Língu@ Nostr@ https://periodicos2.uesb.br/index.php/lnostra <div align="justify">A <strong>Língu@ Nostr@ - Revista Virtual de Estudos de Gramática e de Linguística (ISSN 2317-2320)</strong> dedica-se à publicação de artigos, resenhas e, eventualmente, entrevistas. Tem como escopo a publicação de artigos inéditos provenientes de estudos que, de alguma forma, estejam na interface entre <strong>Gramática</strong> e <strong>Linguística</strong>, preferencialmente aplicados ao <strong>Ensino da Língua Portuguesa</strong> como língua materna. A periodicidade é <strong>semestral</strong>, com processo de submissão em fluxo contínuo, aceitando submissões nos idiomas português, espanhol e inglês.</div> Edições UESB pt-BR Língu@ Nostr@ 2317-2320 Apresentação https://periodicos2.uesb.br/index.php/lnostra/article/view/15741 <p>Apresentação do número da Revista Lingu@ Nostr@.</p> Maria Regina Maluf Copyright (c) 2024 Língu@ Nostr@ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-27 2024-12-27 12 2 1 2 10.22481/lnostra.v12i2.15741 Aprendendo a ler - ciências cognitivas em sala de aula https://periodicos2.uesb.br/index.php/lnostra/article/view/15742 <p>Aprender a ler mobiliza muito de nossos processos mentais de que sequer temos consciência. Até atingirmos a proficiência na leitura, é longo e rico o caminho que percorremos, desde que se inicia a fala, partindo-se para a manipulação dos sons - a mais que necessária ponte para a escrita -, chegando-se, enfim, à plenitude da proficiência na leitura.&nbsp; O minicurso ministrado por mim durante a 9º Jornada Internacional de Alfabetização, m setembro de 2023, teve como base dois livros do cientista Stanislas Dehaene que abordam o aprendizado da leitura e da escrita entre crianças.&nbsp; Um dos livros teve resenha publicada e é direcionado a professores, adotando um caráter prático e objetivo, utilizando diversos exemplos e apontando com franqueza as mazelas na educação, presentes até mesmo em países considerados de primeiro mundo.&nbsp; A outra publicação adentra com mais detalhes os aspectos cerebrais que participam da aquisição da escrita e do desenvolvimento da leitura.&nbsp; O minicurso, assim, procurou evidenciar questões muito importantes e essenciais da leitura utilizando-se do conhecimento presente nos dois livros de modo complementar, procurando ora oferecer uma visão mais prática, ora expor com mais detalhes as implicações cerebrais para uma compreensão mais profunda da leitura por parte dos professores de anos iniciais e ensino fundamental.</p> Marília Marques Lopes Copyright (c) 2024 Língu@ Nostr@ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-27 2024-12-27 12 2 3 11 10.22481/lnostra.v12i2.15742 Explorando novas fronteiras na alfabetização: como potenciar a aprendizagem da leitura em ambientes virtuais de aprendizagem https://periodicos2.uesb.br/index.php/lnostra/article/view/15744 <p>Neste artigo é feita, numa primeira parte, uma análise crítica das vantagens e desvantagens do uso das tecnologias digitais no contexto educativo, complementada com uma breve reflexão sobre os desafios que se colocam aos agentes educativos na era digital. Afunilando o foco para o ensino da leitura e da escrita, na segunda parte é apresentado o recurso digital EAP - Ensinar e Aprender Português, que tem como objetivos principais: i) apoiar o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita nos quatro primeiros anos de escolaridade; ii) identificar, de forma atempada, alunos em risco de apresentar dificuldades na aprendizagem na leitura e escrita; iii) apoiar a recuperação de aprendizagens; iv) ajudar os alunos a pensar; e v) desenvolver o gosto pela leitura.&nbsp; Nesta apresentação, é feita referência ao racional teórico, são detalhados os domínios incluídos, as estratégias utilizadas e o modo de operacionalização.&nbsp; No que concerne ao racional teórico, o EAP encontra-se alicerçado nas teorias comportamentais e cognitivas da aprendizagem e da motivação, da aprendizagem cooperativa e da aprendizagem social. Contempla, ainda, os conhecimentos científicos oriundos da investigação sobre leitura e escrita e da sua didática e os princípios da abordagem multinível. Os domínios contemplados – Consciência fonológica, Ensino das regras de conversão fonema-grafema e grafema-fonema, Compreensão oral, Compreensão da leitura, Fluência de leitura, Ortografia, Gramática, Escrita compositiva/produção textual e Educação literária – são operacionalizados através de uma série de sequências didáticas que adotam um conjunto muito diversificado de estratégias (vídeos, atividades multimédia, feedbacks explicativos, reforços contingentes, entre outras) e que são complementadas com um conjunto de recursos adicionais como, por exemplo, a «Biblioteca dos truques», onde são apresentadas animações sobre regras de ortografia e gramática.</p> Carla Cristina Fernandes Monteiro Fernanda Leopoldina Parente Viana Copyright (c) 2024 Língu@ Nostr@ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-27 2024-12-27 12 2 12 42 10.22481/lnostra.v12i2.15744 Poemas e Consciência Linguística: contribuições para a alfabetização https://periodicos2.uesb.br/index.php/lnostra/article/view/15745 <p>O presente texto aborda a temática desenvolvida no curso “Poemas e consciência linguística: contribuições para a alfabetização”, durante a 9ª Jornada Internacional de Alfabetização. Ressalta-se cada vez mais a importância de tornar a leitura compartilhada uma prática corrente nas salas de aula da Educação Infantil e dos Anos Iniciais, especialmente em contextos de vulnerabilidade socioeconômica, com reduzido acesso a materiais escritos e mesmo a diálogos qualificados. É um importante papel da escola oferecer a linguagem oral e escrita em diferentes gêneros e suportes. Dessa forma, o curso objetivou apresentar aspectos linguísticos, afetivos e cognitivos estimulados pela leitura na infância, destacando-se o papel dos poemas e parlendas. Esses textos conjugam cultura, arte e linguagem, com aspectos fonológicos que marcam o ritmo e facilitam a assimilação de palavras e versos na memória. A partir das pesquisas da autora sobre o efeito das rimas na consciência fonológica e linguística de crianças no período de alfabetização e contínua experiência no trabalho com poemas na escola, é enfatizado o trabalho com as características linguísticas desse tipo de texto, que favorecem o desenvolvimento da metalinguagem das crianças e facilitam a passagem do domínio da linguagem oral para o aprendizado da escrita. Ao final, são oferecidos referenciais para desenvolver atividades lúdicas de linguagem com poemas e parlendas na sala de aula.</p> Clarice Staub Lehnen Copyright (c) 2024 Língu@ Nostr@ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-27 2024-12-27 12 2 43 54 10.22481/lnostra.v12i2.15745 Oralidade e alfabetização https://periodicos2.uesb.br/index.php/lnostra/article/view/15746 <p>Quando a criança chega ao período formal de alfabetização já carrega uma bagagem de habilidades de linguagem que necessitam ser conhecidas pelos professores, a fim de promover e facilitar o uso desses conhecimentos para relacioná-los com a aprendizagem da escrita. A alfabetização implica que a criança reconheça o sistema alfabético de escrita, inicialmente compreendendo a lógica das relações entre fonemas e grafemas, para gradualmente avançar para a escrita e compreensão de frases e textos. Oferecer atividades que oportunizem descobertas e reflexões sobre a língua proporcionará melhores condições e segurança para o processo de aprendizagem escolar, como o interesse e a atenção às palavras, às leituras e aos jogos propostos. Tendo em vista a relevância da oralidade para a alfabetização, durante a 9ª Jornada Internacional de Alfabetização as presentes autoras propuseram um simpósio intitulado “Oralidade e Alfabetização”, com a finalidade de fomentar discussões sobre o tema e proporcionar a troca entre profissionais de diferentes áreas que trabalham e estudam sobre essa etapa escolar. Neste texto, são abordados conceitos relacionados à oralidade e seu desenvolvimento, bem como suas relações com o processo de aprendizagem da leitura e da escrita, salientando-se práticas importantes de serem realizadas em sala de aula. Atividades e pesquisas na área puderam ser relatadas no simpósio em que se discutiu e procurou colaborar com o fazer pedagógico e reflexões linguísticas relacionadas à alfabetização.</p> Clarice Staub Lehnen Gabriela C.M. de Freitas Copyright (c) 2024 Língu@ Nostr@ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-27 2024-12-27 12 2 55 65 10.22481/lnostra.v12i2.15746 Avaliação da consciência fonológica e fonoarticulatória: instrumentos CONFIAS e CONFIART https://periodicos2.uesb.br/index.php/lnostra/article/view/15747 <p>A aprendizagem da leitura e da escrita está intimamente ligada ao reconhecimento da relação entre os sons e as representações destes na escrita. Estudos realizados nas áreas de linguística, fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia e educação vem demonstrando o papel significativo da metafonologia, ou seja, da reflexão sobre a organização e produção dos sons da língua, no processo de alfabetização das crianças. A capacidade de refletir sobre os sons da fala, especificamente as habilidades em consciências fonológica e fonoarticulatória são ferramentas importantes para o processo de alfabetização, devendo ser avaliadas antes e durante tal processo, na busca do acompanhamento da evolução das crianças e superação de suas dificuldades. O presente texto foi elaborado a partir do Mini-Curso oferecido pelas autoras na 9ª Jornada de Alfabetização, realizada em 2023, em que foram abordados os conceitos de consciência fonológica e consciência fonoarticulatória, bem como a forma como essas habilidades podem servir de apoio durante o processo de alfabetização. O objetivo do Mini-Curso foi relatar brevemente a história da elaboração dos instrumentos CONFIAS (Moojen et al., 2003) e CONFIART (Santos, et al, 2014), suas tarefas, as normas de aplicação e os critérios de correção. A partir da exposição dos instrumentos, foi possível fomentar discussões sobre a estrutura e os objetivos do CONFIAS, que é amplamente utilizado em pesquisas e na clínica fonoaudiológica, além de apresentar o CONFIART, único instrumento específico para avaliação da consciência fonoarticulatória.</p> Rosangela Marostega Santos Gabriela Castro Menezes de Freitas Copyright (c) 2024 Língu@ Nostr@ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-27 2024-12-27 12 2 66 76 10.22481/lnostra.v12i2.15747 Memória de trabalho, competência leitora e dificuldades de leitura https://periodicos2.uesb.br/index.php/lnostra/article/view/15748 <p>O presente trabalho aborda as relações entre a memória de trabalho e os processos de leitura, mais notadamente, nos efeitos que sua capacidade de armazenamento, retenção e recuperação acarretam a formação de leitor competente, assim como nas dificuldades que distúrbios em seu pleno funcionamento trazem à leitura. Por meio de uma discussão acerca das formulações teóricas sobre a memória de trabalho, bem como a partir de uma caracterização das dificuldades de leitura e da competência leitora, o texto ora apresentado busca apresentar estudos já realizados sobre a temática, procurando criar um quadro no qual seja possível no mínimo esboçar as relações entre esses três tópicos. A abordagem aqui encetada contempla contribuições advindas da Linguística, Psicolinguística, Psicologia Cognitiva, Neurociências e Pedagogia, caracterizando-se, assim, como um trabalho de enfoque multidisciplinar. A conclusão a que se chega é a de que as questões relativas às dificuldades de leitora e formação da competência leitora podem ser melhor compreendidas por meio do recurso à investigação dos diversos componentes que estão envolvidos no processo de leitura, em especial, a memória de trabalho, que, no presente trabalho, é descrita nos termos do Modelo Multicomponencial, de Baddeley e Hitch (1974).</p> José Ferrari Neto Roberta Melo de Carvalho Arineyde Maria D’Almeida Alves de Oliveira Copyright (c) 2024 Língu@ Nostr@ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-27 2024-12-27 12 2 77 89 10.22481/lnostra.v12i2.15748 O potencial da modelação e reescrita para aprender a escrever https://periodicos2.uesb.br/index.php/lnostra/article/view/15749 <p>O presente texto incide na reescrita como instrumento de apropriação dos recursos linguísticos encontrados num texto tomado como modelo. Tem por base a colocação em prática da atividade de reescrita delineada pela pedagogia Ler para Aprender/ LpA (Reading to Learn/ R2L), proposta pela Escola de Sydney. No âmbito da reescrita, surge a questão de conhecer os processos que os alunos colocam em prática, tendo como referência o texto original, para elaborarem a sua reescrita. Para aprofundar esse conhecimento, o estudo apresentado teve como objetivos analisar a capacidade de os alunos do 5.º ano realizarem a reescrita de uma narrativa, segundo um novo problema, e caracterizar as reescritas que apresentaram quanto aos requisitos de coerência textual, em conformidade com o género, e quanto às relações das formulações reescritas com a formulação do texto original. Metodologicamente, realizada a reescrita, de acordo com a sequência de atividades previstas pelo programa LpA, procedeu-se à análise comparativa em relação ao original. Esta análise incide sobre a adequação ao género dos novos problemas, a presença dos passos constantes do original, a existência de paralelismo com frases originais e a transposição de propriedades linguístico-discursivas para os novos problemas. Os resultados mostraram que os alunos deste nível são capazes de efetuar a reescrita, apresentando um novo problema adequado ao género, e que as reescritas revelam diferentes graus de proximidade com o texto original, que se refletem no conteúdo e na formulação linguística, a qual pode ser retomada ou transformada, mantendo valores semânticos salientes no original. Em conclusão, a reescrita a partir de um texto modelar constitui um instrumento pedagógico, para os alunos se apropriarem das características de um género textual e da linguagem que lhe é própria.</p> Luís Filipe Barbeiro Copyright (c) 2024 Língu@ Nostr@ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-27 2024-12-27 12 2 90 113 10.22481/lnostra.v12i2.15749 Recursos didáticos pedagógicos: uma proposta de mediação da aprendizagem https://periodicos2.uesb.br/index.php/lnostra/article/view/15750 <p>Os recursos didáticos sempre estiveram presentes nas aulas das professoras da educação básica, desde o uso do quadro e giz até os jogos tecnológicos, eles fazem parte dos planejamentos. Assim, é relevante pensarmos sobre sua utilização no contexto da sala de aula. Em conjunto com a mediação da professora, os recursos didáticos são ainda mais potentes para o processo de aprendizagem. Neste contexto, o presente artigo tem como objetivo refletir a respeito da importância da elaboração e utilização de recursos didáticos como mediadores auxiliares da professora, contribuindo no processo de aprendizagem e desenvolvimento das funções mentais superiores dos estudantes. Para a análise são utilizados os conceitos de Mediação da Aprendizagem ancorados em Feuerstein, Feuerstein e Falik (2014) e Vigotski (1994) , e Zona de Desenvolvimento Proximal a partir de Vigotski (1994). A reflexão se dá, tomando como material empírico os planejamentos de uma professora-estagiária durante seu Estágio de Docência - Anos Iniciais, na Faculdade de Educação da UFRGS. A pesquisa mostra que o uso de recursos didáticos bem planejados, aliados a uma boa mediação, resulta em avanços significativos na aprendizagem, especificamente no processo de aquisição da leitura e da escrita, além de favorecer o desenvolvimento cognitivo e a construção do conhecimento dos alunos.</p> Sandra dos Santos Andrade Mirhiã Detanico Chaves Copyright (c) 2024 Língu@ Nostr@ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-27 2024-12-27 12 2 114 128 10.22481/lnostra.v12i2.15750 “Pra mim é conquista”: o impacto da alfabetização sob o olhar das crianças https://periodicos2.uesb.br/index.php/lnostra/article/view/15751 <p>Em virtude da pandemia, muitas crianças tiveram seu processo de alfabetização prejudicado. Por isso, a Universidade do Vale do Taquari - Univates, em parceria com secretarias municipais de educação, elaborou o Projeto Alfabeletrando que visa atender crianças com dificuldades na leitura e na escrita. A fim de analisar os impactos do Projeto na percepção que os alunos possuem sobre a relevância da leitura e da escrita, este estudo reflete sobre a importância da alfabetização e sua relação com o desenvolvimento da autoestima e da crença de autoeficácia dos estudantes. Para isso, 192 crianças responderam a um questionamento sobre o significado de saber ler e escrever. As respostas, que poderiam ser concretizadas por meio de escrita ou desenho, revelaram que as crianças veem a leitura e a escrita como fundamentais para seu bem-estar, para realização de sonhos e para tarefas cotidianas, convergindo com estudos prévios sobre o papel da leitura e da escrita na percepção de si. Também se percebeu que a aprendizagem da leitura e da escrita impacta no desenvolvimento da autoestima e na crença de autoeficácia.</p> Kári Lúcia Forneck Grasiela Kieling Bublitz Natália Taís Scherer Iandra Vanessa Sell Letícia Fell Copyright (c) 2024 Língu@ Nostr@ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-27 2024-12-27 12 2 129 147 10.22481/lnostra.v12i2.15751 Ler e compreender o texto literário: ensino, mediação sensível e letramento literário https://periodicos2.uesb.br/index.php/lnostra/article/view/15752 <p>O texto aborda a leitura e a compreensão associadas ao texto literário infantil adotando uma perspectiva pedagógica que se baseia na mediação sensível atenta ao inteligível da compreensão. Para isso, retoma-se uma pesquisa realizada em 2007, que teve por objetivo investigar e analisar a influência de uma leitura mediada por um leitor adulto, auxiliando um grupo de crianças de anos iniciais do Ensino Fundamental a se tornarem mais competentes na leitura da palavra e da imagem, que constituem textos narrativos de literatura infantil. O recorte da pesquisa pauta a reflexão sobre como ajudar a ler o texto literário infantil considerando as singularidades da linguagem para produzir sentidos. O conceito de leitura é assumido com sua complexidade sendo definido tanto pela perspectiva social quanto cognitiva associando-o à literatura infantil, textualidade que convida à produção de sentidos. Ler literatura infantil envolve prática sistemática em contato com o texto e aberta à partilha de sentidos, caracterizando o que se entende por letramento literário. Apoiam-se as reflexões também na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que pauta habilidades relacionadas principalmente à estrutura do texto quando trata de leitura literária, o que não é sinônimo de letramento literário. Um comportamento sensível diante do texto demanda autorregulação que pode se desenvolver com mediação específica para auxiliar os leitores a entenderem como podem ler, compreender e produzir sentidos em interação com a literatura infantil.</p> Marília Forgearini Nunes Copyright (c) 2024 Língu@ Nostr@ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-27 2024-12-27 12 2 148 165 10.22481/lnostra.v12i2.15752 Mercado das palavras: múltiplas semioses, múltiplos aprendizados https://periodicos2.uesb.br/index.php/lnostra/article/view/15753 <p>Com o objetivo de integrar os conhecimentos advindos da pesquisa em leitura às práticas educacionais em contexto pós-pandemia de Covid-19, foram construídas propostas pedagógicas disponibilizadas em site próprio, bem como cursos online voltados aos professores, a fim de capacitá-los à melhor utilização do material produzido. Além do embasamento teórico vinculado à ciência da leitura, o material dialoga com a BNCC (2018). Neste artigo, apresentamos as premissas das propostas pedagógicas voltadas ao ciclo de alfabetização, disponíveis em formato impresso e digital, de forma gratuita, em versões com fonte cursiva e caixa alta, com acessibilidade para crianças surdas, por meio da interpretação em Libras. O material proporciona o desenvolvimento da literacia e da numeracia, por meio do contato com diferentes gêneros textuais, formas de registro do tempo e educação ambiental. Ambientado em contexto familiar, o Mercado das Palavras direciona a atenção das crianças às múltiplas semioses presentes no nosso cotidiano, buscando desenvolver as habilidades necessárias para sua compreensão e utilização.</p> Jaimeson Machado Garcia Sabrine Amaral Martins Kadine Saraiva de Carvalho Vanessa Weber Sebastiany Rosângela Gabriel Copyright (c) 2024 Língu@ Nostr@ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-27 2024-12-27 12 2 166 187 10.22481/lnostra.v12i2.15753 Poemas na escola: lendo, pensando e aprendendo... https://periodicos2.uesb.br/index.php/lnostra/article/view/15754 <p>Este texto decorre de participação da autora na “Mesa Alfabetização: além dos anos iniciais”, da IX Jornada de Alfabetização / UFRGS (2023). O tópico desenvolvido tem como referência estudos próprios de seu Pós-doutorado em Educação (UDESC) e de sua Bolsa PQ/DT/CNPq, que buscaram verificar as contribuições de materiais de ensino da leitura de textos (poemas e fábulas) para o aprendizado de crianças de anos finais do Ensino Fundamental I, no que se refere ao uso do guessing game (GOODMAN, 1976) e à consciência no seu uso. O recorte eleito está no texto (poema) e no material de ensino de leitura, configurando-o como um eixo desses estudos e situando-o como tópico constitutivo. Teoricamente, esse recorte tem apoio em concepções psicolinguísticas de leitura basilares: cognição e metacognição; interação leitor, autor e texto; compreensão e processamento; uso e consciência no uso do guessing game. Metodologicamente, ele se caracteriza pela construção de materiais de ensino, com participação de pesquisadores, professores e estudantes de universidades e escolas, situados em três estados brasileiros (RN, BA, RS), por meio de suas percepções com base em leituras e aplicações prévias desses materiais. Foram organizados em cinco módulos, havendo, em cada, um poema e um nível de consciência linguística dominante, com tarefas de uso do guessing game e de consciência no seu uso. Esse processo de construção antecedeu a aplicação dos materiais de ensino e as coletas finais de dados. O objeto de exposição no presente texto contribuiu para a explicitação de concepções psicolinguísticas relevantes no ensino da leitura na escola, para a obtenção de um produto linguístico-pedagógico com apoio tecnológico, para a construção de um caminho de ensino da leitura do poema para participantes em seus espaços e buscas de aprender e ensinar, e para uma aproximação oportuna e possível de pessoas e lugares.</p> Vera Wannmacher Pereira Copyright (c) 2024 Língu@ Nostr@ https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-27 2024-12-27 12 2 188 201 10.22481/lnostra.v12i2.15754