(Re)existência “Margarida” - mulher negra quilombola: identidade, religiosidade e o poder de cura na Chapada da Diamantina - BA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/odeere.v4i7.4902

Palavras-chave:

mulheres quilombolas, populações com ancestrais no continente africano;, etnicidade;, racismo

Resumo

As mulheres dos quilombos sofrem preconceitos por seu gênero, sua cor e suas origens. Eles lutam todos os dias para quebrar os estereótipos que lhes são impostos desde os tempos da escravidão. A questão de gênero é um fenômeno complexo, e sempre que está ligada à história da escravidão negro-africana, a ideia de submissão e esquecimento emerge. A narrativa das mulheres negras dos quilombos compoem o conjunto de dados  para esse artigo. A abordagem interseccional é um recurso teórico relevante para entender as interconexões entre racismo, gênero e classe na estrutura social. Este estudo utilizou a etnografia como estratégia de pesquisa e entrevistas para coletar dados. A metodologia de análise é a teoria interpretativa, em que o sujeito da pesquisa e o contexto em que vivem estão no centro do entendimento acerca da identidade, religiosidade e genero nas comunidades quilombolas.

Palavras-chave: mulheres quilombolas, medicina popular, etnia, racismo

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Publicado

2019-06-30

Como Citar

Silva, L. de J., & Souzas, R. (2019). (Re)existência “Margarida” - mulher negra quilombola: identidade, religiosidade e o poder de cura na Chapada da Diamantina - BA. ODEERE, 4(7), 119-133. https://doi.org/10.22481/odeere.v4i7.4902