ENSAIO SOBRE A CONTRAPOSIÇÃO MARXIANA À TEORIA DO GÊNIO
DOI:
https://doi.org/10.22481/rbba.v6i2.3662Palavras-chave:
Teoria do gênio, Contradições sociais, Arte, ArtistaResumo
Durante muitos séculos da história ocidental, a tradição filosófica vem atribuindo aos gênios toda a responsabilidade pela criação artística, compreendendo esta última como um desdobramento necessário e, portanto, inevitável resultante da inspiração transcendental e da personalidade peculiar característica de alguns poucos sujeitos iluminados. Em linhas gerais, os principais expoentes da história da filosofia ocidental, de Platão até Hegel, conceberam o gênio como preceptor daquelas consideradas como sendo as mais belas obras já produzidas pela humanidade. Somente a partir do segundo quartel do século XIX, Marx e Engels romperam radicalmente com esta concepção, compreendendo a arte e o artista, não como singularidades puras manifestas no mundo médium da relação entre o transcendental e o material, mas como sujeitos históricos, fruto e expressão das contradições sociais inerente às sociedades de classes.
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