TRAJETÓRIAS DE FORMAÇÃO DA JUVENTUDE TRABALHADORA BRASILEIRA: DAS PROMESSAS ÀS INCERTEZAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/praxisedu.v16i42.7347

Palavras-chave:

Juventude, Processos formativos, Trabalho

Resumo

: O presente artigo analisa os investimentos pessoais e financeiros, bem como os arranjos construídos pelos jovens, desde a educação básica ao ensino superior, na perspectiva da garantia do acesso ao emprego e, por conseguinte, uma mudança de posição na estrutura social vigente. O caminho metodológico adotado aglutinou método, técnicas e instrumentos de pesquisa numa abordagem que articula dados quantitativos (acompanhamento das trajetórias in loco) e qualitativos, a partir de diferentes fontes de dados que informam dados educacionais e de emprego no Brasil. Os primeiros investimentos e arranjos realizados, na perspectiva da obtenção deste emprego, foram centrados nos esforços para que esses jovens conseguissem a conclusão do ensino médio, em seguida os cursos de qualificação profissional e, por fim, o acesso ao ensino superior privado. A relação entre trabalho e educação ganha centralidade nas trajetórias pesquisadas. Por meio dos percursos analisados, constatou-se que há um forte discurso em favor da educação como sendo, se não a única, a principal estratégia de mobilidade social ascendente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

José Humberto da Silva, Universidade do Estado da Bahia – Brasil

Doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas ( Unicamp). Professor Titular da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus I(DEDC). Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação de Jovens e Adultos ( MPEJA). Líder do grupo de Pesquisa FORTIS ( Formação Trabalho e Identidades) e pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Diferenciação Sócio-Cultural (Unicamp). Coordenou inúmeros projetos no campo da Juventude-Educação- Trabalho, a exemplo “ Da profissionalização à inserção no mercado de trabalho?”, financiado pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia ( 2013-2017). Participou como pesquisador do Projeto “Organização e Condições do Trabalho Moderno. Emprego, Desemprego e Precarização do Trabalho”. Programa CAPESCOFECUB. Acordo Capes-Cofecub - UNICAMP/GTM/CNRS.

Liliana Rolfsen Petrilli Segnini, Universidade Estadual de Campinas – Brasil

Pós-Doutorado em Genre et Rapports Sociaux -IRESCO-CNRS, GERS-IRESCO-CNRS, França. Livre Docente pelo Departamento de Ciências Sociais na Educação da Faculdade de Educação da Unicamp. Professora Titular da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp (desde 2001). Professora e pesquisadora plena da Faculdade de Educação da Unicamp; professora e pesquisadora colaboradora do programa de Doutorado em Ciências Sociais, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp. Coordenou o Projeto de Cooperação Internacional CNRS/FAPESP "Qual é o sentido social da modernização no trabalho"(2006/2009). Pesquisadora Associada - Centre de Recherches Sociologiques et Politiques de Paris (CRESPPA, UMR 7217), equipe Genre Travail Mobilités (GTM). Membro do Acordo de Cooperação Internacional Capes Cofecub "Organização e condições de trabalho moderno: emprego, desemprego e precarização do trabalho" (2010/2014). Membro do Acordo Capes Cofecub “O sentido das mudanças e mudanças de sentido" (2015/2019). Membro da diretoria da ALAST - Associação Latinoamericana de Sociologia do Trabalho (2012/2013). Membro da diretoria da ABET - Associação Brasileira de Estudos do Trabalho. Membro do Reseau Genre et Migrations, França. Membro da rede Remir - Trabalho. Pesquisadora CNPq 1 B. Projeto em desenvolvimento (2019/2022): Migrações internacionais e reforma trabalhista - Implicações para o trabalho artístico numa perspectiva comparativa internacional Pesquisa em andamento.

Referências

ALVES, N. Juventudes e Inserção Profissional. Educa-Unidade de I&D de Ciências da Educação, 2008.

BALTAR, P. et al. Trabalho no Governo Lula: uma reflexão sobre a recente experiência brasileira. Carta social do Trabalho. Campinas, Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, n. 12, 2010.

BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança. Vol. 1, Rio de Janeiro: Editora Contraponto/Ed. UFRJ, 2005

BOURDIEU, P. A Escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. In: NOGUEIRA, M. A.; CATANI, A. (org.). Escritos de educação. Petrópolis, Vozes, p 39-64, 1998.

BOURDIEU, P; PASSERON, J.-C. Les héritiers: les étudiants et la culture. Paris: Les Éditions de Minuit, 1964.

CASTEL, R. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Tradução Iraci D. Poleti. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998

CATANI, A. M.; HEY, A.P.; GILIOLI, R. de S. P. PROUNI: democratização do acesso às Instituições de Ensino Superior? Educ. rev., n. 28, dez. 2006. p.125-140.

CORBUCCI, P. R. et al. Situação Educacional dos Jovens Brasileiros. In: ANDRADE, C. C.; AQUINO, L. M. C.; CASTRO, J. A. (org.) Juventude e políticas sociais no Brasil. Brasília: Ipea, 2009. p. 91-108.

ELIAS, N; SCOTSON, J. L. Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das relações de poder a partit de uma pequena comunidade. Tradução Vera Ribeiro. Tradução do posfácio à edição alemã, Pedro Süssekind. Apresentação e revisão técnica, Federico Neiburg. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.; 2000.

FRIEDMAN, M; FRIEDMAN, R. Liberdade de escolher. Tradução Ruy Jungman. Rio de Janeiro: Record,1987.

FRIGOTTO, G. A produtividade da escola improdutiva. São Paulo: Cortez, 2001.

FRIGOTTO, G. Educação para a “Inclusão” e a “Empregabilidade”: Promessas que Obscurecem a realidade. In: CANÁRIO, R.; RUMMERT, S. M. (org.). Mundos dos Trabalho e Aprendizagem. Lisboa: Educa|Autores, 2009. p. 61-77.

INSTITUTO INTERNACIONAL PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR NA AMÉRICA LATINA E CARIBE (IESALC); ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA (UNESCO). Informe sobre la educación superior en América Latina y el Caribe 2000-2005: la metamorfosis de la educación superior. Caracas: Editorial Metrópolis, 2006.

LEDRUT, R. Sociologie du Chômage. Presses Universitaires de France, Paris, 1966.

PAIS, J. M. Ganhos, tachos e biscates: Jovens, trabalho e futuro. Lisboa: Ambar, 2005.

POCHMANN, M. A batalha pelo primeiro emprego: a situação atual e as perspectivas do jovem no mercado de trabalho. 2 ed. São Paulo: Publisher Brasil, 2007.

POCHMANN, M. Pedagogia da inclusão. Revista Ensino Superior, São Paulo, n. 96, 2006. p. 1-7.

SEGNINI, L. P. R. Educação, trabalho e desenvolvimento: uma complexa relação. Trabalho & Educação, Belo Horizonte, v. 6, 2000. p. 14-47.

SILVA, J. H. da. Os Filhos do desemprego: Jovens Itinerantes do Primeiro Emprego, Brasília: Liber livro, 2009

SILVA, J. H. da. Juventude Trabalhadora Brasileira: Percursos Laborais, Trabalhos Precários e Futuros (In)certos. UNICAMP, 2012. Tese (Doutorado em Educação ) – Universidade Estadual de Campinas , Campinas, 2012.

Downloads

Publicado

2020-10-01

Como Citar

DA SILVA, J. H.; SEGNINI, L. R. P. TRAJETÓRIAS DE FORMAÇÃO DA JUVENTUDE TRABALHADORA BRASILEIRA: DAS PROMESSAS ÀS INCERTEZAS. Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v. 16, n. 42, p. 158-185, 2020. DOI: 10.22481/praxisedu.v16i42.7347. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/7347. Acesso em: 14 nov. 2024.