FAZER ESCOLA E ESTAR NA CULTURA: O CASO DOS TUPINAMBÁ DE OLIVENÇA, BAHIA

Autores

  • José Valdir Jesus de Santana
  • Clarice Cohn

DOI:

https://doi.org/10.22481/rbba.v7i1.4071

Palavras-chave:

Cultura., Escola., Tupinambá

Resumo

Nesse artigo, mesmo diante dos limites que se impõem, posto que não é possível apresentar a densidade dos dados produzidos durante a pesquisa do doutorado a partir da etnografia que realizamos sobre a escola dos Tupinambá de Olivença, entre abril de 2011 e maio de 2012, interessa-nos lançar pistas acerca dos modos e formas como este povo têm produzido suas escolas e do como, neste processo, são atualizadas relações de parentesco, sentidos para a cultura e o estar na cultura e do como, no limite, a escola atua em defesa do território, no fortalecimento das áreas de retomadas e na luta por sua demarcação.

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Publicado

2018-07-26

Como Citar

de Santana, J. V. J., & Cohn, C. (2018). FAZER ESCOLA E ESTAR NA CULTURA: O CASO DOS TUPINAMBÁ DE OLIVENÇA, BAHIA. Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo Entre As Ciências, 7(1), 250-277. https://doi.org/10.22481/rbba.v7i1.4071

Edição

Seção

Dossiê Temático