ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO DE PEDAGOGIA: O QUE DIZEM OS PROJETOS PEDAGÓGICOS E QUAIS SENTIDOS PRODUZIDOS POR EGRESSOS
DOI:
https://doi.org/10.22481/rpe.v16i43.6774Palavras-chave:
Pedagogia, Teoria e prática, Estágio Supervisionado, Trabalho pedagógicoResumo
Apresenta-se análise dos Projetos Pedagógicos (PP) dos cursos de Pedagogia das cinco Universidades Federais do Rio Grande do Sul, objetivando evidenciar os sentidos em encaminhamentos em relação aos Estágios Supervisionados. Partiu-se do suposto que o estágio supervisionado seria o tempo e o espaço privilegiados para o contato, o trabalho e a inserção no campo profissional, mediante projeto e orientação por parte dos professores do Curso. Quanto aos aspectos teóricos e metodológicos, foram realizadas duas etapas. Na primeira, aconteceu análise documental dos Projetos Pedagógicos dos cinco cursos de Pedagogia. Na segunda etapa foi enviado um questionário para um grupo de egressos do curso de Pedagogia de uma das cinco universidades, composto por questões objetivando contemplar e relacionar à análise realizada nos PPs. As questões versavam sobre a concepção, vivência/experiência e a avaliação do Estágio Supervisionado no Curso de Pedagogia naquela universidade. Onze
interlocutores, dez mulheres e um homem, egressos do Curso entre 2013 e 2020, participaram das entrevistas. Os dados foram analisados pela Análise de Movimentos de Sentidos, técnica elaborada pelo grupo de pesquisa no qual se trabalha. Uma das percepções, após o estudo, é haver estágio supervisionado previsto nos projetos pedagógicos. Entretanto, não foram encontrados expressos sentidos e concepções de estágio supervisionado. Do mesmo modo, os discursos dos egressos descrevem como prática, não raramente, dissociando-a da teoria e considerando-a prioridade não vislumbrada no Curso.
Downloads
Metrics
Referências
BRASIL. Lei 4.024. De 20 de Dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF, 20 dez. 1961
BRASIL. Parecer n. 251/62. Currículo mínimo e duração para o curso de graduação em Pedagogia. Brasília, DF, 1962.
BRASIL. Lei nº 5.540, de 28 de Novembro de 1968. Fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá outras providências. Brasília, 28 de novembro de 1968.
BRASIL. Conselho Federal de Educação. Parecer n. 252/1969. Estudos pedagógicos superiores. Mínimos de conteúdos e duração para o curso de graduação em pedagogia. Brasília, DF, 1969.
BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 23 dez. 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CP Nº 1/2006 Diretrizes Curriculares para o Curso de Pedagogia. Brasília, DF, 2006.
BRASIL. Resolução nº 2, de 1º de Julho de 2015.Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior e para a formação continuada. Brasília, DF, 2 de julho de 2015.
BRZEZINSKI, Iria. Pedagogia, pedagogos e formação de professores: busca e movimento. 9 ed. Campinas, São Paulo: Papirus, 2012.
CORDOVA, Rogério. A. “Imaginário social e educação: criação e autonomia”. Em Aberto. Brasília, ano 14, n.61, jan./mar. 1994. p. 24-44.
FERREIRA, Liliana Soares. Educação & história. Ijuí: Editora UNIJUI, 2001.
FERREIRA, Liliana Soares. “Gestão do pedagógico: de qual pedagógico se fala?” Currículo sem Fronteiras, v. 8, n. 2, jul/dez 2008, pp. 176-189.
FERREIRA, Liliana Soares. Pedagogia como ciência da educação: retomando uma discussão necessária. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 91, n. 227 (2010), p.233 - 251
FERREIRA, Liliana Soares. “Pedagogia nos cursos de Pedagogia? Da ausência e dos impactos no trabalho pedagógico”. In: Revista Espaço do Currículo, João Pessoa, vol. 10, n. 02, 2017, pp. 174-190.
IMBERT, Francis. Para uma práxis pedagógica. Brasília: Plano Editora, 2003
LIMA, M. S. L. (2002) “Práticas de estágio supervisionado em formação continuada” In: ROSA, D. E. G.; SOUZA, V. C. S.; FELDMAN, D. et alii. Didática e práticas de ensino: interfaces com diferentes saberes e lugares formativos. Rio de Janeiro: DP& A.
OLIVEIRA, Everaldo Romoã de; ROCHA, Aristeu Castilhos da; BROCH, Siomara Cristina. Matemática e História: investigação e vivências no estágio curricular supervisionado. In: BROCH, Siomara Cristina, SOUZA, Rosangela Segala. Estágio Curricular: contribuições para a formação docente (ORGs). Curitiba: CRV, 2020.
PROJETO PEDAGÓGICO. Centro de Educação - Projeto Político-Pedagógico do Curso de Pedagogia Licenciatura Plena. Santa Maria, 2007.
PROJETO PEDAGÓGICO. Faculdade de Educação. Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia Licenciatura. Pelotas, maio de 2012
PROJETO PEDAGÓGICO. Instituto de Educação - Projeto Pedagógico do Curso de graduação Pedagogia - Licenciatura. Rio Grande, 2016
PROJETO PEDAGÓGICO. Campus Jaguarão. Projeto Político-Pedagógico do Curso de Graduação em Pedagogia - Licenciatura. Jaguarão, 2015.
PROJETO PEDAGÓGICO. Faculdade de Educação. Projeto Pedagógico de Curso Licenciatura em Pedagogia. Porto Alegre, 2018.
PROJETO PEDAGÓGICO. Centro de Educação - Projeto Político-Pedagógico do Curso de Pedagogia Licenciatura Plena. Santa Maria, 2019.
SAVIANI, Dermeval. A Pedagogia no Brasil: história e teoria. São Paulo: Autores Associados, 2008.
SAVIANI, D. O lugar estratégico do mestrado no conjunto da pós-graduação e da pedagogia: problemas e perspectivas. In: FERREIRA, N. S. C. (Org.). A pesquisa na pós-graduação em educação: reflexões, avanços e desafios/produção e apropriação do conhecimento. Curitiba: UTP, 2007. p. 33-54. (Cadernos de Pesquisa do Programa de Mestrado em Educação, v. 2, n. 3).
SILVA, Carmem Silva Bissolli da. Curso de pedagogia no Brasil: história e identidade. 3. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Práxis Educacional
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Você é livre para:
Compartilhar - copia e redistribui o material em qualquer meio ou formato; Adapte - remixe, transforme e construa a partir do material para qualquer propósito, mesmo comercialmente. Esta licença é aceitável para Obras Culturais Livres. O licenciante não pode revogar essas liberdades, desde que você siga os termos da licença.
Sob os seguintes termos:
Atribuição - você deve dar o crédito apropriado, fornecer um link para a licença e indicar se alguma alteração foi feita. Você pode fazer isso de qualquer maneira razoável, mas não de uma forma que sugira que você ou seu uso seja aprovado pelo licenciante.
Não há restrições adicionais - Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outros para fazer qualquer uso permitido pela licença.