ODEERE https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere <div align="justify">A <strong>ODEERE: Revista do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade (ISSN 2525-4715) </strong>é uma revista quadrimestral da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) que publica trabalhos inéditos e originais desenvolvidos em torno das discussões sobre etnicidade, relações étnicas, gênero e diversidade sexual, em diferentes tempos e espaços e abordando diferentes grupos sociais, tais como indígenas, negros, africanos etc. <strong>Ano de criação: 2016 | Qualis: B1</strong></div> Edições UESB pt-BR ODEERE 2525-4715 <p><strong>Você é livre para:</strong></p> <p>Compartilhar - copia e redistribui o material em qualquer meio ou formato; Adapte - remixe, transforme e construa a partir do material para qualquer propósito, mesmo comercialmente. Esta licença é aceitável para Obras Culturais Livres. 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Esta prática sociocultural mostra-se dinâmica, transformando-se e reinventando-se ao longo do tempo, assumindo diversos contornos, podendo estar inserido no conflito entre a “tradição” e a “modernidade”. O <em>Lobolo</em> resistiu no tempo, tendo sido desencorajado tanto pelas autoridades coloniais, defensoras de um casamento monogâmico e o desencorajamento continuou no governo de Moçambique, logo após a Independência Nacional em 1975, e foi considerada uma prática retrógrada, contra os ideais revolucionários. São objectivos do estudo: mostrar o carácter resiliente do <em>Lobolo</em> às pressões políticas, tanto no período colonial, quanto no período pós-independência; apresentar as percepções sociais sobre a sua vitalidade no tempo. Metodologicamente: usou-se a revisão da literatura específica do tema, combinando com as entrevistas semiestruturadas.</p> <p><strong>Palavras-Chave</strong>: <em>lobolo</em>, emancipação, empoderamento.</p> Victor Simoes Henrique Nheleth das Algas Ratibo Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 81 96 10.22481/odeere.v9i3.14595 Disputas e controvérsias nas redes sociais em torno do papel do Banco do Brasil na escravidão https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14608 <p>O presente artigo fundamenta-se em uma pesquisa bibliográfica com o propósito de instigar debates acerca das estratégias adotadas por instituições e figuras proeminentes na tentativa de obscurecer ou mesmo negar a significativa contribuição das multidões de africanos escravizados que chegaram a estas terras, em larga medida, para o enriquecimento do país. Adicionalmente, baseia-se em uma pesquisa netnográfica com o desígnio de analisar as controvérsias e polêmicas presentes nas plataformas de mídia eletrônica relacionadas às alegações de envolvimento e benefício do Banco do Brasil com o sistema econômico escravista e o tráfico ilegal de escravos. Ademais, o estudo almeja evidenciar que as frequentes tentativas de obliteração ou negação dos episódios de abuso, violência e perseguição contra os africanos e seus descendentes reforçam a percepção de que o reconhecimento e a valorização da contribuição dos negros dependem, em grande medida, de um contínuo exercício de revisão histórica e de um tratamento fiel e apropriado da narrativa histórica.</p> Marcelo Brandão Araujo Ricardo Willy Rieth Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 97 113 10.22481/odeere.v9i3.14608 Memórias e espelhamentos sobre “tornar-se negra” fazendo docência no ensino superior https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/14631 <p>Este artigo apresenta memórias da experiência docente de uma jovem que se tornou negra na Universidade, reconfigurando assim a forma de se posicionar no mundo acadêmico e na vida pessoal. Os relatos são apresentados em forma de carta, um recurso metodologicamente criativo, conforme Figueiredo (2015), que aproxima a narrativa de acontecimentos em diálogo com autoras negras, preferencialmente. Ao relatar sua experiência, a autora toma a ideia de espelhos que se constroem e são construídos a partir de vivências acadêmicas. Ao utilizar o “tornar-se negro”, conceito cunhado por Neuza Santos Souza (1983), como fio de condução desse diálogo, é possível refletir com criticidade sobre as dificuldades e apagamentos na difusão de pensadoras e pensadores negros na ciência, principalmente em ciências sociais aplicadas. Dessa forma, este trabalho sugere uma (re)descontrução dos componentes curriculares em todos os cursos do ensino superior para que discussões e conhecimentos produzidos no Brasil incorporem os saberes da intelectualidade negra desse país, efetivando a transformação social.</p> Andressa de Sousa Santos Ferreira Rosangela Janja Costa Araújo Sofia Silva de Souza Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 114 133 10.22481/odeere.v9i3.14631 Saberes de quilombos nas práticas de saúde: um estudo de revisão sistemática de literatura https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15023 <p>Este estudo de revisão sistemática teve como objetivo identificar práticas de saúde nas comunidades quilombolas, abordando saberes tradicionais e a atuação de profissionais de saúde. Foram analisados 633 estudos, dos quais 19 foram incluídos, abordando práticas como uso de plantas medicinais e atuação de enfermeiras(os), que devem adaptar suas práticas às especificidades culturais quilombolas. Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: publicações em português, com foco em práticas de saúde quilombolas entre janeiro de 2009 e novembro de 2023, e acessíveis nas bases de dados BVS, Google Acadêmico, Scielo, banco de teses e dissertações da CAPES. Os termos de busca foram: Quilombo, Práticas em saúde e Saberes de pessoas quilombolas associados ao operador booleano ‘And’. Os critérios de exclusão incluíram duplicatas e estudos fora do escopo temático. Dos resultados se evidencia como consideração a necessidade de políticas que integrem práticas tradicionais de saúde das comunidades quilombolas ao Sistema Único de Saúde e a importância de formar profissionais capacitados para atuar respeitosamente nesses contextos.</p> Luzia Wilma Santana da Silva Girlane Alves de Souza Ana Angélica Leal Barbosa Graciela Souza Almeida Antônio Carlos Santos Silva Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 134 158 10.22481/odeere.v9i3.15023 O estágio supervisionado II: reflexão prática das aulas de regência na formação de professores indígenas https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15075 <p>O presente artigo discute a importância das aulas de regência do estágio supervisionado, cuja finalidade é desenvolver em cada estudante em formação, a compreensão da relação teórico-prática durante o tempo universidade e promover o contato inicial com a docência. O estágio supervisionado, como componente curricular obrigatório no curso de Licenciatura Intercultural Indígena em Matemática, estabelece esse diálogo entre a teoria apreendida no contexto da educação escolar indígena (tempo-universidade) e sua aplicabilidade na prática comunitária das escolas estaduais indígenas de Alagoas. Este trabalho trata das observações realizadas no transcorrer do Estágio Supervisionado II com alunos do Alto Sertão de Alagoas. As informações apresentadas resultam das observações e participações nos cenários escolares por parte do autor e co-autora e, nas salas de aula, pelo autor na condição de professor orientador que acompanhou o desenvolvimento das aulas de regências. A investigação foi amparada por uma revisão bibliográfica e por relatos obtidos nas observações das aulas de regência. Teve como aporte teórico Bianchi et al. (2005), Lima e Pimenta (2006), Pimenta (1997), Tardif (2002) e dentre outros. O estágio mostrou-se como um espaço de importantes reflexões e debate, ações e atitudes e crescimentos e experiências no contato com a profissão escolhida.</p> Allan Gomes dos Santos Rosa de Lima Medeiros Neta Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 159 179 10.22481/odeere.v9i3.15075 Políticas de saúde quilombola no Brasil: gênese, desenvolvimento e avaliação https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15277 <p>Quilombo designa uma herança cultural e material tendo como referência presencial o sentimento de pertencimento a um lugar e à formação de um novo grupo social, pois não são definidos somente como espaço de resistência guerreira, mas também como representantes de recursos radicais de sobrevivência em grupo. No entanto, há uma desqualificação histórica que tem estigmatizado as comunidades quilombolas, o que contribui para as dificuldades de acesso a bens e serviços, gerando desigualdades, propulsoras de adoecimento que persistem até os dias atuais, constituindo-se como condicionantes da saúde. Ao se considerar que a saúde representa um dos direitos básicos dos direitos humanos, um direito indissociável ao direito à vida, esta reflexão tem por objetivo apresentar e problematizar o papel do Estado Brasileiro na garantia da promoção da saúde da população quilombola, no que se refere mais diretamente às políticas públicas no âmbito da saúde. Para tanto, este trabalho é dividido em 4 parte: (i) buscou-se problematizar a importância da revisão histórica do conceito colonial sobre quilombo com efeitos político-jurídicos-sociais para o acesso à saúde pelas comunidades quilombolas; (ii) na segunda parte são apresentadas algumas noções de saúde ligadas as comunidades quilombolas; (iii) na terceira parte são apresentadas as ações do Movimento Negro Brasileiro na mobilização pelos direitos à saúde dos povos quilombolas; e (iv) são apresentadas as políticas públicas implementadas.</p> Carla dos Anjos Siqueira Adna Cândido de Paula Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 180 202 10.22481/odeere.v9i3.15277 Um prólogo histórico-crítico depois de vinte anos: concepções pedagógicas e epistemológicas de movimento negro educador https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15465 <p>O objetivo desta pesquisa teórica é problematizar as concepções de educação, conhecimento e produção de conhecimento que compartilhamos no movimento negro a partir da descrição que encontramos delas na obra “O movimento negro educador”, de Nilma Lino Gomes. A obra foi escolhida como objeto de estudo pela penetração no campo e pelo objetivo de pensar o papel do movimento negro no desenvolvimento da compreensão sobre raça e racismo no Brasil, seja no âmbito mais geral, seja na educação escolar. Este trabalho suscita um debate para repensarmos os limites e as potencialidades de nossas concepções enquanto movimento negro proletário a respeito sobre a relação entre raça, racismo, educação e conhecimento e caminhos que podemos seguir para requalificá-las.</p> Pedro Vinícius Castro Magalhães do Amparo Hélio da Silva Messeder Neto Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 203 222 10.22481/odeere.v9i3.15465 Práticas pedagógicas interculturais e decoloniais: sonhar com o futuro como práxis subversiva https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15578 <p>O referido artigo propõe apresentar uma reflexão diante da contribuição de uma didática crítica intercultural e decolonial para a construção de novas formas de se viver em sociedade. Baseando na teoria de Vera Candau, o texto busca evidenciar a importância de uma educação que valorize a diversidade cultural, com ênfase na promoção da equidade racial, além dos desafios encontrados tanto nas questões estruturais da educação, tanto nas forças que buscam uma internacionalização e padronização de práticas pedagógicas. Para a exposição dessas ideias, foi feita a análise de partes do Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola Afro-Brasileira Maria Felipa, localizada na cidade de Salvador, Bahia, cuja a intencionalidade da proposta pedagógica tem como intuito, desde sua concepção, em ser uma escola afro-brasileira. A escola possui um currículo voltado para a redução das desigualdades raciais, assim como na valorização e promoção da cultura preta e afro-brasileira. O texto ressalta ainda, a importância de práticas pedagógicas interculturais e decoloniais que celebrem as múltiplas identidades e culturas como maneira a se sonhar com futuros possíveis, assim com o papel crucial da formação continuada de professores, para que estes se sintam aptos e seguros para incluírem a diversidade como parte fundamental de uma educação transformadora.</p> Nathália Cristina Lemes Simão Núria Lorenzo Ramírez João Henrique Suanno Marilza Vanessa Rosa Suanno Márcio Penna Corte Real Marcos Fernandes-Sobrinho Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 223 246 10.22481/odeere.v9i3.15578 Educação e decolonialidade https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15390 <p>Esta é uma resenha da obra: OLIVEIRA, Luiz Fernandes. Educação e Militância Decolonial. Rio de Janeiro: Editora Selo Novo, 2022. Aborda a crítica ao eurocentrismo e à colonialidade na educação, defendendo práticas decoloniais e a valorização de saberes subalternizados. Foca no papel da militância e na ressignificação do conhecimento.</p> Sandra de Souza Maciel Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 261 264 10.22481/odeere.v9i3.15390 A ciência como legitimadora do racismo. https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15435 <p>Resenha do livro:</p> <p>NASCIMENTO, Camila do; <strong>A ciência como legitimadora do racismo</strong>. Formiga (MG): MultiAtual, 2021. 50 p.</p> Sirlane Bonfim Pereira Gomes Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 265 271 10.22481/odeere.v9i3.15435 Didática intercultural e decolonial entre o povo Iny da aldeia Buridina: possibilidades epistêmicas da educação escolar indígena brasileira a partir da reconstrução dos costumes das línguas maternas https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15577 <p>A pesquisa se baseou na análise bibliográfica acerca dos conceitos de didática intercultural e decolonialidade de Vera Candau (2023), Catherine Walsh (2005) e Walter Mignolo (2005). Ademais, trabalhou-se com autores que desenvolvem pesquisas a respeito da Escola Indígena Maurehi como Leandro Mendes Rocha (1998), Joel Orlando Bevilaqua Marin (2009) e Maria do Socorro Pimentel da Silva (2009), com intuito de contextualizar o surgimento e o processo de criação da didática escolar indígena em específico entre os Iny. A análise documental é desenvolvida a partir do contato do documento atualizado do Projeto de Cultura e Educação Karajá/Iny (2024), cedido pela diretora da escola indígena para consulta. Conclui-se que a didática intercultural e decolonial é uma possibilidade epistêmica para a contribuição da equidade na educação.</p> Natália Rita de Almeida Marilza Vanessa Rosa Suanno João Henrique Suanno Marcos Fernandes-Sobrinho Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 247 260 10.22481/odeere.v9i3.15577 Expediente https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15728 Equipe Editorial da Revista Odeere Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 Relações Étnicas, Educação e Cidadania - Apresentação https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15708 <p>Apresentação do Dossiê - "Relações Étnicas, Educação e Cidadania".</p> Daniel Valério Martins Marcos Fernandes-Sobrinho Alfredo Guillermo Rajo Serventich Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 1 5 10.22481/odeere.v9i3.15708 A educação das relações étnico-raciais no olhar das gestoras escolares: um fato isolado ou um silêncio implantado? https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15381 <p>O presente estudo realiza uma análise da aplicação do artigo 26-A da LDB (Brasil, 1996), que determina a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana, afrobrasileira e indígena nas instituições de ensino. A pesquisa tem por objetivo compreender de que forma gestores escolares implementam a educação das relações étnico-raciais (ERER) em escolas de dois municípios do Vale do Rio Caí/RS. Em termos metodológicos, configura-se como estudo de caso, de cunho quali-quantitativo, com produção de dados por meio de questionários semi-estruturados encaminhados aos gestores das escolas da rede pública de Bom Princípio e São Sebastião do Caí, situados no Rio Grande do Sul/Brasil. Os resultados apontam desconfortos e incertezas quanto à condução de situações de racismo existentes nas escolas, bem como, sinalizam a necessidade de suporte pedagógico e de espaços de reflexão coletiva sobre o tema de forma que possibilitem a reeducação das relações étnico-raciais.</p> Carlos Eduardo Ströher Aruna Noal Correa Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 6 29 10.22481/odeere.v9i3.15381 Desafios e possibilidades da Gestão escolar para a Equidade racial na rede pública estadual do Ceará-BR https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15561 <p>Nosso objetivo foi estabelecer um estudo analítico sobre a concepção, plano e estratégia expressa na proposta de gestão escolar para a equidade racial na rede pública estadual de educação do Ceará. Tomar como ponto de partida o marco normativo da educação nacional que trata da Política Nacional do Ensino Médio (Lei Federal 9.394/96 alterada pela 14.945/2024) e vincula diretamente a efetividade do direito a educação com a capacidade inclusiva (acesso e permanência) e garantias de equidade (condições de vulnerabilidade social, recorte étnico-racial e educação inclusiva na trajetória escolar) nos resultados de aprendizagem em cada escola e sistema de ensino. A partir disso perceber que dentre as múltiplas desigualdades inerentes aos marcadores sociais da sociedade brasileira, o racismo e a inequidade racial, compõe um elemento crucial que definem a exclusão educacional. Analisar no âmbito da política de educação para as relações étnico-raciais, o foco estabelecido na gestão escolar para a equidade racial, ao considerar questões como o perfil racial de matrícula, os dados contextuais oriundos de questionários aplicados nas avaliações externas e censo escolar, dos estudantes e suas famílias, as iniciativas de formação docente, protagonismo estudantil, currículo, avaliações externas, busca ativa escolar, conhecimento da lei federal 10.630/2023, produção do material estruturado.</p> Helder Nogueira Andrade Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 30 45 10.22481/odeere.v9i3.15561 Avaliação materializada em relações étnico-raciais, inclusão e cidadania: cadernos de ideias para mudar o mundo https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15627 <p>Este artigo parte do desenvolvimento de um material no Instituto Federal Goiano – Campus Urutaí, com alunos das licenciaturas de Química, Educação Física, Biologia e do Mestrado de Educação, nas disciplinas de Relações Étnico-raciais; Educação Inclusiva, Diversidade e Cidadania; e Cultura, Currículo e Avaliação. Os alunos aceitaram o desafio e trocaram suas provas pela materialização na escrita de livros. Partimos da metodologia de Pesquisa-ação para uma reflexão e melhoria das práticas educacionais vivenciadas. Os objetivos foram incentivar e transformar alunos em autores, desmistificar e simplificar teorias complexas além de substituir provas pela escrita de livros. Como referencial teórico partimos de obras literárias de Antoine de Saint-Exupéry (2005); Jérôme Ruillier (2014); Rubem Alves (1995), Carlos Rodrigues Brandão (2014), Paulo Freire (1979; 2001; 2002) e Machado de Assis (1994). O resultado dessa proposta foi a produção de uma coleção de quatro volumes intitulada “Cadernos de ideias para mudar o mundo” publicada pelas Edições AINPGP.</p> Daniel Valério Martins Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 46 57 10.22481/odeere.v9i3.15627 Colonialismo contemporâneo https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15588 <p>Este artigo tem como objetivo fornecer elementos sobre o tema das identidades colocadas a serviço de projetos políticos e econômicos. Trata-se, segundo o costume de quem assina este artigo, de um diálogo entre o passado e o presente, ao mesmo tempo que se esforça por contextualizá-lo. O patriotismo surge como álibi para interesses econômicos, deixando um rasto de ódio, sobre o qual devemos pensar e contribuir para atitudes de geminação. Esta colaboração centra-se no novo colonialismo hispânico, de natureza ultraconservadora, embora outras forças do espectro político não estejam isentas. O trabalho centra-se, sobretudo, nas colaborações jornalísticas críticas ao ultraconservadorismo, razão pela qual faz parte de uma análise mediática. Como tipologia de fontes podemos destacar o texto da BBC que mostra a preocupação hispânica com a posição do Governo Biden, que relembra a antiga luta hispano-pan-americana; o texto de Miriam Hernández Reina como referência para os novos ares da extrema direita espanhola na América Latina; a combinação dos interesses políticos e econômicos da referida tendência política em chave colonial, bem como as preocupações do mundo de esquerda e certas orientações a seguir para contrariar a crescente influência da extrema direita nas redes sociais.</p> Alfredo Guillermo Rajo Serventich Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 58 68 10.22481/odeere.v9i3.15588 Juchari tucupachaequa: espiritualidade p’urhépecha https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/15675 <p>Este texto tenta explicar um pouco a complexidade da Espiritualidade P'urhépecha e a distinção em relação às correntes de pensamento da filosofia ocidental que apresentam uma ideia de espiritualidade baseada na oposição entre matéria e espírito. A ideia central é explicar que a Espiritualidade P'urhépecha está além de um conceito e que o homem P'urhé encontra raízes profundas para viver uma relação harmoniosa de reciprocidade e gratidão para com a natureza, para com a divindade e para com todos os seres humanos. O texto é desenvolvido sob reflexões de Baracs (2023) e Maturino (1983), com uma metodologia qualitativa, numa perspectiva de antropologia engajada, a partir de histórias vividas pelo autor. Como resultado da discussão, fica claro que a cultura P'urhépecha não pode ser imbuída se a sua espiritualidade e religiosidade não forem levadas em conta.</p> José Francisco Martínez Gracián Copyright (c) 2024 ODEERE https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 9 3 69 80 10.22481/odeere.v9i3.15675