As representações do diabo e do monstruoso nas Cantigas de Santa Maria de D. Alfonso X, o Sábio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/politeia.v20i1.8227

Palavras-chave:

Representações, Diabo, Monstros, Judeus, Cantigas de Santa Maria.

Resumo

Na Idade Média, os monstros e demônios ocuparam um lugar de destaque no imaginário social europeu, representando o diferente, o grotesco e, muitas vezes, o maligno. Muitos testemunhos atestavam a sua existência no plano real, como personagens de carne e osso, relatando características físicas, psíquicas e até morais. Esses testemunhos chegaram até nós por meio de documentos das mais diversas tipologias. Atualmente, observamos tais personagens como fruto de um período no qual a sociedade era movida por uma estrutura social que abarcava os monstros e demônios. O conceito de monstro, bem como de demônio, é bem amplo, sofrendo alterações a depender de cada época e localidade. Diante do exposto, com base no conceito de representações de Roger Chartier, o objetivo deste trabalho é fazer uma análise de imagens e discursos sobre o diabo e sobre o que os homens e mulheres da Idade Média Ibérica consideravam como monstruoso, a partir da imagem dos judeus. Como fonte serão utilizadas duas Cantigas de Santa Maria, atribuídas a D. Alfonso X, o Sábio, Rei de Castela e Leão. Serão analisadas duas cantigas: a CSM n. 47, como exemplo da representação do diabo na literatura e, consequentemente, no imaginário medieval, e a CSM n. 4, que assimila o personagem judeu à ideia de monstros, devido às suas ações e diferenças no tocante à religiosidade.

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Biografia do Autor

Alex Rogério Silva, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Mestre em História pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP-Franca). Doutorando em Estudos de Literatura pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

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Publicado

2021-08-16

Como Citar

Silva, A. R. (2021). As representações do diabo e do monstruoso nas Cantigas de Santa Maria de D. Alfonso X, o Sábio. Politeia - História E Sociedade, 20(1), 192-207. https://doi.org/10.22481/politeia.v20i1.8227