Uma abordagem do racismo brasileiro a partir de Quijano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/odeere.v4i8.5388

Palavras-chave:

Raça, Progresso, Brasil, Anibal Quijano, Colonialidade

Resumo

Neste trabalho buscaremos refletir sobre o racismo no Brasil a partir de uma perspectiva decolonial. Para tanto, utilizaremos a teorização de Quijano acerca do processo de construção do conceito de raça. Segundo o autor, o racismo surgiu como uma ferramenta de colonização, propiciando a expropriação de terras e a escravização dos corpos. Não obstante, a diferenciação e hierarquização de raças permaneceu mesmo após terminado o período colonial. Objetivando visualizar a progressão dessa prática no Brasil, dividimos essa investigação em dois tópicos: 1) estudo da análise de Quijano sobre a raça e 2) identificação das formas pelas quais o racismo se consolidou no país, apoiadas no ideal progressista.

Palavras-chave: Raça. Progresso. Brasil. Aníbal Quijano. Colonialidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

CASANOVA, Pablo González. De la sociología del poder a la sociología de la explotación: pensar América Latina en el siglo XXI. Antologia e apresentação de Marcos Roitman Rosenmann. México, D. F. : Siglo XXI Editores ; Buenos Aires : CLACSO, 2015. (Tradução dos autores).

CASTRO-GÓMEZ, S. Cuerpos racializados. Para una genealogía de la colonialidad del poder en Colombia. In: CARDONA, H.; PEDRAZA, Z. (Orgs.). Al otro lado del cuerpo: Estudios biopolíticos en América Latina. Bogotá: Universidad de los Andes, 2014, p. 53-78. (Tradução dos autores).

DUSSEL, Enrique. 1492: o encobrimento do outro – a origem do mito da modernidade. Conferências de Frankfurt. Tradução de Jaime A. Clasen. Petrópolis: Vozes, 1993.

FIGUEIREDO, Â; GROSFOGUEL, R. Racismo à brasileira ou racismo sem racistas: colonialidade do poder e a negação do racismo no espaço universitário. Revista Sociedade e Cultura, n. 12, n. 2, 18 mar. 2010, p. 223-234. https://doi.org/10.5216/sec.v12i2.9096

GANDON, T. A. O índio e o negro, uma relação legendária. Revista Afro-Ásia, Salvador, UFBA, n. 19/20, 1997, p. 135-164. https://doi.org/10.9771/1981-1411aa.v0i19-20.20951

MIGNOLO, Walter. La idea de América Latina: la herida colonial y la opción decolonial. Tradução de Silvia Jawerbaum e Julieta Barba. Barcelona: Gedisa Editorial, 2007. (Tradução dos autores).

ORTEGAL, L. Relações raciais no Brasil: colonialidade, dependência e diáspora. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 133, dez. 2018, p. 413-431. https://doi.org/10.1590/0101-6628.151

QUIJANO, A. ¡Qué tal raza!. Revista del CESLA, [S.l.], n. 1, nov. 2000, p. 192-200. ISSN2081-1160. Disponível em:<http://www.revistadelcesla.com/index.php/revistadelcesla/article/view/379>. Acesso em: 20/03/2019. (Tradução dos autores).

______. “Raza”, “etnia” y “nación” en Mariátegui. In: Cuestiones y horizontes: de la dependencia histórico-estructural a la colonialidad/descolonialidad del poder - Eje 3. Buenos Aires: CLACSO, 2014, p. 757-776. ISBN 978-987-722-018-6. Disponível em: <"http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/se/20140507040653/eje3-7.pdf">. Acesso em: 20/03/2019. (Tradução dos autores).

______. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Colección Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina, set. 2005, p. 107-130. Disponível em: <http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/>. Acesso em: 20/03/2019.

ROCHA, E. P. Antes índio que negro. Dimensões - Revista de História da UFES, n. 18, out. 2006, p. 203-220. ISSN 1517-2120. Disponível em: <http://www.periodicos.ufes.br/dimensoes/article/view/2444/1940>. Acesso em: 21/03/2019.

SCHWARCZ, L. M. Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na sociabilidade brasileira. São Paulo: Claro Enigma, 2012. Disponível em: <http://ler-agora.jegueajato.com/Lilia%20Moritz%20Schwarcz/Nem%20Preto%20Nem%20Branco,%20Muito%20Pelo%20Co%20(1517)/Nem%20Preto%20Nem%20Branco,%20Muito%20Pel%20-%20Lilia%20Moritz%20Schwarcz?chave=1677cfea7cb1b4e721f78316a481fd9c>. Acesso em: 20/03/2019.

______. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil – 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

STEPAN, Nany. A hora da Eugenia: raça, gênero e nação na América Latina. Trad. Paulo Garchet. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2005.

Downloads

Publicado

2019-12-30

Como Citar

Barros II, J. R., & Rodrigues, L. F. B. (2019). Uma abordagem do racismo brasileiro a partir de Quijano. ODEERE, 4(8), 292-311. https://doi.org/10.22481/odeere.v4i8.5388