A BNCC NA CONTRAMÃO DAS DEMANDAS SOCIAIS: PLANEJAMENTO COM E PLANEJAMENTO PARA
DOI:
https://doi.org/10.22481/praxisedu.v16i38.6012Resumo
Este trabalho discute a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e seu desalinhamento com as demandas sociais, e apresenta dois possíveis currículos: aquele que deslinda um “planejamento para”, ou seja, que de maneira verticalizada prescreve o trabalho pedagógico para a escola, e o currículo que dialoga com o real que lhe escapa, dando margem para o “planejamento com”. A discussão aqui proposta apresenta também um claro posicionamento: o de afirmar a necessidade de uma organização de conteúdos base para a educação nacional, mas que não se una aos instrumentos reguladores do trabalho pedagógico, sabendo-se que isto não é possível sem que se encare o aspecto político social da qual ela faz parte. Neste sentido, por meio de uma abordagem qualitativa, visitamos o que tem se discutido sobre a BNCC e a situamos no contexto das políticas neoliberais, que mais enfaticamente nos últimos anos tem posto as políticas educacionais demandadas pela sociedade em desvantagem. Dessa maneira, tomamos como essenciais os trabalhos de Cury (2018), Branco [et al.] (2018), Gonçalves (2018), Sacristán (2017), Sussekind (2014), Freire (1986), entre outros, que, mesmo com perspectivas diferentes, são de grande contribuição para o debate no campo do currículo, e analisamos dados disponibilizados pelo ministério da educação via internet, em seu site oficial. Ao dialogar com o referencial mencionado, percebemos a BNCC existente como uma forma de currículo prescrito e vislumbramos uma base que possibilite uma construção coletiva e permanente.
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Referências
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