Mulheres: poderes herdados, poderes inventados.
Alto sertão da Bahia (1885-1946)
DOI:
https://doi.org/10.22481/politeia.v18i1.5165Palavras-chave:
Educação. Mulheres. Poderes. Quotidiano.Resumo
Objetiva-se entender, mediante análise de ampla documentação, composta, sobretudo, por correspondências pessoais escritas pela família Spínola Teixeira, as inserções femininas nos mais diversos setores sociais como integradas a um conjunto de ações herdadas, inventadas e reelaboradas a partir do convívio familiar. Pretende-se discutir aspectos relacionados à educação feminina no Alto Sertão baiano tendo como pressuposto o que podemos denominar de “a outra escola feminina”, onde a mãe transmitia às filhas ensinamentos ligados à experiência prática. A análise desses ensinamentos, configurados em improvisações perenes vividas quotidianamente e em parcelas de poderes emanados a partir do espaço doméstico, auxiliam no questionamento de conceitos arraigados no tempo. O recorte temporal adotado neste artigo remete à fixação da família Spínola Teixeira na cidade de Caetité em 1885 e se estende até a morte de Anna Spínola, em 1946.