, R. A; RAMOS, L. O. L. O projeto da MP nº 746: entre o discurso e o percurso de um novo ensino médio. Ensaio Avaliação e Políticas Públicas em Educação, v. 26, p. 1176-1196, 2018.

FERRETI, C. J; SILVA, M. R. da. Reforma do Ensino Médio no contexto da Medida Provisória nº 746/2016: Estado, currículo e disputas por hegemonia. Educ. Soc., Campinas, v. 38, nº. 139, p.385-404, abr.-jun., 2017.

FREITAS, L. C. de. A Reforma Empresarial da Educação: nova direita, velhas ideias. 1. Ed. São Paulo: Expressão Popular, 2018

FREITAS, L. C. Os reformadores empresariais da educação: da desmoralização do magistério à destruição do sistema público de educação. Educação & Sociedade, v. 33, p. 379-404, 2012.

FREITAS, L. C. Três teses sobre as reformas empresariais da educação: perdendo a ingenuidade. Cadernos CEDES, v. 36, p. 137-153, 2016.

HADDAD, F. O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2008.

LIMA, M. Introdução aos métodos quantitativos em Ciências Sociais. In: ABDAL, A. et. al. Métodos de pesquisa em ciências sociais: bloco quantitativo. São Paulo: Sesc São Paulo, Cebrap, 2016.

LOPES, A. C; MACEDO, E. F. de. Teorias de Currículo. São Paulo: Cortez, 2011.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 2020.

MARTINS, E. M. Movimento "Todos pela Educação": um projeto de nação para a educação brasileira. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação. Campinas, São Paulo, 2013.

MARTINS, V; ALMEIDA, J. Educação em tempos de pandemia no Brasil: saberesfazeres escolares em exposição nas redes e a educação on-line como perspectiva. Redoc, Rio de Janeiro, v. 4, n.2, p. 215-224, Maio/Ago 2020

MOREIRA, A. F. B; SILVA, T. Currículo, cultura e sociedade. São Paulo: Cortez, 2013.

PORTELA, M. O. B. A BNCC para o ensino de Geografia: a proposta das ciências humanas e da interdisciplinaridade. Revista OKARA: Geografia em debate, v.12, n.1, p. 48-68, 2018

RIBEIRO, L. O. M; RIBEIRO, W de. O. Ciência do espaço sem espaço: disciplina Geografia e reforma do Ensino Médio no Brasil1 Revista de Educação PUC-Campinas, São Paulo, vol. 25, e204541, 2020.

RODRIGUEZ, J. B. M. O currículo como espaço de participação: a democracia escolar é possível? In: SACRISTÁN, J. G. (org.) Saberes e Incertezas sobre o currículo. Porto Alegre: Penso, 2013.

SAMPAIO, M. das M. F; MARIN, A. J. Precarização do trabalho docente e seus efeitos sobre as práticas curriculares. Educ. Soc., Campinas, vol. 25, n. 89, p. 1203-1225, Set./Dez. 2004

STEFENON, D. L. Sobre as Geografias que aprendo e ensino: a questão do conhecimento e a formação do professor a partir de um estudo de caso em Irati, Paraná. Geografia: Ensino & pesquisa, p. 87-93, 2017.

STEFENON, D. L.; SANTOS, W. T. P. A formação do professor para atuação em uma escola de conhecimento a partir da experiencia PIBID do Curso de Geografia da Unicentro, Irati/PR. Unifeso Humanas e Sociais, v. 2, p. 27-45, 2016.

Downloads

Publicado

2023-04-03

Como Citar

SOUZA ALMEIDA SANTOS, H.; EUGENIO, B.; CAMPOS PEREIRA, S. M. Professores de Geografia do ensino médio: formação e práticas pedagógicas. Geopauta, [S. l.], v. 6, p. e11210, 2023. DOI: 10.22481/rg.v6.e2022.e11210. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/geo/article/view/11210. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos