Uma análise dos currículos português e brasileiro sob o olhar da educação histórica
DOI:
https://doi.org/10.22481/praxisedu.v18i49.11353Palavras-chave:
educação histórica, currículo, conceitos meta-históricosResumo
Este artigo tem como objetivo analisar dois documentos curriculares ligados ao ensino de História, as Aprendizagens Essenciais (AE) aprovadas em 2018 em Portugal e as Habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aprovadas em 2017, no Brasil. Realizaremos uma análise qualitativa, utilizando a estratégia metodológica da análise documental. Em um primeiro momento, faremos uma breve contextualização de ambos documentos, verificando em quais contextos históricos eles foram aprovados e como são explicitadas as concepções de aprendizagem histórica em ambas propostas. Nossa análise insere-se no campo da Educação histórica, que em Portugal e no Brasil tem se constituído como uma proposta de ensino de história que articula teoria e prática na perspectiva da epistemologia da história e que tem se colocado como um campo de estudo para um ensino de história comprometido com o pluralismo democrático. Nesse sentido, a análise terá como foco a identificação de elementos-chave do campo da Educação histórica nesses documentos curriculares, como a abordagem de conceitos meta-históricos, de conceitos substantivos e a questão dos temas controversos. Também estabelecemos um recorte de análise nos currículos do 9º ano em ambos países sobre as abordagens dos pressupostos da aprendizagem histórica apresentada pelos documentos curriculares.
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