A paisagem e a produção do espaço no entorno do lago de Furnas no sul de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.22481/rg.v4i4.6943Resumo
Os objetivos do presente trabalho são entender as transformações na paisagem a partir da construção da represa de Furnas, no sul de Minas Gerais, e porque a população de Alfenas usa tão pouco o lago como opção de lazer e turismo no próprio local, fazendo uso em outros municípios banhados pelo lago. Com efeito, o uso do lago em Alfenas acaba ficando mais restrito à população dos bairros periféricos no entorno. Parte-se do pressuposto que em Alfenas a infraestrutura é inferior em ralação aos outros municípios banhados pelo lago, assim como o apoio ao lazer e ao turismo, mas que além disso há um componente acerca da paisagem que é considerada inferior comparativamente aos municípios da parte norte do reservatório.
Downloads
Metrics
Referências
BECKER, Bertha K. e EGLER, Claudio A. G. Brasil: uma nova potência regional na economia-mundo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
BURKE, Peter. Testemunha ocular: o uso de imagens como evidência histórica. São Paulo: Editora Unesp, 2017.
CLAVAL, Paul. A paisagem dos geógrafos. In: CORRÊA, Roberto L. e ROSENDAHL, Zeny (orgs.). Geografia cultural: uma antologia (I). Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012, p. 245-276.
CARVALHO, Lárame S.; NOGUEIRA, Marly T. Memórias alagadas: a construção da hidrelétrica de Furnas e a submersão da vida. Trabalho de Conclusão de Curso em Ciências Sociais, Universidade Federal de Alfenas, 2015.
CORRÊA, Roberto L. Estudos sobre a rede urbana. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
COSGROVE, Denis. A geografia está em toda parte: cultura e simbolismo nas paisagens humanas. In: CORRÊA, Roberto L. e ROSENDAHL, Zeny (orgs.). Geografia cultural: uma antologia (I). Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012, p. 219-238.
FLUSSER, Vilém. Filosofia da Caixa Preta: Ensaios para uma futura filosofia da fotografia. São Paulo: Hucitec, 1985.
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Entorno do Lago de Furnas: Relatório parcial 4: diretrizes para os instrumentos de gestão. Alfenas: 2013.
LEFEBVRE, Henri. La producción del espacio. España: Capitán Swing, 2013.
LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2006.
LEMOS JÚNIOR, Clésio B. A implantação da usina hidrelétrica de Furnas e suas repercussões: estudo sobre a territorialização de políticas públicas. Dissertação em Geografia. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010.
MARTINS, José de Souza. Sociologia da fotografia e da imagem. São Paulo: Contexto, 2016.
MARTINS, Marcos Lobato. Olhares sobre o “Mar de Minas”: percepções dos moradores de Alfenas e Fama relativas ao lago de Furnas (1963-1999). Ambiente & Sociedade, Campinas, v. XIII, n. 2, jul.-dez. 2010, p. 347-363.
OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO (ONS). Avaliação da operação da UHE Furnas nas cotas mínimas de 755 m, 758 m, 760 m e 762 m. Rio de Janeiro, março 2020.
POZZER, Carlos E.; FERRÃO, André Munhoz de A. O Plano de Desenvolvimento do Lago de Furnas de 1975: o desafio da integração regional. Revista Interações, Campo Grande, MS, v. 19, n. 4, p. 871-887, out.- dez. 2018.
PREFEITURA MUNICIPAL DE ALFENAS. Leitura técnica do Plano Diretor de Alfenas. Alfenas: 2006.
PREFEITURA MUNICIPAL DE ALFENAS. Secretaria Municipal Turismo Alfenas. Disponível em http://turismoalfenas.blogspot.com/2009/09/rampa-nautica.html, acesso em 17 jun. 2020.
SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Edusp, 2007.
SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2006.
SEABRA, Odette C. de Lima. A insurreição do uso. In: MARTINS, José de Souza (org.). Henri Lefebvre e o retorno à dialética. São Paulo: Hucitec, 1996, p. 71-86.
SMITH, Neil. Desenvolvimento desigual: natureza, capital e produção do espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988.
STEINKE, Valdir A. et al. Geografia e Fotografia: apontamentos teóricos e metodológicos. Brasília: LAGIM/UnB, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Da Revista Geopauta e do(s) Autor(es)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Dos Direitos Autorais
Os autores mantêm os direitos autorais de forma irrestrita e concedem à Geopauta a primeira publicação com o trabalho simultaneamente licenciado em CC BY.que permite que outros compartilhem com reconhecimento da autoria de cada autor na publicação inicial nesta revista.
Propriedade Intelectual e Termos de uso
Geopauta adota a política de Acesso Livre em Conformidade com o Acesso Aberto- OAC recomendado pelo DOAJ e em conformidade com os Critérios SciELO, sob uma licença Creative Commons CC By Attribution 4.0 International License, permitindo acesso gratuito imediato ao trabalho e permitindo que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos dos artigos, rastreie-os para indexação, passe-os como dados para software ou use-os para qualquer outra finalidade legal.
Geopauta atribui a licença CC BY. onde é permitido sem restrições:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial. desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
