https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/issue/feed ODEERE 2024-05-01T19:56:27-03:00 Dra. Marise de Santana revistaodeere@uesb.edu.br Open Journal Systems <div align="justify">A <strong>ODEERE: Revista do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade (ISSN 2525-4715) </strong>é uma revista semestral da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) que publica trabalhos inéditos e originais desenvolvidos em torno das discussões sobre etnicidade, relações étnicas, gênero e diversidade sexual, em diferentes tempos e espaços e abordando diferentes grupos sociais, tais como indígenas, negros, africanos etc. <strong>Ano de criação: 2016 | Qualis: B1</strong></div> https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/13940 Entre cidades partidas e quartos de despejo: territórios, nomenclaturas e relações de poder 2024-04-08T21:47:37-03:00 Joice Soares joiceesoares@hotmail.com <p>Em setembro de 2023, ocorreu o “I Encontro Nacional de Produção, Análise e Disseminação de Informações sobre as Favelas e Comunidades Urbanas do Brasil”, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O objetivo central do evento foi discutir a nomenclatura “aglomerados subnormais”, utilizada para designar territórios periféricos como favelas, grotas, alagados etc. nas pesquisas e publicações oficiais do órgão. Neste texto, busquei relatar minha experiência no evento, a partir da descrição de alguns aspectos considerados centrais por mim, além de explicitar o quanto esse encontro me impactou pessoalmente como mulher, negra e periférica que sou. Ao final de minha exposição, concluo que nomear é exercer poder. Ao abrir as portas para a sociedade, o IBGE se aproxima da construção de uma sociedade mais democrática e plural, afastando-se de discursos estigmatizantes e pejorativos sobre esses territórios e suas populações.</p> 2024-05-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/12920 A feminização da velhice reveses com a doença crônica e o meio de pertencimento 2023-12-19T14:25:58-03:00 Eulina Patrícia Oliveira Ramos Pires eulinapires@gmail.com Luzia Wilma Santana da Silva luzia.santana@uesb.edu.br <p>Este estudo tem por objetivo realizar uma reflexão sobre a feminização da velhice e o contexto sócio-familiar-parental de mulheres na contemporaneidade, com destaque para o impacto das doenças crônicas não transmissíveis no processo de envelhecimento e suas ramificações para o grupo de pertencimento, as estratégias de plasticidade – a resiliência –, da mulher idosa no enfrentamento das vicissitudes impostas pelo processo saúde-doença. Busca também refletir sobre questões que envolvem a multidimensionalidade do processo de viver-envelhecer da mulher. Preocupa-se em promover sensibilização de profissionais da área das ciências da saúde a uma práxis interdisciplinar para os cuidados às especificidades do ser mulher idosa, enlaçando o contexto de pertencimento relacional. Assenta-se em uma abordagem de ensaio teórico.</p> 2024-05-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/13889 As experiências de mulheres negras campesinas do assentamento da fazenda Sururu de Queiroz de Varzedo/BA 2024-04-02T14:01:34-03:00 Alane Santos do Nascimento geo.alane@gmail.com Priscila Gomes Dornelles Avelino prisciladornelles@ufrb.edu.br <p>Este artigo apresenta parte de uma pesquisa realizada em nível de mestrado e que objetivou compreender de que forma raça e gênero se interseccionaram nas memórias acionadas sobre as experiências vividas por trabalhadoras assentadas da Fazenda Sururu de Queiroz, Varzedo/BA. Para isso, acionamos o feminismo negro e descolonial como ancoragem teórico-política para demarcar que as múltiplas opressões sofridas pelas mulheres negras estão interligadas com raça e gênero, o que implicou em visibilizar o racismo, o sexismo e o biocapitalismo nas histórias de vidas destas mulheres, bem como as suas estratégias infrapolíticas como resistências em ecos das nossas ancestralidades. No âmbito metodológico, apresentamos uma abordagem de pesquisa qualitativa, de modo a priorizar o reconhecimento do território e a escuta da narrativa de mulheres negras campesinas da Fazenda Sururu. Assim, o trabalho de campo contou com visitas à comunidade e com entrevistas semiestruturadas para que as escutas das narrativas das mulheres negras campesinas fossem potencializadas. As leituras de mulheres negras intelectuais são imprescindíveis para entendermos o processo de desumanização de mulheres negras engendrado pelo capitalismo e o patriarcado. As narrativas demonstram as cosmovisões e as resistências infrapolíticas que fraturam o capitalismo, o eurocentrismo e a modernidade, agenciando e fortalecendo os legados comunitários.</p> 2024-05-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/12732 Educação para as relações étnico-raciais: o uso da música como letramentos de (re)existência para uma educação inclusiva 2023-12-19T14:57:27-03:00 Gamaliel Ribeiro ribeirogamaliel@gmail.com Jorge Luiz Zaluski jorgezaluski@hotmail.com <p>Este texto busca levantar reflexões sobre a importância e necessidades da educação para as relações étnico-raciais e promoção da educação antirracista. A partir do uso conceitual de letramento racial crítico e, da análise de legislações que consideramos oportunas para o enfrentamento do racismo, tais como a Lei nº 14.532, de 11 de janeiro de 2023, Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que visam criminalizar o racismo, e da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003 sobre a obrigatoriedade do ensino de história e cultura da população afro-brasileira e africana, as compreendemos como avanços no combate ao racismo. Em vista de levantarmos possibilidades para o desenvolvimento de um ensino pautado na luta antirracismo a partir e de que promova o letramento racial crítico, levantamos algumas observações sobre a música <em>Bluesman</em>, de Baco Exu do blues, como alternativa para o levantamento reflexivo em sala de aula para a valorização da história e identidade da população negra.</p> 2024-05-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14237 O ensino de história da África e cultura afro-brasileira: um estudo com jovens e adultos (CESEC-Uberlândia, MG) 2024-03-14T10:36:20-03:00 Astrogildo Fernandes da Silva Júnior silvajunior_af@yahoo.com.br Maria Joana Costa Muniz de Resende mariajoanacosta@yahoo.com.br <p>Este artigo apresenta o resultado de uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ensino de História da Universidade Federal de Uberlândia (ProfHistória/UFU). Nos limites do texto o objetivo consistiu em apresentar o processo que culminou na elaboração do Curso intitulado “Por uma educação antirracista: o estudo da história da África, cultura afro-brasileira e relações étnico-raciais” produzido como resultado da pesquisa desenvolvida no mestrado profissional, tendo como base e público alvo estudantes jovens e adultos. O estudo está fundamentado em uma pesquisa qualitativa, com revisão bibliográfica em livros e artigos acadêmicos tendo como principais referências autores que realizaram estudos sobre Educação de Jovens e adultos (EJA) e Educação e relações étnico-raciais. Analisamos documentos que regularizam a educação brasileira e as leis antirracistas dedicando atenção especial à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9.394/96 e à Lei 10.639/03, alterada posteriormente pela Lei 11.645/08 que estabelece a obrigatoriedade da temática História e cultura afro-brasileira e indígena. Recorreu também a um questionário diagnóstico aplicado aos jovens e adultos estudantes do Centro Estadual de Educação Continuada (CESEC Uberlândia). Conclui-se que para efetivar uma educação antirracista, o ensino de História da África e Cultura Afro-Brasileira não pode se limitar a ações pontuais. É necessário descolonizar os currículos.</p> 2024-05-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14641 Temas sociocientíficos em “Quarto de despejo” de Carolina de Jesus e a produção de podcasts 2024-04-15T13:10:24-03:00 Ivanderson Pereira da Silva ivanderson.silva@arapiraca.ufal.br Sthefany Dionizio Silva sthefany.silva@arapiraca.ufal.br <p><span style="font-weight: 400;">Este trabalho investigou as potencialidades pedagógicas da obra “Quarto de Despejo: diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus, para o ensino de ciências da natureza. De modo geral, objetivou investigar contribuições da problematização de temas sociocientíficos emergentes da obra. De modo específico possui os seguintes objetivos: a) Identificar a presença de temas sociocientíficos na obra “Quarto de Despejo: diário de uma favelada”; b) Analisar possibilidades de uso e produção de podcast para a abordagem de temas sociocientíficos no contexto do ensino; c)Avaliar as contribuições dos temas sociocientíficos emergentes da obra “Quarto de Despejo: diário de uma favelada” para o ensino de ciências. Do ponto de vista metodológico, este estudo consiste numa investigação de natureza qualitativa do tipo exploratória, com foco na produção de uma sequência didática baseada na problematização de temas sociocientíficos. Para a realização deste trabalho, foram desenvolvidas 4 etapas: a) Leitura do livro “Quarto de Despejo: diário de uma favelada”; b) Levantamento dos excertos que retratam temáticas de ciências emergentes da obra; c) Estudo sobre produção e utilização de podcasts no ensino; d) Elaboração de uma proposta de sequência didática para trabalhar os escritos de Carolina por meio da produção de podcasts.&nbsp;</span></p> 2024-05-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14628 “Antes de saber para onde vai, é preciso saber quem é”: entrevista com o professor Douglas Verrangia Corrêa da Silva sobre educação para as relações étnico-raciais, ensino de ciências e a lei 10.639/2003 2024-04-09T10:07:09-03:00 Fabiana Correia Moura fabimoura.jequie@gmail.com Douglas Verrangia douglasvcs@ufscar.br <p>Este texto apresenta a entrevista com o professor Douglas Verrangia da Silva, Professor da Universidade Federal de São Carlos. A entrevista foi construída de forma dialógica. O roteiro inicial foi previamente enviado e em seguida agendamos a data da entrevista pela Plataforma Google Meet. A proposta tem por objetivo tecer reflexões sobre o Ensino de Ciências na perspectiva das relações étnico-raciais. As elaborações e respostas textualmente apresentadas, evidenciam o olhar para a formação do professor de Biologia, os atravessamentos refletidos nos desdobramentos teóricos da ação didático-pedagógica e o entrelace da história de vida, atuação profissional, experiência, escolhas teórico-metodológicas, formação docente, práxis e pesquisa afroreferenciada. </p> 2024-05-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14770 Expediente 2024-05-01T19:17:06-03:00 Equipe Editorial Odeere revistaodeere@uesb.edu.br <p>Expediente</p> 2024-05-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14771 Apresentação - Dossiê “Relações étnico-raciais e Ensino de Ciências” 2024-05-01T19:56:27-03:00 Benedito Eugenio dodoeugenio@gmail.com Christiana Andréa Vianna Prudêncio cavprudencio@uesc.br Ivanderson Pereira da Silva ivanderson.silva@arapiraca.ufal.br <p>Apresentação do Dossiê</p> 2024-05-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14585 Por uma ciência antirracista contra a lógica da colonialidade 2024-04-07T20:17:54-03:00 Pedro Henrique da Silva pedropedro234@ufg.br <p>O presente trabalho tem como tema central a educação científica antirracista. Fizemos uma problematização da Lei 10.639/2003 e da Resolução Consuni UFG nº 07/2015 para evidenciar que os referidos documentos transmitem uma ideia colonizadora. A pesquisa está fundamentada no pensamento decolonial, com destaque para as noções de colonialidade do saber e do poder. A metodologia empregada é a revisão bibliográfica, com ênfase nos principais pensadores do Grupo Modernidade/Colonialidade (M/C), como Aníbal Quijano (2005) e Ramón Grosfoguel (2016). A partir dessa base teórica aplicada aos documentos legais, conclui-se que a Lei 10.639/2003 e a Resolução Consuni UFG nº 07/2015 possuem em seu texto ideias de natureza colonizadora, pois não se percebe no texto a voz daqueles que foram historicamente subjugados. Conclui-se também a importância de uma abordagem decolonial consistente na educação superior que para que se reconheça e valorize os saberes e conhecimentos dos povos marginalizados não apenas como objeto de estudo, mas como uma via para a construção de uma ciência antirracista mais consistente.</p> 2024-05-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14666 Racismo ambiental: uma proposta de sequência de atividades a partir de uma perspectiva CTS 2024-04-19T09:12:06-03:00 Christiana Andréa Vianna Prudêncio cavprudencio@uesc.br Mariana dos Santos marianasantos@ufscar.br <p>O termo racismo ambiental foi cunhado por Benjamin Franklin Chavis Jr. em 1981 nos Estados Unidos e de lá pra cá, este conceito foi sendo cada vez mais atrelado a uma materialização do racismo estrutural. A literatura tem mostrado que a discussão das relações étnico-raciais encontra pouco, ou nenhum lugar, nos cursos de formação de professores e, no caso do Ensino de Ciências, essa situação é ainda mais grave, uma vez que diversos professores acreditam que não cabe a eles abordar questões como racismo, preconceito e discriminação. O objetivo deste artigo é apresentar uma possibilidade de se discutir elementos da educação para as relações étnico raciais, a partir de um referencial que nos embasa, a Educação CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade), e de uma temática atual: o racismo ambiental. Para isso, elaboramos uma sequência de atividades utilizando o eixo C – Cidadania e Ação da Ferramenta Avaliativa Ciência-tecnologia-Sociedade (FACTS) como template para o planejamento destas atividades, o que se mostrou eficiente, uma vez que os critérios desta ferramenta, quando contemplados, apontam para o desenvolvimento de uma Educação Científica Crítica ao se trabalhar com conceitos relacionados à construção da cidadania e à participação cidadã.</p> 2024-05-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14640 Gênero e sexualidade a partir de grupos étnicos subalternizados: possibilidades para o ensino de ciências 2024-04-15T12:52:48-03:00 Ivanderson Pereira da Silva ivanderson@gmail.com <p>Este estudo explora alternativas de gênero e sexualidade construídas por grupos étnicos subalternizados que antagonizam com o que estabelece a norma resultante da cosmovisão dos colonizadores europeus. Sustentamos a tese de que a resistência de grupos étnicos subalternizados, dispersos pelo mundo, evidencia cosmovisões alternativas. Como resultado principal, consideramos que, tendo em vista que no Brasil a Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008 estabelece a obrigatoriedade do ensino de “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” em todos os componentes curriculares da Educação Básica, compreendemos que é papel também do Ensino de Ciências problematizar as noções biologizantes e reducionistas de corpo, à luz do que nos ensinam os grupos étnicos subalternizados sobre gênero e sexualidade. Assim, o desenvolvimento e a análise de propostas de ensino de ciências que articulem gênero, sexualidade, colonialismo e as culturas de povos subalternizados é um campo de pesquisa latente de investigações.</p> 2024-05-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14726 As relações étnico-raciais nas narrativas de professores de ciências dos anos iniciais: uma experiência de formação 2024-04-29T10:41:32-03:00 Benedito Eugenio dodoeugenio@gmail.com Daniela Marques Alexandrino dalexandrino@uesb.edu.br <p>As pesquisas sobre formação de professores têm muito a contribuir com a abordagem das relações étnico-raciais. Neste artigo apresentamos os resultados de uma pesquisa-formação realizada com licenciandos em Pedagogia. A questão a ser respondida foi: Quais saberes são mobilizados por professores em formação inicial no curso de Pedagogia ao participarem de uma pesquisa- formação sobre as relações étnico-raciais no ensino de Ciências? Os resultados evidenciam que o processo formativo possibilitou a construção e mobilização de diferentes saberes, particularmente os pedagógicos.</p> 2024-05-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 ODEERE