THE USE OF PRACTICAL CLASSES IN SCIENCE TEACHING: CHALLENGES AND POSSIBILITIES
DOI:
https://doi.org/10.22481/praxisedu.v16i39.6380Palavras-chave:
Experimentação, metodologia, ensino básicoResumo
Atividades práticas são metodologias e recursos que podem contribuir de forma atraente e significativa para a eficácia no processo de ensino e aprendizagem em Ciências. O objetivo desta pesquisa foi avaliar como os professores e alunos da Rede Estadual de Ensino da cidade de Umuarama, Paraná, concebem e desenvolvem as atividades práticas nas aulas de Ciências, elencando quais os motivos que dificultam a utilização destas metodologias. Para isso, foi realizado um levantamento buscando saber quais as estratégias, recursos e espaços são utilizados nas aulas práticas e também quais os desafios para desenvolvê-las. Foi empregado a pesquisa qualitativa por meio de entrevistas semiestruturadas com os professores e pedagogos de cinco escolas. Os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental responderam um questionário com questões fechadas e abertas. Os resultados das entrevistas com os alunos mostraram pouca utilização das metodologias práticas, apesar de demostrarem interesse pela metodologia e afirmarem que também melhoram a aprendizagem. Em contrapartida, a maioria dos professores entrevistados afirmou fazer uso desse tipo de aula, apesar de apontarem inúmeros fatores que dificultam o uso desta prática. Eles citaram que a falta de laboratorista e de material, assim como de manutenção em equipamentos laboratoriais são motivos que atrapalham tal execução. Ainda, foram citadas que razões como: excesso de alunos, indisciplina e a própria formação acadêmica e continuada deficitária, dificultam e causam insegurança na execução das aulas práticas. Os professores apontaram que as aulas práticas são recursos importantes como complemento para as aulas teóricas e que seria necessária sua execução com maior frequência. Concluiu-se que as metodologias práticas são desejadas pelos alunos e pelos professores, porém existem fatores que limitam a execução das mesmas, apesar de serem facilitadoras no processo de ensino-aprendizagem.
Downloads
Metrics
Referências
ARAÚJO, Mauro Sérgio Teixeira de; ABIB, Maria Lúcia Vital dos Santos. Atividades experimentais no ensino de física: diferentes enfoques, diferentes finalidades. Revista Brasileira de Ensino de Física. v. 25, n. 2. p. 176-194, 2003.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Tradução Luís Antero Reto; Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2016.
BARROS, Pedro Renato Pereira.; HOSOUME, Yassuko. Um olhar sobre as atividades experimentais nos livros didáticos de Física. In: Encontro de Pesquisa em Ensino de Física, 2008, Curitiba. Resumos. Curitiba, 2008. Disponível em: <http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/epef/xi/sys/resumos/T0288-2.pdf>. Acesso em: 8/06/ 2018.
BEREZUK, Paulo Augusto; INADA, Paulo. Avaliação dos laboratórios de ciências e biologia das escolas públicas e particulares de Maringá, Estado do Paraná. Scientiarum. Human and Social Sciences. Maringá. v. 32, n. 1, p. 207-215, 2010.
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Editora Biruta, 2009.
DOURADO, Luis. Trabalho Prático (T.P.), Trabalho Laboratorial (T.L.), Trabalho de Campo (T.C.) e Trabalho Experimental (T.E.) no ensino das ciências - contributo para uma clarificação de termos. IN: VERÍSSIMO, A; PEDROSA, A; RIBEIRO, R. (Org). Ensino experimental das ciências. Porto: Departamento de Ensino Secundário, Ministério da Educação de Portugal, 2001, p. 13-18. Disponível em: http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Secundario/Documentos/Programas/CE_Programa/publicacoes_repensar.pdf. Acesso em: 20 de jun 2018
GALIAZZI, Maria do Carmo. Seria tempo de repensar as atividades experimentais no ensino de Ciências? Educação, Porto Alegre, n. 40, PUCRS, 2000. p. 87-111. Disponível em: http://ambientedetestes2.tempsite.ws/ciencia-para-educacao/publicacao/galiazzi-m-c-seria-tempo-de-repensar-as-atividades-experimentais-no-ensino-de-ciencias-educacao-porto-alegre-porto-alegre-n-40-p-87-112-2000/> Acesso em 5de jun 2018.
GALIAZZI, Maria do Carmo; GONCALVES, Fabio Peres. A natureza pedagógica da experimentação: uma pesquisa na licenciatura em química. Química Nova, São Paulo, v. 27, n. 2, p.326-331, 2004. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422004000200027>. Acesso em 15 ago 2018.
GIANI, Kellen. A experimentação no ensino de ciências: possibilidades e limites na busca de uma aprendizagem significativa. 2010. 190 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Pós Graduação em Ensino de Ciências, Universidade de Brasília, Brasília. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/9052/1/2010_KellenGiani.pdf>. Acesso em: 29 jun. 2017
KRASILCHIK, Mirian. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: USP, 2012.
LIMA, Daniela Bonzanini; GARCIA, Rosane Nunes. Uma investigação sobre a importância das aulas práticas de Biologia no Ensino Médio. Cadernos do Aplicação, Porto Alegre, v. 24, n. 1, p. 201-224, jan./jun. 2011.
LIMA, Jane Helen Gomes de Lima; SIQUEIRA, Ana Paula Pruner de; COSTA, Samuel Utilização de aulas práticas no ensino de ciências: um desafio para os professores. Revista Técnico-científico do IFSC, Florianópolis, v. 2, n. 2, p. 486-495, 2013. Disponível em: <https://periodicos.ifsc.edu.br/index.php/rtc/article/download/ 1108/826 >. Acesso em: 17 jul. 2018.
MORAES, Roque. Construtivismo e ensino de ciências: Reflexões epistemológicas e metodológicas. 3. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008.
OLIVEIRA, Jane Raquel Silva de. Contribuições e abordagens das atividades experimentais no ensino de ciências: reunindo elementos para a prática docente. Acta Scientiae, Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 139–153, 2010.
PENTEADO, Rosa Maria Rogensk; KOVALICZN, Rosilda Aparecida. Importância de materiais de laboratório para ensinar ciências. In: Os Desafios da Escola Pública Paranaense na Perspectiva do Professor PDE, 2008. Cadernos PDE – 1ed. Curitiba: SEED-PR, v. 1, p. 1-17, 2008. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/22-4.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2018.
PRAIA, João; CACHAPUZ, Antônio; GIL-PÉREZ, Daniel. A hipótese e a experiência científica em educação em ciência: contributos para uma reorientação epistemológica. Ciência & Educação, Bauru, v. 8, n. 2, p. 253-262, 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ciedu/ v8n2/09.pdf. Acesso em: 15 jul. 2018.
RAMOS, Luciana Bandeira da Costa; ROSA, Paulo Ricardo da Silva; O ensino de ciências: fatores intrínsecos e extrínsecos que limitam a realização de atividades experimentais pelo professor dos anos iniciais do ensino fundamental. Investigações em ensino de Ciências. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 13, n. 3, p. 299-331, 2008. Disponível em: < https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/444>. Acesso em: 12 mai. 2018.
ROSITO, Berenice Alvares; O ensino de Ciências e a experimentação. In: MORAES, R. Construtivismo e Ensino de Ciências: Reflexões Epistemológicas e Metodológicas. 2 ed. Porto Alegre: Editora EDIPUCRS, 2003. p.195-208.
SANTOS, Saulo Cézar Seiffert; TERÁN, Augusto Fachin. Condições de ensino em Zoologia no nível fundamental: o caso das escolas municipais de Manaus-AM. Revista Amazônica de Ensino de Ciências, Manaus, v. 6, p. 1-18, 2013.
SASSERON, Lucia Helena. Alfabetização científica, ensino por investigação e argumentação: relações entre ciências da natureza e escola. Revista Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 17, n. esp., p. 49-67, 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/epec/v17nspe/1983-2117-epec-17-0s-00049.pdf. Acesso 20 jan. 2019.
SILVEIRA, Fernando Lang; PEDUZZI, Luiz. Orlando Quadro. Três episódios de descoberta científica: da caricatura empirista a uma outra história. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, v. 23, n. 1, p. 26-52, 2006.
TORRES JUNIOR, Cícero Vieira. V. Implantação dos laboratórios básicos padrão MEC/FNDE na rede pública do Estado do Paraná pelo Programa Brasil Profissionalizado. Dissertação (Mestrado em Gestão e Avaliação em Educação Pública). Universidade Federal de Juiz de Fora – MG, 2014. 90 f. Disponível em: https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4006/1/cicerovieiratorresjunior.pdf. Acesso em: 10 ago. 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Você é livre para:
Compartilhar - copia e redistribui o material em qualquer meio ou formato; Adapte - remixe, transforme e construa a partir do material para qualquer propósito, mesmo comercialmente. Esta licença é aceitável para Obras Culturais Livres. O licenciante não pode revogar essas liberdades, desde que você siga os termos da licença.
Sob os seguintes termos:
Atribuição - você deve dar o crédito apropriado, fornecer um link para a licença e indicar se alguma alteração foi feita. Você pode fazer isso de qualquer maneira razoável, mas não de uma forma que sugira que você ou seu uso seja aprovado pelo licenciante.
Não há restrições adicionais - Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outros para fazer qualquer uso permitido pela licença.