Formação docente em início de carreira: narrativas de profissionais da rede pública de Jaraguá-GO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/praxisedu.v17i48.8439

Palavras-chave:

Professor iniciante, Dificuldades, Desenvolvimento Profissional

Resumo

O período inicial da carreira docente é dotado de desafios, visto que o professor está aprendendo o ofício. No entanto, estudos da área têm apontado que grande parte da responsabilidade pelas dificuldades que os docentes iniciantes enfrentam é da formação inicial inadequada e descontextualizada diante da realidade, o que traz desafios à efetivação de uma prática docente eficaz. Diante disto, a presente pesquisa objetivou compreender a efetividade dos cursos de formação inicial frente aos obstáculos enfrentados pelos docentes iniciantes. Para tanto, utilizou-se de um estudo de caso com 16 professores em seus primeiros cinco anos de carreira. A partir da coleta de dados e da análise da percepção dos participantes, foi possível inferir que as contribuições da formação inicial de professores são mínimas e que, em alguns casos, são desconsideradas pelos profissionais. Ademais, foram desnudadas questões inéditas, como os desafios impostos ao professor iniciante no trabalho com alunos da Educação Especial, entre outras, que podem ser discutidas em pesquisas futuras.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Hortencia Matias de Castro, Universidade Estadual de Goiás - Brasil

Mestranda no Programa de Pós-Graduação (PPGE/UEG). Efetiva na Rede Municipal de Educação da Prefeitura Municipal de Jaraguá/GO. Bolsista de Iniciação à Docência Interna (UEG).

José Carlos Moreira de Souza, Instituto Federal Goiano - Brasil

Doutor em Educação (PPGE/FE – UFG). Docente do Ens. Básico Téc. e Tecnológico do Instituto Federal Goiano (IFGoiano, campus Ceres/GO) e Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica – ProfEPT. Membro de grupos de pesquisa no âmbito do ProfEPT/IFGoiano.

Referências

BALDINO, J. M.; DONENCIO, M. C. B. O habitus professoral na constituição das práticas pedagógicas. Polyphonía, v. 25, n. 1, p. 263-281, jan./jun., 2014. Disponível em: <https://www.revistas.ufg.br/sv/article/viewFile/38563/19509>. Acesso em: 20 dez. 2020.

BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

BOSI, A. de P. A precarização do trabalho docente nas instituições de ensino superior do Brasil nesses últimos 25 anos. Educação e Sociedade, Campinas, v. 28, n. 101, p. 1503-1523, dez. 2007. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302007000400012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 27 dez. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Formação Superior para a Docência na Educação Básica. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/pet/323-secretarias-112877938/orgaos-vinculados-82187207/12861-formacao-superior-para-a-docencia-na-educacao-basica. Acesso em: 17 dez. 2020.

CASTRO, R. P. de; SANTOS, V. R. dos. Relações de gênero na Pedagogia: concepções de estudantes homens. Educação em Perspectiva, Viçosa, v. 7, n. 1, p. 53-76, 2016. DOI: 10.22294/eduper/ppge/ufv. v7i1.720. Disponível em: https://periodicos.ufv.br/educacaoemperspectiva/article/view/6859. Acesso em: 23 dez. 2020

COLOMBO JUNIOR, P. D. Enfim Professor. E agora? Alexandria, Florianópolis, v. 2, n. 1, p. 27-44, 2009. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/alexandria/article/view/37913. Acesso em: 23 dez. 2020.

FONTANA, R. C. Trabalho e subjetividade. Nos rituais da iniciação, a constituição do ser

professora. Caderno CEDES, Campinas, v. 20, n. 50, p. 103- 119, 2000.Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-32622000000100008&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 17 ago. 2020.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GIL, A. C. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GARCIA, C. M. Formação de professores. Para uma mudança educativa. Porto: Porto Editora, 1999.

GARCIA, C. M. “O professor iniciante, a prática pedagógica e o sentido da experiência”. Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação Docente, Belo Horizonte, v. 2, n. 3, p. 11-49, 2010. Disponível em: https://revformacaodocente.com.br/index.php/rbpfp/article/view/17. Acesso em: 17 ago. 2020.

GATTI, B. A. Análise das políticas públicas para formação continuada no Brasil, na última década”. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 13, n. 37, p. 57-70, abr. 2008. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782008000100006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 05 jan. 2021.

HIRST, P. H. O que é ensinar? In: POMBO, O. (org.). Cadernos de História e Filosofia da Educação: Educar/Ensinar. Lisboa: Ed. Departamento de Educação da Faculdade de Ciências de Lisboa, 2001. Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/cadernos/ensinar/hirst.pdf. Acesso em: 14 dez. 2020.

HUBERMAN, M. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, António

(org.). Vidas de professores. Porto/Portugal: Porto, 1995.

LIMA, E. F. et al. Sobrevivendo ao início da carreira docente e permanecendo nela. Como?

Por quê? O que dizem alguns estudos. Educação & Linguagem, v. 10, n. 15, p. 138-

, 2007.

NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, A. (Coord.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/12424596.pdf. Acesso em 14 dez. 2020.

ORTIZ, R. A procura de uma sociologia da prática. In: ORTIZ, R. (org.). Pierre Bourdieu.

São Paulo: Editora Ática, 1994.

PARO, V. H. O professor como trabalhador: implicações para a política educacional e para a gestão escolar. 2013. Disponível em: http://www.vitorparo.com.br/wp-content/uploads/2019/10/capitulo-2-o-professor-como-trabalhador.pdf. Acesso em: 14 dez. 2020.

SANTOS, W. A. Uma reflexão necessária sobre a profissão docente no Brasil, a partir dos cinco tipos de desvalorização do professor. Sapere Aude, Belo Horizonte, v. 6, n.11, p. 349-358, 2º sem., 2015.

SAVIANI, D. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 14, n. 40, pág. 143-155, abr. 2009. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782009000100012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 15 dez. 2020.

SILVA, M. da. O habitus professoral: o objeto dos estudos sobre o ato de ensinar na sala de aula. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 29, p. 152-163, ago. 2005.

SOUZA, J. C. M. de; MACHADO, M. M. O (não) lugar da educação dos jovens trabalhadores. Revista Educativa: Revista de Educação, Goiânia, v. 17, n. 1, p. 149-174, nov. 2014. Disponível em: http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/educativa/article/view/3598. Acesso em: 15 dez. 2020.

TANURI, Leonor Maria. História da formação de professores. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, n. 14, pág. 61-88, ago. 2000. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782000000200005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 17 dez. de 2021.

TARDIF, M.; RAYMOND, D. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério.

Educação & Sociedade, Campinas, v. 21, n. 73, 2000.

Downloads

Publicado

2021-09-03

Como Citar

CASTRO, H. M. de; SOUZA, J. C. M. de. Formação docente em início de carreira: narrativas de profissionais da rede pública de Jaraguá-GO. Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v. 17, n. 48, p. 301-325, 2021. DOI: 10.22481/praxisedu.v17i48.8439. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/8439. Acesso em: 21 nov. 2024.