https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/issue/feed ODEERE 2024-08-31T16:49:58-03:00 Dra. Marise de Santana revistaodeere@uesb.edu.br Open Journal Systems <div align="justify">A <strong>ODEERE: Revista do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade (ISSN 2525-4715) </strong>é uma revista quadrimestral da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) que publica trabalhos inéditos e originais desenvolvidos em torno das discussões sobre etnicidade, relações étnicas, gênero e diversidade sexual, em diferentes tempos e espaços e abordando diferentes grupos sociais, tais como indígenas, negros, africanos etc. <strong>Ano de criação: 2016 | Qualis: B1</strong></div> https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14847 Infâncias negras no contexto escolar 2024-07-03T13:14:34-03:00 Hugo de Souza Lima de Oliveira hugolimaa@yahoo.com.br <p>A presente resenha tem por objetivo descrever o livro "Infâncias Negras: vivências e lutas por uma vida justa", o qual celebra a resiliência, a criatividade, resistência e agência das crianças negras, mostrando como elas encontram formas de se afirmar, se fortalecer e se empoderar em meio às adversidades sociais e em seu contexto escolar.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/13859 O Dendê, a Bahia, as políticas de desenvolvimento, o racismo e seus paradoxos 2024-04-07T11:01:54-03:00 André Souza dos Santos andrecamamu02@gmail.com <p>Este artigo se propõe a analisar principalmente o fenômeno de escasseamento na produção de azeite de dendê da espécie Dura (que é originalmente africano) na Bahia; trata dos problemas agrários e agrícolas da Costa do Dendê no Baixo Sul baiano e do seu esquecimento nos processos de financiamento agrícola e desenvolvimento tecnológico. Desde de 2021 a escassez do óleo, tão precioso em tantas esferas culturais e comerciais na Bahia vem causando bastante discussão entre povos de santo, as baianas de acarajé, restaurantes, produtores rurais, intelectuais e a imprensa baiana. &nbsp;A possibilidade de uma redução permanente das quantidades disponíveis do azeite de dendê vem deixando aqueles que precisam dele em seus rituais e na sua culinária muito preocupados. Talvez possa se partir do pressuposto de que o azeite de dendê representa muito pouco ou quase nada para a Bahia, pelo menos em matéria de consciência pública, e uma vez estabelecido o paradoxo, determinar que o dendê representa a Bahia em sua totalidade! O fato de estar chegando ao limite da sua sustentabilidade, demostra a negligencia e o esquecimento de políticas públicas em seus processos de desenvolvimento na maneira como historicamente ele vem sendo tratado.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14180 Tenda dos Milagres: uma análise discursiva do romance de Jorge Amado 2024-05-04T16:23:03-03:00 Mariângela Castejon mariangelacastejon@iftm.edu.br Nilson Fernandes Dinis ndinis@ufscar.br Welson Barbosa Santos welson.santos@ufu.br <p>Este artigo buscou analisar alguns aspectos discursivos na obra <em>Tenda dos Milagres</em>, de autoria de Jorge Amado. Parte da percepção de que a discursividade religiosa que permeia a discursividade literária de Jorge Amado apresenta uma simbolização e ressignificação dos processos identitários, culturais e sócio-históricos próprios da matriz africana. Logo, adotando alguns dos procedimentos da análise do discurso sob uma perspectiva foucaultiana, o objetivo foi, por meio das práticas de subjetivação e objetivação, perceber as subjetividades que envolvem as vozes que emergem no discurso religioso, o candomblé, na obra <em>Tenda dos Milagres</em>. As análises oportunizaram a constatação de que os silenciamentos e as subjetividades produzidas nos locais de moradia e no Candomblé constituem sentidos nos movimentos na e da história, na composição dos sujeitos do discurso e suas identidades, demarcando resistências e lutas que preservam a cultura, etnicidade, manifestações de fé e de pertencimentos dos sujeitos-personagens da obra desse escritor baiano.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14339 Dissidentes intelectuais negras: das encruzilhadas epistemológicas aos paradigmas anticoloniais 2024-06-29T13:17:47-03:00 Gyme Gessyka Pereira dos Santos gyme.aya@gmail.com <p class="western" align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">O presente artigo integra parte de uma pesquisa de doutorado já concluída em que foi utilizada também a metodologia de revisão bibliográfica e documental, o objetivo foi estruturar</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"> uma análise epistêmica comparada acerca das produções de Bairros (1995), Fernandes (1989), Gonzalez (1984), Hahner (1981) e Nepomuceno (2013) que abordam questões relacionadas à mulher negra na sociedade brasileira, marcadas sobretudo pelo modo como cada intelectual articula as categorias: raça, gênero e classe, bem como o conceito de interseccionalidade. Gonzalez (1984) com exímio pioneirismo traz à baila discussões acerca das condições da mulher negra na sociedade brasileira, com um </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><span lang="pt-BR">pertinente e aguçado olhar voltado aos marcadores sociais de gênero, raça e classe,</span></span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"> além das fundamentadas e concisas críticas aos cânones sociológicos cisheteropatriarcais, classistas </span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">e brancos como: Gilberto Freyre (1933), Florestan Fernandes (1989) e Costa Pinto (1953)</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"> que elaboraram estudos distorcidos sobre realidades onde o racismo, o machismo e sexismo perpetraram-se</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;">, ao negligenciarem o recorte de raça em especificidade ao gênero, em seus estudos amplamente difundidos e legitimados, ratificaram a naturalização e o fortalecimento de opressões como o racismo, o machismo e o sexismo. Estas opressões combinadas potencializam as situações de vulnerabilidade que atingem especificamente o segmento social feminino negro.</span></span></span></p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14984 Cosmopoéticas para reimaginação 2024-07-09T11:33:56-03:00 Nkembo Olugbala Silva Santos asilianikulapoolugbala@gmail.com <p class="tm6"><span class="tm7">O texto a seguir</span> <span class="tm7">dividido em três partes visa fazer, a partir de uma breve digressão histórica, onde elenco os elementos possibilitadores da compreensão de legado africano, cultura e patrimônio, situando os dois primeiros fora do close errado de tratar a maafa como o marco histórico dos povos africanos e o último dentro do seu bojo civilizatório que é o ethos euro-ocidental. Na segunda parte, O </span><em><span class="tm9">Legado Africano </span></em><span class="tm7">vem primeiro, faço uma discussão sucinta do conceito situando-o ao tempo que descrevo alguns trabalhos acadêmicos em seu bojo teórico. Em sua terceira parte, </span><span class="tm7">O conceito de </span><em><span class="tm9">patrimônio</span></em><span class="tm7"> sob crítica no cruzo com Legados Africanos</span><span class="tm7">, subdivide-se em três seções. Em </span><em><span class="tm9">Contemporaneidades do patrimônio </span></em><span class="tm7">eu destrincho discussõoes contemporâneas ao respeito do patrimônio bem como de manifestações e conflitos em que ele seja o foco e, de outro lado, a seção </span><em><span class="tm9">Reimagi</span></em><span class="tm7">nação onde estabeleço as conexões possíveis entre o </span><em><span class="tm9">legado africano</span></em><span class="tm7"> e ilustrado na literatura </span><em><span class="tm9">pretafricana </span></em><span class="tm7">(quilombista). Na seção três, </span><em><span class="tm9">Um legado afro-jequieense</span></em><span class="tm7">, eu reinterpreto meus dados da pesquisa de mestrado dando centralidade ao desdobramento da categoria legado africano em legado afro-jequieense.</span></p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15027 Arte e saúde: expressão do cuidar/cuidado humano em uma pintura da Renascença 2024-07-09T22:22:22-03:00 Leidson da Silva Lima llimadejesus@yahoo.com.br Edson Dias Ferreira edson.orientacaomestrado@yahoo.com.br Margarida Maria Vasconcelos de Oliveira margotvasconcelos@uol.com.br <p>RESUMO</p> <p>&nbsp;</p> <p>Este artigo apresenta informações de um estudo iconográfico – pautado no campo da abordagem qualitativa, orientado pela questão “quais as representações do cuidar/cuidado humano presentes em uma pintura da Renascença?” – cujo objetivo foi identificar a(s) representação(ões) do cuidar/cuidado humano expressa(s) por uma pintura renascentista. A arte desenvolvida no Renascimento teve um caráter científico devido aos conhecimentos da Matemática, Física, e outras áreas, inseridos nela. Os resultados do estudo da imagem produzida por material artístico – iconografia – permitiram, através da análise iconográfica, desvelar o cuidar/cuidado humano sob a forma de compaixão como sendo o verdadeiro significado da pintura <em>O Bom Samaritano</em> (1550-1570) de Jacopo Bassano. Outras variantes de cuidar/cuidado foram identificadas, confluindo para a representação do cuidar/cuidado manifestação da vida.</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Arte, saúde, cuidar/cuidado humano, Renascimento, iconografia</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15046 Itãs bordados na pele: a representação de Iemanjá na construção do corpo-território de Rachel Reis 2024-08-14T11:16:29-03:00 Marcos Welinton Freitas das Mercês marcoswellmkt@gmail.com Eduardo Oliveira Miranda eomiranda@uefs.br <p>No contexto da indústria cultural, os mitos e narrativas mitológicas desempenham um papel crucial na construção da identidade visual de muitos artistas. Na trajetória de Rachel Reis, uma cantora e compositora baiana natural de Feira de Santana, é notável a integração dos símbolos e ícones relacionados aos itãs da orixá Iemanjá em sua identidade artística. No ensaio fotográfico produzido especificamente para a revista Glamour em fevereiro de 2024, a artista revela elementos visuais que ajudam a compreender a sua identidade e conexão com a divindade marítima iorubá. Ao explorar o conceito de arkhé, conforme definido por Muniz Sodré (2005) como a base primordial que impulsiona a cultura e os rituais dos orixás, este trabalho busca investigar como a artista utiliza esses elementos, destacados especialmente nas fotos da revista Glamour, para construir sua identidade visual. Essa análise será embasada em uma abordagem semiótica, seguindo os princípios estabelecidos por Martine Joly.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15085 Imagem e afro-baianidade: indicadores de pertencimento entre estudantes do Curso de Áudio e Vídeo do ICEIA 2024-07-23T12:28:30-03:00 Luciana Dias Ferreira ludiffe@gmail.com <p>Imagem e afro-baianidade percorre a construção de conhecimento a partir de elementos indicativos de pertencimento entre estudantes do Curso de Áudio e Vídeo do ICEIA ao investigar visualmente vestígios do modo de se perceber afro-baiano no espaço definido pelo ambiente escolar. A ideia de refletir acerca do outro e, desse modo, poder permitir identificá-lo, se vê amparada nas discussões de Sodré (1998) no que tange à cultura a partir da relação do homem com o seu real e nesse contexto analisa aspectos da formação da sociedade brasileira e suas culturas, em particular a afro-brasileira, na qual se insere a cultura afro-baiana.[...]; no sentido de imagem descrito por Abbagnano(2012) como espelho que identifica algo ou alguém. A percepção do modo dos estudantes de PAV do ICEIA se perceberem e serem percebidos enquanto cidadãos (as) nascidos e residentes em Salvador na contemporaneidade, inicialmente, parte de uma produção videográfica a partir da primeira tentativa de aproximação com referido público após observações prévias. Posteriormente, a imagem fotográfica atua como mediadora na relação com os participantes, na busca por traços de pertencimento afro-baiano. A percepção do pertencimento entre os participantes autodeclarados afro-baianos (as) a partir de suas falas indicaram elementos de pertencimento dentro das categorias: imagem, cultura, memória e identidade.</p> <p>&nbsp;</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15184 Simbolismos étnicos afirmados através do matriarcado de mulheres negras de terreiros 2024-08-13T15:59:49-03:00 Marise de Santana nabaia1960@gmail.com Viviane Sales Oliveira admvivianne@gmail.com <p>Neste artigo, embora estejamos focadas na etnicidade como forma de organização social de mulheres negras, lideranças de terreiro, que estamos chamando de Matriarcas, nosso propósito é pensar sobre como a tradição é mantida pelos simbolismos étnicos. Entendemos simbolismos étnicos, como saberes e fazeres materiais e imateriais, ensinados/aprendidos através de narrativas míticas geradoras de símbolos tradicionais e que para nós, como estudiosas dos legados africanos, nos interessa pensar sobre os conhecimentos das tradições afro-brasileiras, em especial, das mulheres que exercem o Matriarcado em muitos terreiros. Estamos falando em Matriarcado, correndo todos os possíveis riscos que esse debate traz. Estamos tomando Matriarcado para falar de mulheres, que nos aponta narrativas negras referenciadas em seus saberes, mitos e símbolos transmitidos por meio de cantigas, danças, rezas. Portanto, as Matriarcas, no movimento feito da “porteira para dentro”, mantêm as tradições refletidas nos saberes dos simbolismos étnicos ancestrais a respeito do feminino.&nbsp; Da “porteira para fora”, como liderança religiosa, social e cultural, lutam contra as discriminações sexistas e raciais. Neste sentido, falar sobre o conhecimento da etnicidade que a Matriarca possui, a coloca no lugar de quem tem o conhecimento mais profundo da magia e do encantamento mobilizados pelo grupo étnico ao qual pertence.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14069 Mulheres negras no processo de Levante das Calçadas: funcionamento da personalidade para a construção de relações gratificantes 2024-05-24T21:41:48-03:00 Marilda Paixão Isaias dos Santos marildapaixaoad@gmail.com <p>Este artigo resulta de um recorte de dissertação, cujo objetivo é refletir, analisar e compreender o funcionamento da personalidade na construção do processo de levante das calçadas. Pesquisa de cunho qualitativo, aprovada pelo CEP/UFSCaR, realizada no período de abril/2023 a set/2023, em espaços como residência entre outros escolhidos, nos municípios de Santos e Praia Grande, SP. Construída com 03 (três) mulheres, autodeclaradas negras (pretas e pardas), cis e trans, adultas, sendo utilizado o método de narrativas e entrevistas semiestruturadas para coleta de dados. Os resultados evidenciaram que, mesmo em condições tão adversas, essas mulheres negras em r(existência), pela busca da condição humana que lhes é negada historicamente, mantiveram suas personalidades em funcionamento saudável construindo por amor, amizade e solidariedade o processo de levante das calçadas no habitar de territórios.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15019 Olhares e conexões culturais sobre o Caruru do ODEERE 2024-07-25T11:25:37-03:00 Antonio Argolo Silva Neto dxargolo@yahoo.com.br <p>Este artigo apresenta um relato de experiência a partir de fotografias dos festejos do Caruru do ODEERE/UESB com vistas às demandas do grupo de pesquisa em Linguagens Visuais e Cultura, na época vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Desenho, Cultura e Interatividade (PPGDCI) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).&nbsp; O propósito é a documentação visual e dialogar com as imagens do caruru do ODEERE na busca de significados culturais, que se ancoram nos legados dos povos afro-brasileiros. Esses festejos acontecem na última semana de setembro, celebração sincrética de Cosme e Damião, Erês, Wunjes e Ibejis. O evento de influência religiosa, mantém o cunho de festas populares para atender as atividades acadêmicas de pesquisas e extensão. Oportunidade quando a comunidade tradicional, professores, alunos e a população em geral comparecem ao banquete, contribuindo com seu brilho e diversidade. A metodologia utilizada foi a Antropologia Visual, relatos construídos pela observação participante e registros fotográficos. Os resultados permitem identificar elementos simbólicos que protagonizam sincretismo religioso, com vistas às manifestações culturais do legado africano; bem como o significado cultural da imagem e fotografias que acompanham a evolução dos festejos.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15207 Linguagens visuais e culturas: pesquisa e educação em foco 2024-08-19T07:55:21-03:00 Edson Dias Ferreira edson.orientacaomestrado@yahoo.com.br Manoel da Silva Santana (Dhemmys) anphibiomatas@gmail.com Ronaldo dos Santos da Paixão elcanhoteiro@yahoo.com.br Robson Bastos Amorim rbsonnn@gmail.com <p>Pensar na discussão acerca das linguagens visuais e cultura é abrir um leque de possibilidades discursivas e vivenciais que circundam este campo do conhecimento humano. O nosso interesse aqui é mostrar a partir de relatos de ações desenvolvidas neste campo como provocações acerca do tema produziu diferentes resultados. Elencamos três experiências realizadas no campo das pesquisas com as Linguagens Visuais cujo resultado expressa essa diversidade de possibilidades de lidar com o tema. Os trabalhos de Manoel Santana, Robson Amorim e Ronaldo da Paixão refletem isto e emolduram com seus exemplos um quadro de possibilidades, resultado das orientações ao longo desses mais de trinta anos de experiência com ações direcionadas à pesquisa e a aplicação vivenciada acerca das Linguagens Visuais no campo da cultura.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15256 Linguagens visuais e cultura: entrevista com o Prof. Edson Dias Ferreira sobre a importância cultural e legado acadêmico e social do LabImagem na Universidade Estadual de Feira de Santana. 2024-08-24T15:03:21-03:00 Jacson da Silva Bomfim volfon.story@protonmail.com Edson Dias Ferreira edson.orientacaomestrado@yahoo.com.br <p>A&nbsp; entrevista&nbsp; descrita neste texto foi realizada com&nbsp; o&nbsp; professor&nbsp; doutor&nbsp; Edson Dias Ferreira, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) na Bahia. O&nbsp; roteiro&nbsp; foi&nbsp; previamente&nbsp; enviado&nbsp; e após verificadas as possibilidades de realização, agendamos a data da entrevista pela Plataforma do Google Meet. A presente sugestão de leitura, tem por objetivo, compor&nbsp; reflexões&nbsp; acerca dos temas linguagens visuais e cultura na perspectiva do Professor Edson, e como elas tiveram influência na sua vida acadêmica como um todo, ressaltando a importância das linguagens audiovisuais e cultura nas manifestações culturais da população afro-brasileira, no processo de formação, ensino e práxis docente, enriquecendo a experiência educacional e proporcionando diferentes formas de expressão e aprendizado para as gerações futuras.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15282 Expediente 2024-08-30T20:14:20-03:00 Equipe Editorial da Revista Odeere markuslopessouza@gmail.com 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15283 Linguagens visuais e cultura - Apresentação 2024-08-30T23:14:57-03:00 Edson Dias Ferreira edson.orientacaomestrado@yahoo.com.br Marise de Santana nabaia1960@gmail.com Natalino Perovano Filho npfilho@uesb.edu.br <p>Apresentação do Dossiê "Linguagens Visuais e Cultura"</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14864 O estudo das imagens da educação inclusiva 2024-07-15T19:20:39-03:00 Aldo Ocampo González aldo.ocampo@celei.cl <p>O presente trabalho analisa algumas tensões chaves no estudo das imagens da educação inclusiva. Sua dimensão estética encontra uma alta fertilidade analítica através do sintagma ‘estética do discurso’. Este rótulo desempenha um papel central no pensamento de Rancière, cujos significados estéticos se jogam nos dispositivos de reorganização da experiência sensata, explorando a naturalidade dos gestos, dos olhares e dos sussurros das palavras e dos registros imagéticos com aqueles que entramos em contato para interagir com um determinado fenômeno. O poder da imaginação da educação inclusiva é altamente configurado, o que ajuda a diversificar os tópicos que informam parte de seu pensamento sensato. Outras das potencialidades de sua imaginação envolvem sua capacidade de criar diversos tipos de imagens. Além disso, a educação inclusiva é uma imagem composta de muitas outras imagens. É através da imaginação que, esta, é a forma específica do mundo e dos processos educativos. O trabalho apresenta uma metodologia de revisão documental crítica. Entre suas principais conclusões, destaca-se a necessidade de assumir o estudo estético da educação inclusiva, implantar um processo de reconsideração e/ou tradução do atributo ‘político’ no mais profundo de nosso aparelho imaginativo e/ou perceptivo. Se observarmos, além disso, a educação inclusivamente constrói um código intelectual que tende a desestabilizar sua ordem de dominação ou aparelho de ficção que subjugou a compreensão autêntica de seus signos. Trata-se de aprender a desvendar o regime específico de pensamento que ele constrói, para poder entrar nele, para utilizar outras formas de ver e pensar sobre algo</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15266 É possível evitar a obsolescência humana? 2024-08-26T16:44:56-03:00 Jacques Depelchin edson.dife@gmail.com <p>Em 2010, uma das minhas irmãs que vive na Bélgica enviou-nos um livro escrito por Günther Anders Hiroshima está em toda parte, apresentado por um prefácio muito elogioso de Jean-Pierre Dupuy. Antigo aluno de Martin Heidegger e Edmund Husserl, Günther Anders havia compreendido, muito antes de seus contemporâneos, como os humanos estavam errados sobre o impacto que a relação criada entre humanos e máquinas teve na desumanização. As máquinas estabeleceram-se firmemente sobre os humanos.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15018 Racismo Algorítmico e cultura digital: um olhar a partir da Inteligência artificial (IA) 2024-07-07T09:21:50-03:00 Lilian Quelle Santos de Queiroz lilian@uefs.br Arnaud Soares de Lima Júnior soares.arnaud@gmail.com <p>Este trabalho apresenta-se como um ensaio teórico que aborda as relações entre racismo algorítmico e inteligência artificial no âmbito da cultura digital. Como proposição metodológica baseia-se na perspectiva qualitativa utilizando-se da revisão sistemática de artigos acadêmicos, livros e publicações relevantes com ênfase nas atuais discussões acerca do Racismo Algorítmico fomentado por bases que alimentam as <em>big techs</em> e, por consequência, a Inteligência Artificial (IA) generativa e seus vieses, identificando desse modo, padrões e tendências no estudo do racismo algorítmico. Como considerações preliminares apontamos que esses bases não emitem registros e parâmetros de forma isenta, muito menos despretensiosa, e que detectar essa provável intencionalidade pode se converter em uma possível maneira de subverter a hegemonia desses conglomerados digitais.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15066 Metamorfoses negras: desfazendo sortilégios visuais do mundo ocidental 2024-07-17T10:27:42-03:00 Sílvio Roberto dos Santos Oliveira outrasliteraturas@yahoo.com.br <p>Reflete-se sobre visões hegemônicas que, desde as primeiras elaborações imaginárias de um possível <em>mundo ocidental </em>no quarto século a.C., distorceram a imagem de povos africanos e sustentaram processos de colonização sob essa égide de pensamento.<em>.</em> Essas visões são <em>fábulas</em>, correspondendo a <em>efabulações</em> sobre a(s) África(s), africanos, descendentes. Existe um mundo fascinado há milênios por outro. Esse mundo fascinado e imaginado, o Ocidente, explorou e assumiu a narrativa sobre vários outros mundos, esmaecidos, rasurados, reinterpretados pela memória europeia, seja por traçados territoriais ou da narrativa histórica. O Ocidental se contrapôs, assim, ao Oriental, também esmaecido. O que seriam Oriente e Ocidente? Assim como não existe raça, mas existe racismo, talvez não existam Ocidentes e Orientes, mas Ocidentalismos e Orientalismos. Cabe perguntar: sob esses imaginários, onde fica a África(s), que se situa e se perde entre os “ismos” elaborados, em lugar avesso à ideia de <em>civilização</em>, de não-Ocidente, de não-Oriente, de “um não-lugar”? Essa África imaginada enfeitiça o Ocidente e ao mesmo tempo é por ele metamorfoseada. O romance <strong>O Asno de Ouro</strong>, do africano Apuleio (Século II d. C.), servirá de pretexto para a reflexão sobre essa metamorfose.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15091 Corpo imagem: estereótipos e imagens de controle de mulheres trans e travestis e de homens cis negros 2024-07-23T12:06:17-03:00 Manuela Azevedo Carvalho profa.manuelaac@gmail.com Luciana Aparecida de Miranda lumiranda.prof@gmail.com <p>A imagem corporal é constituída pela concretude material visual, mas também pela representação construída e compartilhada no imaginário social coletivo, a partir da significação sociocultural historicamente atribuída aos significantes que a compõem, como a cor da pele e os elementos que denotam gênero, numa perspectiva binária. Este texto toma o corpo como objeto, para discutir como a imagem e o imaginário social coletivo, alimentados por elaborações e representações socioculturais acerca de imagens corporais visuais e conceituais, atravessam as relações sociais de travestis e mulheres trans e de homens cis negros. Nas análises, o conceito de “imagem de controle” (Collins, 2019) foi a ferramenta teórico-metodológica fundamental para compreender como são atribuídas, a suas imagens visuais corporais e a suas representações, significações socioculturais, que remetem esses sujeitos a posições subalternas e, por vezes, à abjeção, legando-os a estereótipos negativos que funcionam para estruturar discriminações nas interações nos mais diversos espaços de sociabilidades e posições subalternizadas na hierarquia das desigualdades sociais, dissimulando condições sociais construídas como naturais e imutáveis.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15090 Produção digital: imagem e diáspora contemporânea 2024-07-22T15:44:40-03:00 Edson Dias Ferreira edson.orientacaomestrado@yahoo.com.br <p>A discussão que este tema enseja traz um caráter muito particular no que diz respeito à mediação para produção de acervos visuais. Esta atividade não é nova, na sua história, por um bom tempo, esteve vinculada a ação de profissionais da Arquivologia, biblioteconomia e museologia só para citar alguns ramos da ação humana nas quais a preocupação com este tipo de produção quase sempre constituiu área de interesse. Com a popularização da internet a simples menção ao termo LabIMAGEM traz consigo um mosaico de conhecimentos que dão suporte ao sentido da ação ensejada por um equipamento desses. O propósito deste trabalho é trazer um pouco da experiência acumulada e do aprendizado desenvolvido para tornar essa idéia/ empreendimento possível no discurso corrente na área das Ciências Sociais e, conseqüentemente, do Grupo de pesquisa, Linguagens Visuais Memória e Cultura que a ela se vincula. Por outro lado traz como propósito também criar meios de acessibilidade para trabalhos cujo tema enseje abordar questões da influência e tradição afrobrasileiras, como também a pessoas e/ou grupos que a esta identidade étnica se filiem. Chegar até aqui não constituiu um acaso, daí porque o titulo do trabalho: PRODUÇÃO DIGITAL: O papel da imagem na diáspora contemporânea.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15102 As filosofias e as tecnologias de terreiro sob a interferência de Exu e dos caboclos: uma análise antropológica de experiências baianas 2024-07-25T10:33:39-03:00 Marlon Marcos Vieira Passos ogunte21@gmail.com <p>Este ensaio se propõe a analisar as chamadas tecnologias de terreiro em suas<br>expressões como filosofias e epistemologias soerguidas das ancestralidades<br>afroindígenas praticadas e sentidas pelas comunidades de candomblé da Bahia, numa<br>perspectiva antropológica, a partir das minhas últimas pesquisas acerca das atividades<br>civilizacionais destas casas em seus cultos ordinários, destacando as figuras divinas,<br>filosóficas e pedagógicas de Exu e do Caboclo. Trago aqui o meu sentimento do mundo<br>em cosmopercepções desenvolvidas em mim como nativo do candomblé e como<br>pesquisador encarnado nessas questões que me compõem como pessoa humana. O<br>terreiro é fazedor de filosofias e tecnologias e suas divindades se nos apresentam<br>como epistemologias que nos incitam a conhecer o mundo da vida através da<br>ancestralidade afroindígena que nos traduz como povo, como nação. É um ensaio que<br>percorre as estradas da rua com Exu, e os cainhos do mato com o Caboclo. Sente a<br>pedagogia das encruzilhadas com Luiz Rufino, e a partir de um exercício conceitual<br>meu, trago a noção de pedagogia cabocla em cruzos com o meu conceito de<br>transnação usado para negar a ideia de pureza ritual nas nações do congo-angola, jeje<br>e ketu , sentidas nos candomblés entre Salvador e o Recôncavo baiano. Aqui vai um<br>estudo antropológico em confluências com a literatura, MPB, história e cultura<br>popular.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15021 Adersan: o dendê na Bahia e no âmbito sagrado do Candomblé 2024-07-06T14:41:54-03:00 Pablo Luís dos Santos Portela pabloporttella@gmail.com Ana Beatriz Simon Factum biasimon@gmail.com <p>O dendê, símbolo peculiar e relevante da culinária nacional, tem sido objeto de investigação em diferentes vertentes, e neste trabalho será abordado pelo campo da visualidade e da cultura baiana. Buscou-se evidenciar o histórico do dendê, a tipologia e a classificação da estrutura formal, bem como a sua validação na religião de matriz africana do Candomblé. Nesse sentido, observa-se a existência do dendê na cultura material e imaterial das pessoas, sobretudo da população baiana, que interage nos modos de viver, trabalhar, conceber imagens e repertórios. A metodologia adotada é a revisão de literatura que compreende a identidade cultural, a identidade baiana, a cultura e o cultivo do dendê, e seu simbolismo no âmbito sagrado, que se consolidou com pensadores centrais como Munanga (2020), Mariano (2009), Barreto e Freitas (2008), Bolini (2012), Lody (1992, 2009), Moraes e Pachêco (1985), Correa (2012), Oliveira (2009). Desse modo, conclui-se que o dendê é um elemento interdisciplinar presente em diversos contextos do cotidiano como na cultura, na arte, nas relações de fé, em produtos, as ações efêmeras e o imaginário coletivo.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15201 O Canal do ODEERE no Youtube: atividades durante e após a pandemia de COVID-19 2024-08-18T12:26:32-03:00 Natalino Perovano Filho npfilho@uesb.edu.br <p>O advento da pandemia de COVID-19 alterou drasticamente a forma como vivemos e interagimos, impactando especialmente as atividades de educação, dentre elas as ações de extensão. O ODEERE – Órgão de Educação e Relações Étnicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), desenvolve ações de ensino, pesquisa e extensão. Dentre as ações de extensão, um evento tem destaque, por acontecer desde a fundação do ODEERE em 2005, trata-se da Semana de Educação da Pertença Afro-Brasileira, no período de 16 a 20 de novembro. Este evento ocorria de forma presencial até a pandemia, diante dela, a Equipe do ODEERE buscou verificar como poderia realizar esta atividade, para que não houvesse interrupção. Diante disso, surgiu a necessidade de verificação das técnicas e métodos necessários para que a realização acontecesse de forma virtual. Este artigo visa tratar sobre o desenvolvimento deste Canal no Youtube e da realização do evento nos anos de 2020 e 2021. Juntamente com isso, apresentará uma breve análise do funcionamento do Canal durante a realização do evento no período indicado.</p> 2024-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE