TY - JOUR AU - Seixas, Eunice Castro AU - Tomás, Catarina AU - Giacchetta, Niccolò PY - 2020/07/01 Y2 - 2024/03/28 TI - OS JARDINS/PARQUES URBANOS DE LISBOA PELO OLHAR DE ADULTOS E PELA AÇÃO DAS CRIANÇAS JF - Práxis Educacional JA - RPE VL - 16 IS - 40 SE - DO - 10.22481/praxisedu.v16i40.6890 UR - https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/6890 SP - 134-163 AB - <p>Os jardins e os parques urbanos são espaços públicos construídos socialmente pela ação humana, nas suas múltiplas dimensões e na diversidade dos grupos sociais, culturais e geracionais que os frequentam. No entanto, o espaço urbano não tem sido compatível com a inclusão social plena de todas as crianças. Estes espaços são geralmente concebidos sem a sua participação, com base numa série de assunções e imaginários culturais e sociotécnicos sobre a infância e as crianças. Estas assunções, ao serem efetivadas no espaço público, contribuem para a estandardização e normalização das crianças nesses espaços, com implicações nos modos de administração simbólica da infância contemporânea, nomeadamente pela restrição da sua agência e práticas socioespaciais. Este artigo analisa o(s) modo(s) como crianças e adultos percebem e experienciam dois espaços públicos diferenciados da cidade de Lisboa (Portugal): o Jardim Vasco da Gama, em Belém e o Parque urbano da Quinta das Conchas, na Alta de Lisboa. Partindo de uma análise etnográfica assente na observação participante e em entrevistas qualitativas a frequentadores destes espaços e recorrendo a perspectivas da Sociologia Urbana e da Sociologia da Infância, pretende-se dar visibilidade às crianças como produtoras de conhecimento diferenciados dos adultos. Estes estudos de caso possibilitam discutir a situação da infância na cidade como revelador social, com especial incidência nos jardins/parques urbanos, enquanto espaços sociais estruturados, onde as crianças são particularmente tornadas visíveis nas interdições formais e simbólicas feitas às mesmas, mas também no modo como se apropriam do espaço público e efetivam o seu direito à cidade.</p> ER -