https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/issue/feedPráxis Educacional2024-11-17T07:57:58-03:00Equipe Editorialpraxisedu@uesb.edu.brOpen Journal Systems<div align="justify">A Revista Práxis Educacional é um periódico em fluxo contínuo, eletrônico, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEd), da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Publica artigos inéditos resultantes de pesquisas científicas, além de resenhas de livros. Artigos de revisão sistemática de literatura, somente são aceitos desde que apresentem orientações inéditas para pesquisa futuras. Seu objetivo central é divulgar pesquisas e estudos vinculados ao campo da educação, desenvolvidos por pesquisadores de diferentes contextos educacionais do Brasil e do exterior. <u><span style="font-size: 10.5pt; font-family: 'Segoe UI',sans-serif;">A revista não cobra nenhum tipo de taxa para a publicação dos textos.</span></u></div> <div align="justify"><strong>ISSN </strong>2178-2679<strong> - </strong><strong>DOI: </strong>10.22481/praxisedu<strong> - </strong><strong>Área: </strong>Educação<strong> - </strong><strong>Qualis Periódicos: </strong>A2 (2017-2020) <strong>-</strong> <strong>Submissão de manuscritos: </strong>contínua<strong> - </strong><strong>Periodicidade de publicação: </strong>Fluxo Contínuo.</div>https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/12487Estudos sobre identidade e formação dos universitários no México2023-04-23T17:28:29-03:00Zaira Navarrete Cazalesznavarrete@filos.unam.mx<p>A construção da identidade nos remete a um processo complexo, apresentando-se como objeto de análise de diversas disciplinas, desenvolvendo uma série de problemáticas que são abordadas a partir de diferentes perspectivas teóricas, sendo considerada em constante construção, com dinâmicas de permanência, mudança, continuidade e descontinuidade. Com base nisso, o objetivo deste artigo é apresentar algumas pesquisas que tiveram como objeto de estudo o tema da formação e identidade no México durante a década de 2012 a 2022, concentrando-se na formação da identidade dos estudantes universitários. Através de uma metodologia qualitativa de corte documental, descobriu-se que, no caso da conformação da identidade em um ambiente universitário, esta é configurada por aspectos relacionados com a escolha profissional, a intervenção familiar, a participação dos pares e a importância de levar os conteúdos aprendidos em sala de aula para os contextos reais de trabalho, levando em consideração a história de vida e as trajetórias profissionais.</p>2024-02-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/13011Ensino de teatro para crianças com autismo no contexto da pandemia da covid 192023-07-10T21:06:44-03:00Lucas Wendel Silva Santoslucaswendelsilvasantos@gmail.comErica Daiane Ferreira Camargoericadfc@hotmail.comRosana Carla do Nascimento Givigirosanagivigi@gmail.com<p>Este trabalho objetivou desenvolver estratégias de ensino de teatro com uso da comunicação alternativa e ampliada, de forma remota, para crianças com autismo. Metodologicamente, utilizou-se a pesquisa-ação no contexto da educação teatral. A investigação foi desenvolvida de maio de 2020 a agosto de 2020, semanalmente, integrando um total de 13 encontros, nos quais participaram duas crianças com autismo e seus familiares. Os instrumentos utilizados foram a intervenção, observação participante, gravação em vídeo e registros em relatório. Como resultados destacam-se: o desenvolvimento do simbolismo quando as crianças entraram em contato com os dedoches e sua imagética; o desenvolvimento de aspectos através da arte teatral, como atenção, criação, raciocínio pragmático, comunicação e interação; as famílias se evidenciaram como mediadoras do processo pedagógico e reconheceram as habilidades das crianças. Conclui-se que é possível desenvolver habilidades teatrais por meio dos dispositivos digitais com apoio da Comunicação Alternativa, colaborando para inclusão de crianças com autismo.</p>2024-02-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/12085A legislação de Educação Ambiental da cidade do Recife alinhada à Política de Educação Ambiental do Estado de Pernambuco: uma análise transdisciplinar2023-02-11T17:21:18-03:00Janaina Almeida de Macêdojanaina.almeida.macedo@gmail.comMaria de Fátima Gomes da Silvafatimamaria18@gmail.com<p>Este artigo apresenta resultados de uma investigação acadêmica que teve por objetivo investigar se a legislação de educação ambiental de Recife alinhada à Política de Educação Ambiental de Pernambuco têm sido desenvolvidas em uma lógica transdisciplinar. Com relação aos procedimentos metodológicos, fizemos opção pela abordagem qualitativa de pesquisa. Os dados foram coletados por meio de documentos relativos às Políticas de Educação Ambiental de Recife, Lei nº 18.083/2014, e de Pernambuco, Lei nº 16.688/2019, bem como através de artigos que enfatizaram a evolução histórica da temática ambiental e o conceito e princípios da transdisciplinaridade. Para análise dos dados, utilizamos a técnica de Análise de Conteúdo Temático-categorial, a qual permitiu concluir que as legislações de educação ambiental de Recife e de Pernambuco são orientadas em uma lógica transdisciplinar.</p>2024-02-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/12214Os celulares,os professores e os alunos:desafios para a elaboração de um novo contrato pedagógico 2023-12-18T11:17:18-03:00Antônio Álvaro Soares Zuindazu@ufscar.brDamiana Andreia Ferreiradamianaandreiaferreira@gmail.com<p>Na sociedade da chamada cultura digital, os aparelhos celulares se disseminam de uma tal forma que, em muitas ocasiões, são identificados pelas pessoas como se fossem parte de seu próprio corpo. Evidentemente, o ambiente escolar é identificado como um espaço onde tais aparelhos tornam-se onipresentes, a ponto de suscitar a reflexão sobre como eles poderiam ser pedagogicamente utilizados. Diante disso, o objetivo dos autores deste artigo é o de refletir criticamente sobre o papel do professor (a) de nível médio de ensino diante da utilização, cada vez mais frequente, do uso de aparelhos celulares dentro e fora das salas de aula para fins supostamente pedagógico. Apoiando-se nos pensadores da Teoria Crítica da Sociedade, utilizou-se como metodologia a análise de 17 artigos acadêmicos publicados nos últimos, os quais examinaram a contribuição dos celulares em turmas do ensino médio. A partir disso, foi possível concluir que, se o celular pode tanto ser pedagogicamente utilizado, quanto engendrar práticas de dispersão de concentração e <em>cyberbullying</em>, torna-se fundamental fomentar a presença de contratos pedagógicos entre os agentes educacionais para que possam mutuamente consensuar sobre quando e como usar tal aparelho no transcorrer das atividades realizadas nas salas de aula.</p>2024-02-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/13891O professor de educação física e os entraves na escolarização de alunos com deficiência2023-12-18T10:24:05-03:00Francianne Farias dos Santosfrancianne.ufam@gmail.comDorimar Gomes Ferreiradorimargomesferreira824@gmail.comJoão Otacilio Libardoni dos Santosjlibardoni@ufam.edu.br<p>No contexto escolar, a inclusão nas aulas de Educação Física (EF) deve oferecer ao aluno a oportunidade de frequentar e ter educação de qualidade atendendo as suas necessidades. Assim, o presente estudo elencou como objetivo: investigar como ocorre o processo de inclusão de alunos com deficiência nas aulas de EF na cidade de Manaus, a partir do olhar dos professores. A pesquisa caracteriza-se como descritiva com abordagem qualitativa e foi realizada em 2 (duas) escolas municipais de Manaus, nas quais foram entrevistados 3 (três) professores de Educação Física. Para a coleta de dados foi aplicado um roteiro de entrevista semiestruturado e os achados foram submetidos à Técnica de Análise de Conteúdo. As categorias para a análise foram pré-estabelecidas a partir do roteiro de entrevista. Os resultados são discutidos nas categorias: Formação e A Participação dos alunos. Os resultados apontam que apesar dos significativos avanços no que concerne aos direitos à educação para as pessoas com deficiência, ainda é possível identificar atitudes que revelam uma exclusão oculta, em que os profissionais definem “se” ou “quem” irá participar ou não de suas aulas utilizando de critérios próprios. Anda no contexto manauara, observou-se a carência de profissionais de EF atuando nas escolas. Para além das atitudes e tomadas de decisão dos professores de EF, compreende-se que a escola é um espaço democrático, em constante evolução, que necessita de um trabalho em equipe e uma reestruturação organizacional macro que vise a aprendizagem, participação e acesso de todos os estudantes.</p>2024-03-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/13321As cotas raciais nos programas de pós-graduação da Universidade Federal de Sergipe executados em rede2023-07-31T10:24:52-03:00Lídia Carla Araújo dos Anjoslidiaanjos@academico.ufs.brEdineia Tavares Lopesedineiaufs@gmail.comSandra Morais de Jesus Bomfimsandrabomfim28@gmail.com<p>Este artigo apresenta resultados de pesquisa qualitativa sobre os programas de pós-graduação da UFS realizados sem cumprimento da Resolução n. 59/2017 CONEPE, que trata das vagas para candidatos/as negros/as. Foram pesquisados editais abertos à comunidade de 2018 a 2022, buscados no <em>site</em> da UFS. O aporte teórico se ampara em autores decoloniais que debatem o racismo e a educação libertadora, como Hooks (2017), Freire (2003), Gomes (2017) e Almeida (2020). Concluiu-se que dos 10 (dez) programas executados em rede, apenas 3 (três) reservaram vagas para negros/as. Os editais exclusivos da UFS respeitam a legislação, ao menos formalmente, sendo necessário investigar se fazem a reserva nas seleções internas e se os/as candidatos/as negros/as aprovados têm realizado matrícula e concluído os cursos.</p>2024-03-13T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/12670A canção e a construção do inédito viável: alternativas para o trabalho com a linguagem na escola2024-03-05T09:04:26-03:00Camila Farias Fragamilaffraga@gmail.comMarcos Antonio Rocha Baltarmarcosarbaltar@gmail.com<p>Entendendo a escola como um espaço propício para debater questões sociais e pensar alternativas para o que deve ser mudado socialmente, neste artigo é apresentada uma proposta de prática educativa com práticas de linguagem envolvendo as canções <em>Homem na estrada </em>e <em>Vilarejo</em>. Como referencial teórico, apoia-se em Paulo Freire para discutir acerca de <em>inédito viável</em>, <em>situações-limite</em> e prática educativa, e em Bakhtin para discorrer sobre gêneros do discurso. Os autores baseiam-se na Base Nacional Comum Curricular para posicionar a proposta no que o documento prevê para o ensino de Língua Portuguesa no Ensino Médio. Para análise das canções, utilizou-se o <em>Tetragrama de análise multissemiótica da canção </em>proposto pelo Grupo de Estudos da Canção. As atividades e problematizações apresentadas são caminhos possíveis para balizar a prática educativa com o gênero canção integrando as práticas de linguagem: <em>leitura/escuta</em>, <em>produção de textos (orais e escritos)</em>, <em>oralidade</em> e <em>análise linguística/semiótica</em>.</p>2024-03-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/12676Práticas pedagógicas integradas: um confronto entre docentes licenciados e docentes bacharéis2024-03-21T16:18:57-03:00Sthéfany Araújo Melosthefany@iftm.edu.brWelisson Marqueswelissonmarques@iftm.edu.brRobson Luiz de Françarlfranca@ufu.br<p>Tomando como marco inicial para o Ensino Médio Integrado (EMI) o Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004, acreditamos que 15 anos não foram suficientes para que as instituições que compõem a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT) se tornassem profundas conhecedoras em relação às práticas pedagógicas que corporificam a integração de ensino. Em vista disso, este artigo é resultado de uma pesquisa que objetivou investigar, por meio de entrevistas individuais com 16 docentes efetivos do IFTM Campus Uberlândia, o conceito de EMI, colocando em confronto as compreensões de docentes bacharéis e de docentes licenciados. Para isso, focamos em analisar quais são as práticas pedagógicas utilizadas por eles, em sala de aula, que favoreçam a efetivação do EMI, e possíveis dificuldades encontradas nesse processo. A base teórica deste artigo se apoiou em Maldaner (2017), Moura (2008) e Sena e Souza (2023). As entrevistas foram realizadas no mês de novembro de 2018, dentro dos limites físicos do próprio campus. A escolha dos 16 docentes entrevistados aconteceu por conveniência e pela análise de seus currículos cadastrados na Plataforma Lattes, a fim de selecionar primeiramente aqueles que apresentassem formação acadêmica apenas em licenciatura ou apenas em bacharelado. Como destaque dentre os resultados da pesquisa, identificamos que quase todos os docentes demandam a socialização de experiências exitosas, o estímulo por meio de convites à participação de atividades em conjunto, assim como a disposição dos docentes a participarem da reformulação de diretrizes institucionais, a fim de criar uma infraestrutura burocrática mais amigável à implementação da integração de ensino.</p>2024-04-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/12889 Ponderações sobre questões de gênero e sexualidade em propagandas televisivas no contexto escolar 2024-03-08T19:19:25-03:00Joseval dos Reis Mirandajosevalmiranda@yahoo.com.brPaula Cristina Gomespaulacristina6@hotmail.com<p>O objetivo do presente trabalho é compreender o ponto de vista dos/das alunos/as do 9º ano do Ensino Fundamental sobre questões de gênero e sexualidade apresentadas em propagandas televisivas. A metodologia seguiu a abordagem qualitativa, baseada em trabalho de campo colaborativo intervencionista. Os instrumentos de geração de dados foram: observação participante, roda de conversa, oficina temática e questionários. No total, 25 estudantes de uma escola pública, da cidade de Areia-PB, participaram do estudo, sendo 12 estudantes do sexo feminino e 13 do sexo masculino. Resultados mostraram que os/as discentes reproduziram estereótipos cristalizados, em relação às questões de gênero e sexualidade; o trabalho colaborativo permitiu aos/as alunos/as enxergarem, de forma crítica, as relações entre masculino e o feminino, apresentadas em propagandas televisivas.</p>2024-04-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/13993Escolas indígenas Wassu - Cocal: postulações para currículo específico – do apagamento às insurgências2023-12-11T23:02:07-03:00Valdeck Gomes de Oliveira Juniordeck.historia@gmail.comCléia da Silva Limacleialima5@gmail.comValéria Campos Cavalcantevaleria.cavalcante@penedo.ufal.br<p>Este artigo traz o recorte de uma pesquisa desenvolvida no Mestrado em Educação - PPGE/CEDU/UFAL, tendo como objetivo ressaltar os caminhos curriculares e identitários trilhados como tática de resistência e de existência em escolas do etnoterritório Wassu-cocal, Joaquim Gomes/AL. O foco está centrado nas reivindicações por um currículo específico, decolonial. Adotou-se como abordagem metodológica a pesquisa qualitativa, baseada em estudo de casos múltiplos. Neste texto, são enfatizados dados que foram recolhidos em entrevistas realizadas com as educadoras, as quais desenvolveram práticas curriculares tanto em sala de aula, como também como na atuação como coordenadoras pedagógicas. Em suma, as observações e as entrevistas realizadas demonstraram que, em seus currículos, as educadoras ultrapassaram as prescrições, valorizando os conhecimentos dos estudantes, dando lugar a práticas/experiências decoloniais, seguindo caminhos mais democráticos, emancipatórios, rompendo com as imposições do currículo prescrito. Assim, salienta-se que as práticas curriculares contra-hegemônicas se reconfiguram cotidianamente nas duas escolas investigadas, para além dos conhecimentos tradicionais do currículo.</p>2024-04-05T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/12689Educação Matemática Problematizadora na perspectiva freiriana2024-03-24T20:30:52-03:00Sandra Alves de Oliveirasandraoliveira.uneb@gmail.comReginaldo Fernando Carneiroreginaldo.carneiro@ufjf.br<p>Este artigo, recorte de uma pesquisa de Doutorado em Educação, tem como objetivo discutir os pressupostos teórico-metodológicos e epistemológicos da Educação Matemática Problematizadora nas políticas e práticas de currículos no contexto da formação docente e da práxis pedagógica, tendo em vista as contribuições da pedagogia crítica de Paulo Freire, a partir de reflexões teóricas da Revisão Sistemática de Literatura (RSL), pautadas em referências nacionais e internacionais. Destarte, para fundamentar teoricamente o tema investigado, recorreu-se à RSL nas bases de dados: Portal de Periódicos Capes, <em>SciELO, Scopus, Web of Science, ERIC, Google Acadêmico</em>, Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), considerando os protocolos específicos da revisão. As buscas consistentes e rigorosas nessas bases de dados contribuíram para constatar que não há nenhuma pesquisa na área de Educação Matemática que discute os pressupostos teórico-metodológicos e epistemológicos da Educação Matemática Problematizadora. Há evidências de sua importância e concretização nas produções científicas compartilhadas neste estudo. A Educação Matemática Problematizadora precisa ser inserida nas políticas e práticas curriculares, para possibilitar aos sujeitos dialógicos pensar criticamente os temas geradores investigativos experienciados em práticas matemáticas cotidianas; perguntar nos processos de ensino-aprendizagem da matemática para compreender conceitos e conteúdos escolares articulados com suas experiências; formular situações-problema; dinamizar a práxis pedagógica através de (re)invenções criativas com alegria e amorosidade; avaliar e narrar dialogicamente as experiências formadoras nos espaços formativos da universidade e da escola básica.</p>2024-04-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/14453 Diferentes sentidos para tempo em discursos pela alfabetização2024-02-28T14:31:11-03:00Bárbara Rocha Souzabarbara_werpel@hotmail.comAlice Casimiro Lopesalicecasimirolopes@gmail.com<p>Este artigo se debruça sobre diferentes discursos que, disseminados por intermédio de produções de pesquisadores, em sites de instituições filantrópicas e de programas educacionais, em um intervalo de dez anos (2012–2022), vêm produzindo efeitos e constrangimentos nas políticas curriculares, especialmente, para a alfabetização (Brasil, 2012; Brasil, 2018; Brasil, 2019). Sustentado pela argumentação, segundo o aporte pós-estrutural, de ser impossível uma leitura literal, única, homogênea de qualquer texto, em razão da quebra da relação necessária entre o significante e o significado, é discutido o que tem sido produzido sobre esse nome, tempo, em diferentes áreas do conhecimento. Ademais, é abordada a maneira como a escola e o currículo, de maneira provisória e precária, incorporam essas marcações no espaço da educação. A partir da condição de vagueza desta significação e da incessante produção de sentidos atinente ao diferir, o estudo aponta os múltiplos sentidos que esse nome articula, acenando para marcações que expressam uma idade certa, um método para alfabetizar e uma dada formação docente, suposta como capaz de garantir a consolidação da alfabetização em um intervalo temporal previamente estabelecido.</p>2024-04-08T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/14163Produzindo sentidos de educação integral nas escolas cidadãs integrais2023-12-18T18:37:46-03:00Ana Cláudia Silva Rodriguesanaclaudia@ce.ufpb.brJoana Karoline da Silva Eliasjoanakaroline1@outlook.comRafael Ferreira Souza Honoratorafaelhonorato@servidor.uepb.edu.br<p>Este texto se insere nos debates nacionais sobre a Política de Educação Integral. Nosso objetivo foi compreender os sentidos que têm sido produzidos nos currículos da Educação Integral no estado da Paraíba. A metodologia se amparou numa abordagem qualitativa integrada aos estudos da Teoria do Discurso (TD) de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe (2015), por esta considerar as dinâmicas de conflito, negociação e (re)configuração da realidade educacional, problematizando a luta pela produção de sentido hegemônico e os antagonismos produzidos na política. A partir de entrevistas semiestruturada com professores, gestores, estudantes e representantes de pais, foi possível identificar que a política tem funcionado em condições precárias levando em consideração a infraestrutura, formação e remuneração dos atores. O discurso curricular tem se apoiado metaforicamente na totalidade do ser, em busca de uma plenitude impossível de constituir-se em meio a atuação das políticas em que as demandas dos contextos e atores assumem prioridade na atuação.</p>2024-05-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/14867Formação e assessoria pedagógica a docentes universitários: um estudo de casos no Brasil e em Québec2024-05-22T15:24:19-03:00Cristina d’Ávilacristdavila@gmail.com<p>Esta pesquisa tem como objetivo compreender como dois centros de formação e assessoria pedagógica desempenham seu papel na formação e acompanhamento pedagógico de professores universitários. Para tal finalidade, estudamos o caso do Centre for University Pedagogy (CPU) da University of Montreal (Quebec, Canadá) e do Núcleo de formação e assessoria pedagógica (NUFAP), vinculado à Universidade Federal da Bahia (UFBA). Trata-se de duas grandes universidades urbanas que há alguns anos oferecem programas de formação e assessoria pedagógica a docentes universitários. A pesquisa é de caráter qualitativo e abordagem fenomenológica. Utilizou-se como método o estudo de casos múltiplos. Para a coleta dos dados procedeu-se à análise documental nas plataformas virtuais dos dois centros, entrevistas semiestruturadas com coordenadores, assessores pedagógicos e professores. A análise temática foi o método empregado para análise e interpretação das informações, gerando uma árvore temática a partir das unidades de significação que brotaram do estudo. Os principais referenciais teóricos no tocante à formação pedagógica: Colet e Berthiaume, 2015; Lucarelli, 2009, Cunha 2014. Sobre inovação: Pilot e Marceaux 2022; Imbernón, 2017. Sobre assessoria pedagógica, Cunha 2014. Metodologia da pesquisa, e abordagem filosófica Maffesoli, 2005; Alexandre, 2013; Paillé e Mucchielli, 2008. Como resultados foram evidenciadas semelhanças e diferenças entre as duas estruturas pedagógicas e seus sistemas de formação e de assessoria. Foram descritas também as percepções dos professores participantes quanto aos efeitos dos processos formativos em suas práticas, assim como as concepções de coordenadores e assessores pedagógicos quanto ao trabalho desenvolvido nos dois setores.</p>2024-05-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/14871A construção da escrita no português brasileiro a partir da perspectiva psicogenética construtivista2024-05-23T09:23:43-03:00Giovana Cristina Zengiovanacristinazen@gmail.comMaría Claudia Molinariclaudiamolinari55@gmail.comArizbeth Sotoasoto@cinvestav.mx<p>O artigo apresenta os resultados de um estudo longitudinal orientado pela Dra. Emilia Ferreiro com o objetivo de identificar aspectos específicos do português brasileiro no processo de construção da escrita por crianças brasileiras. Ao longo de 2019 foram realizadas duas entrevistas individuais, com um intervalo de seis meses, com 111 crianças do município de São Francisco do Conde/BA. A investigação assumiu o método clínico-crítico, cuja principal característica consiste na intervenção do pesquisador diante da conduta do sujeito, que é desafiado a resolver ou explicar uma situação-problema. A atividade realizada durante a entrevista consistia em produzir uma lista de nove palavras do mesmo campo semântico. Para análise da evolução psicogenética da escrita foram considerados tanto a produção escrita como comentários e interpretações realizados pela criança durante a entrevista. Neste artigo apresenta-se uma análise descritiva das conceitualizações da escrita, relacionando os dados produzidos nas 222 entrevistas realizadas no Brasil com pesquisas anteriores em língua espanhola. Os resultados indicam que os níveis de construção da escrita, previamente identificados em espanhol, reaparecem nesse estudo: pré-fonetizante, silábico e alfabético como níveis básicos; e silábico inicial e silábico-alfabético, como intermediários.</p>2024-05-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/11532Traçados histórico-filosófico de uma arte pedagógica da educação infantil na atualidade2024-06-03T15:29:30-03:00Gisele Ruiz Silvagisaruizsilva@gmail.comPaula Corrêa Henningpaula.c.henning@gmail.com<p>O artigo tem como objetivo analisar alguns traçados históricos e filosóficos que dão sustentação às práticas educativas desenvolvidas com crianças de 4 e 5 anos matriculadas em classes de educação infantil na atualidade. Toma como corpus analítico as estratégias metodológicas relatadas por professoras na Revista <em>Pátio Educação Infantil</em> no período de 2014 a 2018. Assume a perspectiva dos estudos foucaultianos e inspira-se na história efetiva para traçar uma breve história genealógica a respeito do pensamento pedagógico moderno, a fim de encontrar algumas pistas sobre a composição das forças que nos ensinaram as formas como realizamos nossas práticas de educação infantil hoje. Desse modo, revisita ditos de Jan Amos Comenius e Jean Jacques Rousseau, pensadores clássicos da Pedagogia Moderna, apontando-os como instauradores de discursividade sobre os modos como assumimos o pensamento pedagógico contemporâneo. Busca dar visibilidade às práticas atuais no que se refere à Educação Infantil e trata de compreender como estas foram se engendrando e se constituindo ao longo da história da Pedagogia levando à emergência de uma arte pedagógica da atualidade, a qual é entendida como uma atualização dos princípios da arte de ensinar comeniana e da arte de educar rousseauniana.</p>2024-06-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/14712Do enredo à passarela da pesquisa narrativa: os saberes experienciais na docência em matemática2024-04-26T11:10:57-03:00André Ricardo Lucas Vieiraandre.ricardo@ifsertao-pe.edu.br<p>O trabalho aborda narrativas de professores/as do Instituto Federal do Sertão Pernambucano sobre as aprendizagens experienciais do ensino de matemática tecido no cotidiano da docência. Por esta perspectiva, o artigo tem como objetivo compreender como as aprendizagens experienciais da docência em matemática emergem narrativamente dos processos de formação. O estudo é de natureza qualitativa, por acreditar que o sujeito e a realidade formativa são concebidos como indissociáveis, e na abordagem da pesquisa narrativa caracterizada por se tratar de um processo compreensivo/interpretativo das narrativas e experiências de sete colaboradores que atuam como professores de matemática do Ensino Médio no Instituto Federal do Sertão Pernambucano. O dispositivo de pesquisa foi o ateliê reflexivo, desenvolvido em seis sessões. Ao considerar tal dispositivo para este estudo, valorizou-se o ato de narrar, pois é por meio da narrativa que se tem possibilidades de entender a vida e o mundo em sua complexidade. Na medida em que se narra, o sujeito é provocado a refletir criticamente sobre os fatos da experiencia e, por isso mesmo, estes se tornam acontecimentos porque estão impregnados de significações. Os resultados permitem concluir que as aprendizagens experienciais da docência em matemática tecem-se nas micro relações formativas que os professores desenvolvem por habitar a profissão docente no cotidiano escolar, produzindo saberes e experiências do vivido. O trabalho revelou, ainda, que há preocupação dos professores com as condições de aprender dos estudantes e um ensino que esteja articulado ao cotidiano e às necessidades formativas dos alunos.</p>2024-05-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/14938Percepção de professores a respeito das práticas pedagógicas em educação sexual no espaço escolar2024-06-06T20:30:34-03:00Renata Barbosa Nunespsicorenatabarbosa@gmail.comLilia Aparecida Kananprof.lak@uniplaclages.edu.brJaime Farias Dreschprof.jaime@uniplaclages.edu.br<p>O estudo teve como objetivo analisar as práticas pedagógicas de educação sexual no espaço escolar sob a perspectiva de professores. Os participantes foram 15 professores que atuam no ensino fundamental, anos finais, em escolas particulares (5), municipais (5) e estaduais (5). Na coleta de dados, ocorreram entrevistas semiestruturadas, a partir de um roteiro com questões de interesse sobre o tema. Tais questões organizaram a coleta, reflexão e discussão de temas relacionados à educação sexual. Como resultados, encontrou-se que, em algumas escolas, quando o assunto é abordado, isso ocorre por meio de palestras com convidados externos, sendo marcadas por uma perspectiva biológica e higienista, limitadas a conceitos anatômicos e biológicos e focadas em métodos de contracepção e na evitação de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Isso se contrapõe ao que se preconiza no sentido de uma educação sexual abordada e refletida em uma perspectiva multifacetada, incluindo a diversidade sexual e de gênero, as experiências e necessidades da vida real dos estudantes. Ademais, defende-se também uma educação sexual que explore a sua criticidade e siga para além do foco tradicional, de modo a incluir seus aspectos positivos, os relacionamentos saudáveis, o bem-estar emocional, o desenvolvimento de uma autoestima positiva e considerações a respeito das influências culturais presentes nas escolas brasileiras.</p>2024-06-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/12084O uso de ferramentas digitais na educação pós-pandemia: uma análise bibliométrica2024-03-20T21:16:50-03:00Cleide Ane Barbosa da Cruzcleianebar@gmail.comAriadne Lopes Ecarariadneecar@gmail.com<p>A pesquisa tem como objetivo apresentar uma análise bibliométrica de publicações sobre o uso de ferramentas digitais na educação pós-pandemia de Covid-19. A metodologia corresponde a uma pesquisa exploratória quantitativa que realizou uma análise bibliométrica na base da Scopus utilizando as palavras-chave: <em>digital tools and education and post-pandemic</em>. Foram analisados também sete artigos com acesso aberto na base Scopus, que mostram que professores e alunos conseguiram se adaptar ao ensino remoto e ao uso das ferramentas digitais, porém ficou patente a necessidade de maior investimento por parte das instituições de ensino para que estas ferramentas possam ser melhor aproveitadas no ensino presencial. Dessa forma, entende-se a importância do uso da tecnologia na pandemia como vetor para aproximar o aluno a sala de aula, evidenciando a busca de treinamentos e de melhor infraestrutura nas escolas.</p>2024-06-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/14946Indicadores de saúde predizem o estilo de vida em professoras aposentadas2024-06-10T08:54:17-03:00Luiz Humberto Rodrigues Souzalrsouza@uneb.brBerta Leni Costa Cardosobertacostacardoso@yahoo.com.br<p>O objetivo do estudo foi identificar as variáveis sociodemográficas e indicadores de saúde capazes de prever o estilo de vida (EV) em quarenta professoras aposentadas participantes de um projeto de extensão universitária. Trata-se de um estudo transversal, de natureza quantitativa e de cunho inferencial. Foi utilizada uma ficha de avaliação para registrar os dados pessoais, sociodemográficos e indicadores de saúde das participantes. Para avaliar o EV, foi utilizado o questionário denominado ‘Perfil do Estilo de Vida Individual’ constituído pelos componentes de nutrição, atividade física, comportamento preventivo, relacionamento social e controle do estresse. Os dados foram analisados a partir da estatística descritiva e inferencial. A regressão linear múltipla apresentou dois modelos estatísticos para explicar a variabilidade do EV das professoras aposentadas (p < 0,05). No primeiro, o número de quedas foi o único preditor (β = - 0,411; t = - 2,776; p = 0,008), porém com o tamanho de efeito médio (R² = 0,169). No segundo modelo, o comportamento sedentário (CS) foi adicionado (ΔR² = 0,098; ΔF = 4,942; p = 0,032) e também foi um preditor significativo para o EV (β = - 0,315; t = - 2,223; p = 0,032) das voluntárias. Portanto, este estudo demonstrou que o número de quedas e o CS, tomados em conjunto, foram capazes de explicar 26,7% da variabilidade do EV das voluntárias, o que correspondeu a um tamanho de efeito grande. Trata-se de um desfecho importante, pois as informações acerca dos fatores que afetam o EV neste público-alvo ainda são limitadas.</p>2024-06-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/13215Adaptação curricular com comunicação alternativa no ensino remoto durante a pandemia por covid-192023-07-25T13:01:12-03:00Vera Lúcia de Oliveira Ralinverinharalin@gmail.comLaila Bianca Menezes Souza lailabiancafga@gmail.comClayne Mirelle Pereira Teixeirafgamirelleteixeira@gmail.com<p>A Comunicação Alternativa é utilizada na educação especial para auxiliar na adaptação curricular de alunos com necessidades especiais. Este artigo descreve o uso da Comunicação Alternativa no processo de adaptação curricular de uma aluna autista durante o atendimento educacional especializado remoto durante a pandemia da Covid-19. A pesquisa, de abordagem qualitativa, utiliza a metodologia da pesquisa-ação colaborativa-crítica. Os participantes do estudo são duas professoras de atendimento educacional especializado, uma aluna autista de 8 anos matriculada no 3º ano do ensino fundamental regular e as pesquisadoras responsáveis. Foram realizadas 15 reuniões ao longo de 10 meses para compreender as necessidades educacionais da aluna, analisar o projeto educacional individualizado e planejar estratégias de atividades de comunicação alternativa. Foram desenvolvidas 5 estratégias e uma prancha de Comunicação Alternativa. Os resultados mostram a aquisição de conceitos curriculares, o surgimento da fala, a expansão da interação e a intenção comunicativa da aluna.</p>2024-06-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/12899Concepções de Educação Infantil em imagens: docência performática e ativismo pedagógico no Facebook2024-05-27T12:11:02-03:00Aliandra Cristina Mesomo Liraaliandralira@gmail.comDiego Paiva Bahlsdiegobahls09@gmail.comLeandra Souza Machadoliasouza0808@gmail.com<p>O objetivo do artigo é problematizar a intensificação da docência na Educação Infantil radicada num modelo performático, dedicado a divulgar via redes sociais atividades desenvolvidas com as crianças, ao que nomeamos de ativismo pedagógico. A pesquisa, de caráter quali-quantitativo, assume uma natureza bibliográfica, exploratória e documental, e debruça-se sobre a análise e descrição de um conjunto de imagens que representam práticas educativas veiculadas nas páginas oficiais do <em>Facebook</em> de quase ¼ do total de instituições de uma cidade de médio porte no estado do Paraná. Esse fenômeno, presente em nosso tempo, refere-se à necessidade de conceder demasiada visibilidade e comprovação das ações e práticas, as quais analisadas sob o viés crítico nos revelam as concepções que permeiam o trabalho pedagógico. Apontam, ainda, que as práticas invisibilizam e silenciam crianças e professores, que se tornam reféns do produtivismo que constrange os processos criativos e imaginativos tanto da docência quanto dos sujeitos infantis.</p>2024-06-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/13001Currículo de Sergipe e governamentalidade neoliberal: tragando almas, produzindo sujeitos-coachizados2023-07-07T17:21:49-03:00Tássia Alexandre Teixeira Bertoldotassiaalexandre@gmail.comRosa Virginia Oliveira Soares de Melorosavirginia.aju@gmail.com<p class="western" lang="en-US" align="justify">A partir de memórias de uma das autoras, analisamos como o Currículo de Sergipe (CSE) aponta prescrições para produzir sujeitos. Assim, tecemos analises, aqui chamadas de <em>matutâncias,</em> problematizando documentos e tecnologias produtoras do que denominamos de <em>currículo-coach,</em> compreendendo o funcionamento e mecanismos pelos quais produzem-se subjetividades, e acessam-se as almas dos indivíduos, tornando-os <em>sujeitos-coachizados</em>. Analisamos o CSE e atividades relacionadas a ele: cursos de formação docente, conversas de WhatsApp e cadernos de Projeto de Vida. Evidenciamos como o currículo prescreve a necessidade de que todos/as da escola sejam cuidadores de si, com a versatilidade de lidar com fatores emocionais. O governamento neoliberal, por estratégias da força da normatização documental, acessa a alma dos sujeitos fazendo-os acreditar que isso é o melhor para seguirem suas vidas. Além disso, docentes são convidados e adentram nessa racionalidade, sem questionar, operando em si mesmos verdades, atuando como multiplicadores desse processo de <em>coachização</em> de sujeitos.</p>2024-07-10T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/12737O lugar dos/as professores/as na formação permanente: análises e proposições 2024-06-10T19:41:34-03:00Robson Lima de Arrudarobsonlima13@hotmail.comRobéria Nádia Araujo Nascimentornadia81@gmail.com<p>Este texto aborda o lugar dos/s professores/as na formação permanente, ensejando provocar o debate sobre a condição de passividade a que são submetidos estes profissionais em processos formativos nos quais são reduzidos a meros replicadores e fazedores do que lhes são apresentados como solução para os problemas cotidianos de suas práticas. Apoiados nos conceitos de formação permanente <em>em</em> escolas (Imbernón, 2009, 2016), de professor reflexivo (Pimenta, 2012) e saberes docentes, na perspectiva de Tardif (2014) e Freire (2020a), analisamos os dados de um questionário respondido por seis professoras e um professor dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de Vertente do Lério-PE, sobre suas experiências com as formações permanentes. Os resultados evidenciaram a insatisfação dos/as entrevistados/as com o modelo formativo vivenciado por eles/as, confirmando a urgência de um novo olhar para essas formações</p>2024-07-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/13508O espaço das artes visuais na educação infantil: a base municipal curricular de Guanambi – BA2023-08-30T09:10:57-03:00Ana Cláudia de Oliveira Freitasafreitas@uneb.brFabiana Souto Lima Vidalfabiana.vidal@ufpe.br<p>O presente artigo é fruto da pesquisa “Entre conversas e visualidades: as práticas em Artes Visuais na Educação Infantil em instituições públicas da cidade de Guanambi-BA”<a href="#_ftn1" name="_ftnref1"><sup>[1]</sup></a>, desenvolvida no Programa Associado de Pós-Graduação em Artes Visuais UFPB/UFPE, na linha de pesquisa Processos Educacionais em Artes Visuais, defendida em 2023. O recorte, ora apresentado, se concentra na análise documental da Base Municipal Curricular de Guanambi (BMCG), publicada em 2020, elaborada de acordo com as políticas públicas nacionais e estaduais em vigor, além de cuidadosa consulta à comunidade local. Nesta análise, observou-se especificamente os apontamentos referentes às Artes Visuais nas escolas de Educação Infantil/pré-escola e constatou-se que o documento reconhece as Artes Visuais como uma das linguagens infantis, portadora de conteúdos próprios. Entretanto, em seu texto ainda é possível perceber brechas que necessitam ser melhor compreendidas, ao que reafirmamos ser necessária e indispensável uma contínua nutrição estética/artística do corpo docente e gestor das instituições, de forma a permitir que as ações empíricas se estabeleçam como proposições, que potencializem a presença das Artes Visuais nos estabelecimentos de forma crítica e que atenda às necessidades de criação das crianças e também das pessoas adultas que ali se encontram.</p> <p> </p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1"><sup>[1]</sup></a> Disponível em: <u><a href="https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26737">https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26737</a></u></p> <p> </p>2024-07-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/12894A avaliação educacional pernambucana: uma modernização por meio das lógicas da fantasia2024-07-16T14:19:49-03:00Divane Oliveira de Moura Silvadivane.oliveira@ufpe.brKarla Wanessa Carvalho de Almeidakarla.wanessa@ufpe.brKátia Silva Cunhakatia.scunha@ufpe.br<p>Este artigo é um recorte de uma pesquisa mais ampla desenvolvida no Laboratório de Pesquisa em Políticas Públicas, Currículo e Docência da Universidade Federal de Pernambuco. Ao compreendermos o campo educacional como campo político, problematizamos a avaliação educacional utilizada pela rede pública pernambucana, ancoradas na ontologia política pós-estruturalista formulada pela Teoria do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe (2019), com a abordagem proposta por Jason Glynos e David Howarth (2018) no enfoque às lógicas da fantasia, ou fantasmáticas. Neste extrato, temos como objetivo expor as razões precárias e contingenciais pelas quais regimes e práticas avaliativas do sistema educacional pernambucano podem (ou não) se fixar aos sujeitos. Trabalhamos com objetos e condições discursivas que tornam padrões ou rotinas de articulações possíveis, em vistas à hegemonia da avaliação educacional proposta pelo Programa de Modernização da Gestão Pública - Metas para a Educação de Pernambuco. Nossos resultados, apontam a existência de construções discursivas míticas que intencionam uma hegemonia da significação do que vem a ser a função da escola, qualidade do ensino, e construção curricular. O controle ideológico sobre o discurso da avaliação educacional pernambucana, tem oferecido uma narrativa de plenitude, operando na promessa de cobrir a falta constitutiva. No entanto, aquilo que promete suprir é o que reproduz, perpetuando a condição de desejo do sujeito.</p>2024-07-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/15148Autismo, biopolítica e educação: entre peças que emolduram o quebra-cabeça da normalidade2024-08-02T12:28:26-03:00Perolina Souza Telesperolinasouza@hotmail.comFabio Zobolizobolito@gmail.comSilvia Ester Orrúseorru7@gmail.com<p>A vida da pessoa com autismo está tutelada por um catálogo normalizador da biopolítica. A partir dessa afirmação, o presente ensaio objetiva interpelar o conceito de biopolítica e, a partir dele, tensionar o autismo, enquanto um diagnóstico que emoldura os sujeitos via dispositivo da normalidade. Como ferramentas analíticas utilizamos a inclusão escolar de alunos com autismo e indicadores como a medicalização. Partimos do pressuposto que ambos têm funcionado também como dispositivos de usos políticos destes corpos. Conclui-se que a presença desses corpos com autismo, incluídos na sociedade, deve ser vista como prenúncio de novas estéticas e novas políticas. São corpos que questionam expressões como anormal/patológico, na tentativa de concebê-las como potência que possibilitam a ampliação de fronteiras para uma nova norma de vida.</p>2024-08-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/15149Formação continuada e experiências docentes na educação básica: o que dizem os estudos2024-08-02T14:06:25-03:00Eliane Silva Souza elianesouza@outlook.comMary Valda Souza Salesmarysales@uneb.br<p>Este artigo busca compreender como as experiências docentes são entendidas e incorporadas nos estudos desenvolvidos sobre a formação continuada de professores da Educação Básica. Se origina do levantamento e análise de estudos disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), produzidos entre 2017 e 2021. A partir dos estudos analisados, conclui-se que as experiências docentes são elementos importantes para a formação continuada na Educação Básica, podendo ser compartilhadas, discutidas, analisadas e refletidas coletivamente em processos formacionais colaborativos que têm a escola como <em>lócus</em> privilegiado de formação, desenvolvidos através da ação protagonista dos professores, propiciando o desenvolvimento profissional e a transformação da escola, das práticas pedagógicas e da aprendizagem dos estudantes.</p>2024-08-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/14650A BNCC e a formação de professores do campo no território de identidade Velho Chico na Bahia2024-04-13T11:36:45-03:00Arlete Ramos dos Santosarlerp@hotmail.comIgor Tairone Ramos dos Santosramosdossantosigortairone@gmail.com<p>Este artigo aborda a formação de professores do campo e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), considerando dois aspectos: o contexto da Educação do Campo em relação à formação docente, com destaque para o Território de Identidade Velho Chico (TIVC), na Bahia; as contradições evidenciadas na prática pedagógica dos docentes a partir da formação continuada ofertada pelas redes municipais. Os dados foram coletados por meio de questionários e análise documental. A pesquisa é de tipo qualitativa, analisada com pressupostos do Materialismo Histórico Dialético, os resultados evidenciam que a política nacional de formação de professores tem se ajustado ao que preconizam as agências internacionais, e que merece maior atenção as contradições das normatizações vigentes na compreensão da Educação do Campo emancipatória, pois a fragmentação da formação na parte curricular dedicada à prática docente como hoje se apresenta no recorte espacial analisado, observa-se mais o que se denomina de Educação Rural.</p>2024-08-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/13783As publicações acerca da Ciência Aberta na base de dados ERIC: um estado da arte2024-07-22T08:41:28-03:00Maria Aparecida Alves da Costamaria.alves@ifce.edu.brKarla Angélica Silva do Nascimentokarla.asn@gmail.comFrancinalda Machado Stascxaknaldastascxak@gmail.com<p>O movimento com o qual a Ciência Aberta está relacionada vem ganhando adeptos no mundo todo. O objetivo desse artigo foi construir um inventário das produções científicas indexadas na base de dados internacional ERIC no que concerne à Ciência Aberta no interstício entre 2019 e 2023. O percurso metodológico amparou-se na pesquisa denominada Estado da Arte. As buscas no portal deram-se no dia 12 de setembro utilizando o descritor “open science” na mencionada base. Desse itinerário, resultaram 19 trabalhos que foram analisados neste estudo. Os resultados mostraram que a Ciência Aberta é um movimento que vem ganhando força na última década e que tem como finalidade compartilhar o saber de forma ampliada para que possa permitir a replicabilidade de pesquisas como artifício indispensável para ressignificar a realidade.</p>2024-09-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/12798Aprendizagem, estressores e resiliência de acadêmicos da área da saúde na pandemia da covid-192024-07-10T14:43:43-03:00Monika Menschmonika.mensch@rede.ulbra.brLuiz Carlos Porcello Marroneluiz.marrone@ulbra.brAlice Hirdesalice.hirdes@ulbra.br<p>A pandemia da COVID-19 impactou em várias áreas da saúde e nos acadêmicos foram substanciais as modificações em face à mudança na rotina, acumulada com a tensão decorrente da forma remota de ensino. Diante disso, os objetivos do estudo foram investigar a compreensão de estresse, sob a perspectiva dos acadêmicos, a relação dos acadêmicos com o processo de aprendizagem e os fatores que proporcionaram resiliência durante a pandemia. Trata-se de um estudo qualitativo, realizado com 22 acadêmicos dos cursos de Fisioterapia, Enfermagem, Farmácia e Biomedicina de uma instituição de ensino superior privada da região norte do Brasil. Os dados foram analisados mediante análise de conteúdo na modalidade temática. Os resultados evidenciam que os fatores que contribuíram para o estresse dos acadêmicos estão relacionados à falta de rotina e a ambiente inadequado para o estudo; à falta de interação social e de convívio presencial com os professores; às dificuldades com o ensino nas aulas práticas e nos estágios. Os fatores que contribuíram para a resiliência foram o suporte da família, dos amigos e a religiosidade. Conclui-se que a transição abrupta para o ensino à distância durante a pandemia impôs uma série de desafios significativos para os acadêmicos no que tange à adaptação e à resiliência frente às aulas remotas.</p>2024-09-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/12746As interfaces entre a Educação do Campo e Agroecologia nos projetos educativos da Ecoescola Thomas a Kempis2024-09-03T09:31:33-03:00Francisco de Assis Santosfranciscosantos10353510@gmail.comElmo de Souza Limaelmolima@gmail.com<p>A Educação do Campo e Agroecologia se constituem como partes indispensáveis a estratégia de construção de um novo projeto de sociedade pautado no princípio da sustentabilidade e da justiça social, referenciados na cooperação, na valorização dos diferentes saberes e no respeito as diversas formas de vida que constituem os agroecossistemas. Este artigo visa discutir sobre o processo de aproximação entre Agroecologia e a Educação do Campo nos projetos educativos da Ecoescola Thomas a Kempis, destacando as possibilidades de construção de conhecimentos comprometidos com a construção de outro projeto de vida no campo. A pesquisa foi desenvolvida na Ecoescola Thomas A Kempis, localizada no município de Pedro II - PI, a partir da abordagem crítico-dialética. No processo de construção dos dados, utilizamos a pesquisa documental, a entrevista semiestruturada e as rodas de diálogo. Os diálogos estabelecidos com os sujeitos da pesquisa evidenciaram que os projetos educativos desenvolvidos a partir da agroecologia possibilitaram a articulação entre os conteúdos disciplinares e os conhecimentos gerados a partir das experiências dos camponeses. Além disto, os conhecimentos produzidos a partir destes projetos promovem uma formação técnica e política dos educandos/as, associada à construção de outro projeto de vida no campo, pautado nos princípios da sustentabilidade, na cooperação e na luta pela transformação social.</p>2024-09-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/13203Perspectiva das coordenadoras pedagógicas sobre a formação continuada docente quanto à BNCC2024-08-07T08:40:32-03:00Beatriz Vieira Magdalenobvmagdaleno@gmail.comRejane Waiandt Schuwartz de Carvalho Fariarejane.faria@ufv.br<p>Este artigo objetiva discutir as ações de formação continuada dos professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental das escolas estaduais no município de Viçosa/MG, a partir do olhar das coordenadoras pedagógicas. A proposta metodológica é de cunho qualitativo e os dados foram produzidos por meio de questionários e entrevistas semiestruturadas. Os dados foram categorizados a partir das percepções e transcrição dos diálogos, e analisados por meio da triangulação com o referencial teórico-metodológico do Ciclo de Políticas, formulado por Stephen Ball e Richard Bowe (1992). Mais especificamente, utilizamos a abordagem do contexto da prática para a análise dos dados deste artigo, já que se trata de apresentar o processo de implementação da BNCC enquanto nova política educacional obrigatória em todo território nacional. A análise aponta que a formação continuada ocorrida até então teve caráter técnico e descritivo quanto à BNCC, sem abertura para debates críticos, situação agravada pela precarização do trabalho docente devido à pandemia de COVID-19. As resoluções que tratam das formações continuadas docentes são marcadas por habilidades e competências que os professores devem ter para ensinar de acordo com a Base.</p>2024-10-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/13559Avaliações municipais e a relação com o IDEB, segundo o questionário contextual do SAEB 20192024-08-26T16:49:25-03:00Eloisa Maia Vidaleloisamvidal@yahoo.com.brJoão Batista da Silvajoaobatista.silva@aluno.uece.brIasmin da Costa Marinhoiasmin.costa@uece.brJaana Flávia Fernandes Nogueirajaananogueira@gmail.com<p>O artigo é fruto da pesquisa <em>Municípios Eficazes na Gestão da Aprendizagem</em>, financiada pela FGV, e utiliza as questões relativas à temática da avaliação do questionário contextual do Saeb 2019, aplicado aos secretários municipais de educação. É um estudo de natureza quantitativa, utilizando os microdados disponibilizados pelo Inep, processados em planilhas de <em>Excel </em>do <em>Microsoft® Office®, </em>tratados por meio de estatística descritiva. A análise evidencia o forte protagonismo que as avaliações em larga escala adquirem nas redes municipais, especialmente após a criação do Ideb. A proliferação de mecanismos de avaliação externa nos municípios mostra a preocupação e capacidade de conformação a uma política concebida no modelo <em>top down</em>, que demanda ajustes sistêmicos nas redes escolares. Suas intencionalidades são múltiplas e diversas, destacando-se: repercussão no planejamento e gestão da educação, monitoramento dos resultados de aprendizagem das escolas e alunos, avaliação dos professores, modificações nos currículos escolares e produção de materiais didáticos.</p>2024-10-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/15396“Eu achava que eu não ía conseguir...”. Trajetórias escolares De jovens em contexto de vulnerabilidade social2024-09-30T16:21:10-03:00César Oliveira Carneirocesar.carneiro@ucsal.edu.brLívia A. Fialho da Costafialho2021@gmail.com<p>No Brasil, apesar do ensino público gratuito no nível básico ser um direito constitucional das crianças e adolescentes até os 17 anos, a construção da trajetória escolar de um estudante de escola pública demanda uma série de investimentos familiares que desafiam desde o tempo disponível para ações de transmissão do capital cultural familiar e gastos com serviços e materiais necessários ao dia a dia do estudante. Este artigo é fruto de uma pesquisa com abordagem qualitativa, realizada a partir de uma escola pública frequentada por estudantes residentes em bairro de periferia de Salvador, Bahia. O estudo, que privilegiou os conceitos de vulnerabilidade social, capital cultural/social e projetos de vida, objetivou analisar as relações entre o contexto de vulnerabilidades sociais e os desafios enfrentados para permanecer no ensino médio e visar dar continuidade aos estudos. A partir de narrativas de doze estudantes, meninos e meninas, egressos de uma instituição, investigamos a experiência da família com relação ao acesso e manutenção dos filhos na escola. A pesquisa de campo foi realizada entre 2019 e 2023. A análise mapeou e nominou as diversas vulnerabilidades sociais: manter-se na escola exige recursos, tempo e energia dos estudantes e familiares. O envolvimento dos estudantes com atividades extraescolares contribui para a ampliação do capital social, embora os benefícios desta contribuição sejam mitigados pelas distâncias das suas residências para os locais onde há oferta destas atividades (cursos, estágios ou trabalho). As questões ligadas à infraestrutura urbana e à violência mostram-se fatores impeditivos de expansão e acúmulo de capital cultural. </p>2024-10-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/13488Governança da educação básica no nordeste brasileiro: ações de parceria entre mec e o PNUD2023-08-27T11:33:53-03:00Elainy Paula Viturino Brazelainybraz@gmail.comGeorgia Sobreira dos Santos Cêagecea@uol.com.brInalda Maria dos Santosinaldasantos@uol.com.br<p>É cada vez mais recorrente associar a ideia de parcerias público-privadas ao campo da educação, por funcionarem como mecanismos de governança que tentam adequar os sistemas educacionais nacionais a um projeto de educação global. Em virtude disto, o PNUD tem sido um dos principais parceiros do Ministério da Educação (MEC) e dos governos brasileiros, com programas que se propõem a inovar para solucionar os problemas de toda ordem da educação pública e, consequentemente, melhorar os índices de qualidade da educação e reduzir a pobreza em nível nacional. Por meio de fundamentação teórica de matiz crítico-dialética, se objetiva destacar aspectos da governança da educação a partir da relação do PNUD com governos locais do Nordeste brasileiro. Conclui-se que o PNUD tem sido um dos principais agentes da governança da educação brasileira, em especial na região do Nordeste brasileiro. Devido aos baixos índices sociais, os programas que foram atuantes na educação pública tinham a função de tentar atender às pautas do sistema do capital, articulando a agenda de política global à política da gestão local da educação.</p>2024-10-22T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/15490Desafios na elaboração e validação de instrumentos de pesquisa na área de educação em Moçambique 2024-10-24T10:02:02-03:00Vital de Melo Lopes Napapachanapapachav@gmail.comRicardo Franklin de Freitas Mussirimussi@yahoo.com.brDamasco Rocha Mateus Chalengadamascomateus@gmail.com<p>A qualidade de uma pesquisa é determinada pelo rigor nos seus métodos. Uma colecta de dados exitosa depende da robustez dos instrumentos para a sua obtenção, conforme a sua validade, objectividade e fiabilidade. Assim, este trabalho de natureza qualitativa, do tipo revisão de literatura, objectiva analisar os modelos de elaboração e validação dos instrumentos de recolha de dados em pesquisas educacionais das instituições de ensino superior moçambicanas. Para o efeito, foram revistos 30 trabalhos de culminação de licenciatura e 30 de mestrado, com análise focada na parte metodológica, nomeadamente quanto aos procedimentos de elaboração dos instrumentos e sua validação. Os resultados revelaram que os instrumentos são elaborados pelos estudantes e revistos pelos seus supervisores e co-supervisores. Metodologicamente os trabalhos analisados fazem restrita menção (três dissertações) da adopção de algum processo que possa ser reconhecido como um esforço para a validação dos instrumentos de pesquisa, no entanto, não adoptam rigorosamente os critérios técnicos para esse propósito. Então, para que os achados das pesquisas sejam ainda mais qualificados, sugere-se que os trabalhos de culminação de curso em Moçambique, tanto da graduação como da pós-graduação, comecem a adoptar maior rigor metodológico sobre os procedimentos de elaboração e validação dos instrumentos para a obtenção dos dados.</p>2024-10-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/13564Pesquisa-ação em Educação: um mosaico teórico-metodológico2024-10-15T20:06:44-03:00Douglas Pereira da Costadouglascostapedagogo@hotmail.comMaria da Glória Carvalho Mouraglorinha_m@yahoo.com.br<p>Este artigo buscou refletir sobre experiências formativas em um curso de doutorado e em um grupo de pesquisa, articulando-as com as bases epistemológicas estudadas no curso e com os pressupostos teóricos e metodológicos adotados por estudos em nível de pós-graduação <em>stricto sensu</em> realizados pelos integrantes do grupo, de modo a construir um mosaico teórico-metodológico de pesquisa-ação em Educação. Trata-se de um estudo teórico-reflexivo que problematiza a teoria a partir de elementos experienciais e empíricos. Foram identificadas as tesselas que compuseram o mosaico, com destaque para as práticas da docência como significativo objeto de estudo da pesquisa-ação com professores e/ou estudantes em contextos socioeducativos, propiciando a ressignificação das práticas. Essa opção de pesquisa rompe com princípios (neo)positivistas, aproximando-se daqueles pragmatistas e dialéticos, possibilitando a práxis investigativa em trajetórias cíclicas, reflexivas e formativas. Portanto, é compreendida em uma perspectiva plural, crítica, colaborativa, (trans)formativa e emancipatória.</p>2024-10-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/14196A Escola da Ponte: do ensino emergencial ao regresso às aulas presenciais2024-10-23T14:12:45-03:00Fabíola Pereira Sarmento da Fonsecafabiola.sarmento1987@gmail.comCarla Vilhenacvilhena@ualg.pt<p>A pandemia causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 impôs uma transformação repentina da vida quotidiana. A escola teve de se adaptar rapidamente a essa nova realidade, adotando o que se veio a designar de Ensino Remoto de Emergência (ERE). Este trabalho teve como objetivo analisar o impacto da passagem ao ERE num contexto particular, a Escola da Ponte, uma escola com um modelo pedagógico assente no trabalho colaborativo e autónomo. Mais concretamente, pretendemos: compreender as percepções dos docentes acerca dos desafios que se colocaram à comunidade educativa da Escola da Ponte, na passagem ao ERE; analisar as estratégias utilizadas pelos docentes para manter a proposta do “Projeto Educativo: Fazer a Ponte” no período de ERE; descrever o processo de retoma do ensino presencial, num contexto pandémico. Optamos por uma abordagem metodológica de natureza qualitativa, mais concretamente pelo estudo de caso. Os resultados revelam que as estratégias adotadas pelos docentes da Escola da Ponte no período de transição para o ERE e no regresso às aulas presenciais foram fundamentais para mitigar as desigualdades sociais e educativas existentes e garantir continuidade no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Apesar das restrições, observou-se, neste período, inovação nas práticas pedagógicas, especialmente pelo uso das plataformas e tecnologias digitais, assente no trabalho colaborativo.</p> <p> </p>2024-11-01T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/14470Desigualdades na escolarização e uso da internet para aprendizagem entre jovens e adultos no Brasil2024-11-04T15:12:33-03:00Flávia Longoflongo@unicamp.brMaria Clara Di Pierromcpierro@usp.br<p>As desigualdades observadas na educação formal da população jovem e adulta brasileira ocorrem também na aprendizagem não formal? Considerando-se os eixos teórico-conceituais de curso de vida, educação ao longo da vida, mudanças demográficas e uso da internet para fins de aprendizagem, investiga-se se os diferenciais nos marcadores de desigualdade caracterizados por idade, sexo, cor, região de residência e faixa de renda são comuns às dimensões de educação formal (alfabetização, frequência escolar, média de anos de estudos) e não formal (uso da internet para consultar enciclopédias, ler jornais/revistas, realizar atividades escolares e estudar por conta própria). Os referidos eixos teóricos foram empregados enquanto norteadores para exploração dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, 2005 e 2015) e da Pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC-Domicílios, 2010 e 2019). Os resultados foram obtidos por meio da aplicação de técnicas de estatística descritiva, incluindo-se a normalização para comparação entre as diferentes populações e anos. Nos períodos considerados, assinala-se que houve ampliação da escolaridade média da população adulta, principalmente dentre os mais jovens, mas houve decréscimo da participação dos adultos no ensino formal. O uso da internet para atividades relativas à aprendizagem se intensificou, sobretudo na região Nordeste do país. À exceção dos diferenciais segundo sexo, os marcadores de desigualdade permanecem os mesmos, porém, dentre os anos analisados registra-se diminuição das diferenças entre os grupos sociodemográficos selecionados.</p>2024-11-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/15563Adoecimento e silêncio: sentidos do não dizer em pesquisas narrativas 2024-11-11T15:55:02-03:00Emília Karla de Araújo Amaralemiliakarlaamaral@gmail.comElizeu Clementino de Souzaesclementino@uol.com.br<p>O texto resulta de pesquisa sobre narrativas e afastamento da escola, centrando-se na análise de percepções de crianças e familiares em situação de hospitalização. Centra-se na experiência vivenciada durante as entrevistas com uma das participantes, em que o silêncio se fez marcante e levou-nos a aprofundar discussões sobre o não dizer em pesquisas narrativas. A pesquisa realizada é do tipo qualitativa e narrativa, por trabalhar com o universo dos significados, crenças, valores e atitudes do sujeito, assim como das percepções dos entrevistados, suas reflexões sobre sua condição, dificuldades encontradas nas vivências com a hospitalização, reações, gestos e como expressa suas experiências através do desenho. O que não se esperava era encontrar tão grande dificuldade com o ato de narrar. Esse processo acabou por impulsionar a reflexividade (auto)biográfica, principalmente por parte de quem estava ali para escutar. Quatro pessoas participaram do estudo, mas aqui refletiremos sobre a participação de uma adolescente de 14 anos, hospitalizada há mais de um mês, com vistas a entender como o seu “não dizer” é impregnado de sentidos e, assim como o dizer, faz parte de uma história, de um processo identitário abalado pelo adoecimento.</p>2024-11-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/13491Os caminhos da promoção de saúde e do Programa Saúde na Escola: o contexto de influência2024-10-26T09:43:36-03:00Murilo Marques Scaldaferrimuriloscaldaferri@uesb.edu.brGabriela Sousa Rego Pimentelmeg.pimentel@uol.com.brEdinaldo Medeiros Carmomedeirosed@uesb.edu.br<p>A promoção da saúde, diferentemente da prevenção, não está voltada para resolução de um problema específico. Trata-se de ações que visam a manutenção da saúde, considerando as diferentes realidades, na busca por qualidade de vida. Marcos políticos, como a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a formulação dos Parâmetros Curriculares Nacionais aproximaram as ações de promoção da saúde do ambiente escolar. O Programa Saúde na Escola, resultado de uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação, busca a conexão desses setores. Mediante análise documental, o Ciclo de Políticas proposto por Ball e colaboradores, foi tomado como aporte teórico-metodológico para compreender o Contexto de Influência que esteve por trás da formulação do Programa. Os resultados apontam que as mudanças no conceito de saúde e da promoção de saúde, bem como o papel da escola foram os principais marcos que estiveram ligados à formulação desse Programa. Ele apresenta um discurso inovador, com a proposta de romper o caráter assistencialista e adotar o modelo da promoção da saúde no ambiente escolar, apostando na intersetorialidade. Nesse sentido, considera-se que o ambiente escolar é um espaço potente para se falar de saúde e forte aliado na aproximação com a comunidade, fronteira relevante no desenvolvimento de políticas públicas dessa natureza.</p>2024-11-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/15541Um olhar para o estágio supervisionado a partir de narrativas docentes2024-11-04T16:38:14-03:00Cícera Maria Mamede Santoscicera.mamede@ufca.edu.brMaria Julieta Fai Serpa e Salesmaria.julieta@uece.brMaria Marina Dias Cavalcantemaria.marina@uece.br<p>Esta pesquisa tratou a respeito do Estágio Supervisionado, que se constitui como campo teórico-prático de conhecimento que faz parte da formação inicial da carreira docente, também inserido na matriz curricular dos cursos de Licenciatura do país. O estudo teve como objetivo geral compreender o Estágio Supervisionado a partir de narrativas docentes. Tratou-se de uma investigação qualitativa, cujo método foi a pesquisa narrativa, oportunidade em que foram entrevistados quatro professores de cursos de Licenciatura em Filosofia e Música de uma universidade pública do Sul do Ceará. Outrossim, recorreu-se à Análise Textual Discursiva para analisar os dados produzidos. A partir das narrativas, foi possível reconhecer a essencialidade de uma formação pautada pelo diálogo, pela atitude de escuta e convite ao saber, aspectos estes relacionados à racionalidade crítica. Desse modo, a formação dialógica marcou presença em todo o percurso formativo da graduação, sobretudo no Estágio, até a concepção e atuação docente atual dos participantes.</p>2024-11-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/15579A garantia do direito à educação, no Brasil, frente à política econômica de austericídio fiscal2024-11-17T07:57:58-03:00Carlos Augusto de Medeiroscamedeiros.bsb@gmail.comOrlando dos Santos Oliveira Filhoorfilho57@gmail.comMaria Dolores Melo do Nascimentodolores.cg@hotmail.com<p>A garantia do direito à educação, no Brasil, frente à política econômica de <em>austericídio</em> fiscal. Trata-se de resultado parcial de pesquisa em andamento, na Universidade Federal de Campina Grande. Possui por objetivo analisar os desafios à garantia do direito à educação, no Brasil, a partir da política econômica de <em>austericídio</em> implantada com o golpe de 2016. Pautada no materialismo histórico e dialético, com ênfase nas categorias metodológicas da contextualização, totalidade e historicidade, recorre à pesquisa bibliográfica e documental. Os principais resultados encontrados foram: o PNE 2014-2024, compromisso social assegurado constitucionalmente, não teve a maior parte das metas alcançadas e, as que foram, apontam para estagnação ou retrocesso; o gasto com educação, em 2024, não atingiu os 10% do PIB previstos chegando tão-somente à metade disso; a EC 95/16 criou a ideologia das contrarreformas em curso, após o golpe, forjando o consenso social; apesar do consenso, a austeridade fiscal responde por baixos crescimentos de países ao longo do mundo; essa, se aplica sobre os avanços sociais pactuados na CF/88, não tendo efeito sobre pagamento de serviços, juros e amortizações da dívida pública; não há diferenças significativas entre o antigo e o atual teto de gastos, trata-se, apenas de ritmo e não de sentido.</p>2024-11-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacionalhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/14932Trajetórias de vida-pesquisa-formação: discurso de professora emérita2024-06-06T09:33:50-03:00Dalila Andrade Oliveradalilaufmg@yahoo.com.br<p>Discurso proferido pela professora doutora Dalila Andrade Oliveira na ocasião da Cerimônia de Recebimento do Título de Professora Emérita da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 02 de outubro de 2023, na Faculdade de Educação (FaE).</p>2024-06-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Práxis Educacional