https://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/issue/feedRevista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciências2024-12-12T00:00:00-03:00José Rubens Mascarenhas de Almeidarbba@uesb.edu.brOpen Journal Systems<div align="justify">A <strong>REVISTA BINACIONAL BRASIL-ARGENTINA: DIÁLOGO ENTRE AS CIÊNCIAS</strong> (ISSN: 2316-1205) trata-se de uma publicação acadêmico-científica digital, de periodicidade semestral, pautada nos princípios da Ciência Aberta, visando promover a democratização do acesso à informação científica de forma transparente e acessível, colaborativa, contribuindo para o processo de produção e disseminação do conhecimento. Trata-se de um produto do projeto Multidisciplinaridade na Educação, do Programa Binacional dos Centros Associados de Pós-Graduação Brasil/Argentina (CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / SPU - Secretaria de Políticas Universitárias), mantido por convênio estabelecido entre o Museu Pedagógico da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB, Brasil) e o Programa de Pós-Graduação em Didáctica de las Ciencias Experimentales, da Universidad Nacional del Litoral (UNL, Argentina).</div>https://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/14516Concepções sobre ciência em professores de Biologia. Um estudo no contexto do ensino médio - Argentina2024-03-12T09:50:37-03:00Sofia Sol Martinsofiamartin@mdp.edu.arMaria Basilisa García Bachibagarcia@mdp.edu.ar<p>As concepções de ciência que os professores têm poderão estar a funcionar como obstáculos epistemológicos à apropriação dos aspectos inovadores que as orientações curriculares promovem. O objetivo deste trabalho é descrever essas concepções em professores de Biologia que acessam cursos estaduais de formação de professores na Argentina e como os resultados se relacionam com variáveis como idade, formação básica e antiguidade docente. Um questionário foi aplicado em 76 sujeitos. Foi encontrado um grupo de professores com posicionamentos vinculados a visões mais relativistas em todas as dimensões investigadas, enquanto em um segundo grupo, a maioria, os posicionamentos tornaram-se mais realistas empiristas quando analisada a dimensão referente ao método científico. A discussão em torno dos resultados permite-nos sugerir a importância de propostas de formação continuada de professores que estimulem a reflexão sobre as próprias crenças dos professores e que promovam, eventualmente, a redescrição de tais representações para formatos mais atuais, de tal forma que, alcançando um discurso construtivista, as mudanças são evidentes nas salas de aula de ciências.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15458A construção da Educação Antirracista em uma perspectiva garantista2024-11-20T10:58:07-03:00Karollayne Nunes dos Santos Freitaskarollaynenuness@outlook.com<p>O presente trabalho analisa a construção da educação antirracista, considerando a perspectiva garantista de Luigi Ferrajoli, especificando a discussão no âmbito do direito fundamental à educação em condições de igualdade. Tem o objetivo de examinar o texto legal estabelecido no art. 205 da Constituição Federal e no art. 76-A da Lei n. 10.639/2003, considerando o caráter sociojurídico que reveste o direito à educação. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi adotada a abordagem dedutiva, analisando premissas gerais, para a discussão aprofundada da legislação, com base na revisão de literatura. Assim, o método de procedimento utilizado segue a pesquisa bibliográfica e documental, a partir da reunião de textos científicos e legislação pertinente. Nesse contexto, compreende-se que apesar dos avanços jurídico-legais, o caminho para a construção de uma Educação antirracista é calcado por obstáculos, principalmente aqueles de natureza política, dificultando o acesso e a efetividade das políticas educacionais em igualdade para todos. Por fim, ressalta-se a necessidade do debate acadêmico e social sobre a temática e, paulatinamente, a importância de contribuições interdisciplinares para a expansão do conhecimento acerca da imprescindibilidade da construção de uma Educação Básica Antirracista.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15280Negacionismo, revisionismo e História Pública: Brasil entre armas e livros sob uma perspectiva crítica2024-08-30T09:24:55-03:00Cristiano Lima Ferrazcristiano.ferraz@uesb.edu.brJoao Henrique Rocha da Silvariquesilvarocha8@gmail.comEmanuelle da Silva Freitasemanuellef.s04@gmail.com<p>O objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão acerca dos negacionismos que permeiam o tema da ditadura militar no Brasil (1964-1985). Para tanto, analisamos o filme/documentário produzido pela Brasil Paralelo intitulado “1964: Brasil entre armas e livros”. Entende-se que este material seja representativo de uma forma de tratar a história que consideramos ser negacionista, apesar de se autodeclarar “revisionista”. Isso porque não se baliza pelos parâmetros científicos da pesquisa histórica e, mais que isso, procura, através do “revisionismo”, emplacar uma visão distorcida do passado a fim de legitimar interesses políticos, econômicos e sociais no presente. Assim, faz-se necessária uma análise dos falseamentos e interesses por trás dessas pretensas revisões sobre o passado, partindo dos métodos e ferramentário da história enquanto ciência. É urgente a entrada dos historiadores nestas discussões, procurando debater e construir uma história pública de qualidade.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15041Concentração da estrutura fundiária e conflitos por terra em municípios baianos cortados pela Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL)2024-08-07T14:57:18-03:00Suzane Tosta Souzasuzane.tosta@uesb.edu.brJânio Roberto Diniz dos Santosjrdsantos@uesb.edu.brTiê de Almeida Santostiesantcs@hotmail.com<p>As grandes obras promovem transformações espaciais e, em geral, encontram-se vinculadas aos interesses do capital e do rentismo fundiário. Esse processo, fomentado pelo Estado, traz também a intensificação das desigualdades espaciais, a exemplo da concentração fundiária e dos conflitos pela terra. É essa realidade que o artigo aborda, destacando sua relação com a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL). Para tanto, ancoramo-nos na coleta e análise de dados da estrutura fundiária fornecidos pelo IBGE/INCRA/Censos Agropecuários e dos conflitos no campo – por meio dos Cadernos Conflitos no Campo, da Comissão Pastoral da Terra. Esta análise, no movimento com a teoria, permitiu apontar tanto o aumento da concentração fundiária, quanto de conflitos no campo em municípios baianos cortados pela FIOL.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15092Políticas sociais e fundo público na conjuntura atual: algumas reflexões para o Serviço Social2024-10-25T08:43:13-03:00José Carlos do Amaral Júniorjcamaral1987@yahoo.com.br<p>Este artigo apresenta uma análise bibliográfico-documental sobre a discussão das políticas sociais no Brasil, sua relação com o fundo público e os refluxos e influxos exercidos para a área do Serviço Social. É possível perceber que a trajetória social e histórica das políticas sociais no país foi marcada pela ausência de um Estado de Bem-Estar Social, o que corroborou com a construção de políticas sociais fragmentadas e focalizadas. Por sua vez, com a mudança de lugar do fundo público no capitalismo tardio, as políticas sociais passaram a ser ainda mais alvo de desmontes e desregulamentação, uma vez que entendidas como parte do “campo de disputas” por recursos. Assim, os impactos sobre a formação e trabalho em Serviço Social são inegáveis, sobretudo ao se considerar que a profissão se consolidou no Brasil com lócus privilegiado nas políticas sociais, atravessadas atualmente pelas contradições do fundo público e do avanço ultraneoliberal.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15145Desenvolvimento Sustentável: em busca de um conceito2024-08-05T13:37:31-03:00Murilo Luiz Gentil de Oliveiramurilogentil@gmail.comBruna Guimarães Gentilbrunaggentil@gmail.com<p>O artigo realiza uma análise bibliográfica e documental sobre o conceito de desenvolvimento sustentável, destacando sua complexidade e uso controverso na sociedade pós-moderna. Explora as influências de descobertas científicas e tecnológicas nos campos produtivos, consumidores e de políticas públicas, e discute a dificuldade de se estabelecer uma definição clara e aceita por todos. Questiona-se quais dimensões devem ser consideradas no desenvolvimento sustentável e como medir a sustentabilidade urbana. O texto enfatiza a necessidade de equilibrar crescimento econômico, igualdade social e preservação ambiental, alertando que a busca incessante pelo crescimento econômico pode comprometer a sustentabilidade. Aborda a evolução do conceito desde o Relatório Brundtland (1987) até conferências internacionais como a Eco-92, destacando diferenças de abordagem entre países do Norte e do Sul. Explora a conexão entre qualidade de vida, direitos humanos e desenvolvimento sustentável, e enfatiza a importância de respeitar o direito a um meio ambiente saudável. Por fim, ressalta a necessidade de uma abordagem crítica e holística para compreender o verdadeiro significado da sustentabilidade e sua aplicação em diversas áreas do conhecimento.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/14960Ferramentas digitais em saúde mental: uma alternativa para o controle da ansiedade2024-11-19T10:19:28-03:00Jairo David Giron Ibarrajgiron49@uan.edu.coNinfa Rosa Mejía Floreznmejia83@uan.edu.coEduin Fabian Ramos Bolañoseramos56@uan.edu.co<p>O artigo analisa a importância do uso de ferramentas digitais para o tratamento da saúde mental, destacando sua ligação com o bem-estar emocional, psicológico e social, não se limitando à ausência de transtornos. Ele se concentra nos transtornos de ansiedade, que são comuns e têm um ônus para a saúde pública, defendendo o cuidado e destacando o potencial das ferramentas digitais em seu gerenciamento. Essas soluções inovadoras incluem aplicativos móveis baseados em evidências, como a respiração guiada e a terapia cognitivo-comportamental, que se mostraram importantes no tratamento da ansiedade. A tecnologia surge como um recurso útil nos transtornos mentais devido à sua facilidade de uso e à redução das barreiras de acesso, demonstrando eficácia no controle dos sintomas de ansiedade.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15117As investigações e os experimentos históricos que levaram à determinação da velocidade da luz: parte 12024-11-26T11:19:45-03:00Carlos Takiyatakiya@uesb.edu.brLuan Santos Lemosluan.santoslemos144@gmail.com<p>o desenvolvimento do entendimento humano sobre a velocidade da luz. Esta é uma pesquisa bibliográfica direcionada a descrever eventos da história da ciência. Ao longo da história, o ser humano em diversas culturas, sempre se mostrou curioso sobre a luz e as suas propriedades, uma dessas é sua velocidade extremamente rápida, a luz se espalha em todas as direções simultaneamente, e muitos questionavam se a luz precisaria de tempo para preencher todos os pontos do espaço. Ao longo da história, muitos filósofos ficaram indecisos, afinal a luz possui uma velocidade finita ou é simultânea? A resposta definitiva a esse questionamento só viria no século XVII, com o trabalho astronômico de Olé Roemer, que estudando as imersões e emersões do primeiro satélite de Júpiter (Io), observou que, para explicar o atraso na órbita prevista de Io, era necessário admitir uma velocidade finita para a luz, Roemer tendo obtido uma estimativa para o tempo que a luz demora para percorrer a órbita Terra-Sol, com esses dados em mãos Huygens veio a calcular a velocidade da luz que foi de 210000 km/s.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/149771983: transição, democracia e incerteza2024-09-27T08:49:52-03:00Cristian Di Renzocristiandirenzo1@gmail.com<p>Resenha de "1983: Transição, democracia e incerteza", de Marina Franco, na qual se apresenta uma análise detalhada do contexto argentino em torno do ano de 1983. Por meio de uma abordagem erudita e exaustiva, a obra se torna fundamental para compreender a história recente da Argentina, oferecendo uma análise perspicaz e rigorosa de um período crucial marcado por diversas complexidades.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15409Inteligência artificial e suas implicações no âmbito da saúde, do trabalho, das tecnologias genéticas reprodutivas e na mudança de valores: uma entrevista com Jon Rueda2024-11-10T09:30:33-03:00Alejandro Raúl Trombertatrombert@fbcb.unl.edu.arMurilo Mariano Vilaçamurilo.vilaca@fiocruz.br<p>Neste diálogo, dois dos organizadores deste dossiê entrevistam o Doutor Jon Rueda, filósofo moral e político interessado no estudo de controvérsias públicas, principalmente relacionadas com a moralidade, a tecnociência e o futuro, e frequentemente com suas interseções. A entrevista começa com a pergunta se esta revolução da inteligência artificial (IA) que estamos vivendo pode ser comparada a algumas das outras transformações tecnocientíficas que ocorreram na história da humanidade ou se, ao contrário, apresenta características diferenciais e, portanto, merece uma análise ética particular. Em seguida, aprofunda em algumas implicações da IA em diferentes âmbitos. O primeiro deles é a saúde humana, na qual é imprescindível poder conciliar a precisão, eficiência e possível melhoria da qualidade da atenção médica com a explicabilidade, a responsabilização, a evitação de vieses e a transparência. Finaliza com uma análise crítica relacionada com as repercussões da IA para o mundo do trabalho e as tecnologias genéticas reprodutivas.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15568Entre a crise climática, ecológica e social do planeta: ainda há caminhos para a resistência e as utopias?2024-11-14T17:32:34-03:00Dario Azzellinidnapress@gmx.net<p>O seguinte artigo é uma adaptação do discurso de abertura do “XV Colóquio Nacional e VIII Colóquio Internacional do Museu Pedagógico da UESB”, Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Realiza-se um breve levantamento das múltiplas crises da humanidade, com foco na catástrofe climática e na inefetividade estrutural das contramedidas. Como consequência, propõe-se o trabalho sustentável como centro das iniciativas para a transição socioecológica, ao mesmo tempo em que se critica o conceito de empregos verdes. Introduz-se a relação Norte-Sul, classe e gênero como variáveis necessárias para uma visão holística de sustentabilidade que permita uma transição justa. Nesse contexto, defende-se a revalorização e a desmercantilização do trabalho. Para delinear o papel das utopias nos movimentos de resistência, primeiro analisa-se o significado das utopias no debate socialista e marxista. Em seguida, realiza-se uma análise histórica da confluência de abordagens democrático-comunitárias na América Latina. Com base nessas análises, são apresentadas duas práticas de utopias concretas: a autogestão operária ou controle operário e o autogoverno local baseado na democracia não representativa, entendida como o conceito de comuna.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15570Conhecimento e Educação na era da inteligência artificial2024-11-18T14:07:49-03:00Andrea Pacíficoandpacifico@yahoo.com.ar<p>A Inteligência Artificial (IA) apresenta novos desafios e oportunidades no campo educacional e na produção de conhecimento, exigindo uma reflexão crítica sobre seus impactos. Este artigo examina como a IA está transformando a relação com o saber e a construção do conhecimento, reconfigurando tanto o ensino quanto as práticas de pesquisa. Parte do reconhecimento do conhecimento como uma construção social influenciada por contextos históricos e culturais e da linguagem como um mediador essencial que estrutura a compreensão do mundo. A irrupção da IA como mediador cultural-tecnológico introduz tensões com as formas tradicionais de produzir e validar o saber, bem como com os métodos e objetivos da educação. A discussão aborda como a IA altera a relação com o conhecimento, sua influência na construção do conhecimento e a reconfiguração dos objetivos educacionais, analisando posicionamentos epistemológicos e a dinâmica da linguagem nesses processos.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15602Considerações éticas sobre o uso de inteligência artificial nas práticas profissionais em nutrição humana2024-11-27T15:03:04-03:00Maria Eugenia Chartiermechartier@unl.edu.arRosario Paulinirpaulini@fbcb.unl.edu.ar<p>Propomos uma reflexão sobre as implicações éticas que a geração e o uso de tecnologias de Inteligência Artificial (IA) representam atualmente no campo da saúde, especialmente em relação às práticas dos profissionais de nutrição, para os quais isso constitui um desafio técnico-científico e ético. As aplicações de IA no campo da alimentação e nutrição humana colocam em jogo valores e princípios éticos relacionados ao uso de dados, à tomada de decisões e à delegação de tarefas profissionais a sistemas inteligentes. A análise dos riscos e benefícios contribui para delinear uma estrutura ética para uma IA confiável, garantindo o respeito à dignidade e aos direitos fundamentais dos seres humanos. A compreensão de que os sistemas inteligentes são ferramentas (artefatos) permite colocar os seres humanos como receptores e, ao mesmo tempo, responsáveis por minimizar os riscos, respeitar a autonomia, promover a beneficência e garantir a justiça, como diretrizes éticas indispensáveis para que as tecnologias de IA contribuam para a promoção da saúde, do bem-estar humano e do cuidado com o meio ambiente. </p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15520Convergência tecnológica e saúde: desafios bioéticos em um contexto de transformação2024-11-27T14:54:27-03:00Murilo Karasinskik.murilo@pucpr.br<p>No século XXI, a Convergência Tecnológica (CT) — composta pela nanotecnologia, biotecnologia, tecnologia da informação e ciências cognitivas (NBIC) — está transformando profundamente a sociedade. Essas áreas, ao se integrarem, criam novas possibilidades para a ciência e a tecnologia, moldando o futuro da humanidade. A relação entre progresso científico e riscos éticos, como os dilemas da justiça distributiva e a privacidade, torna-se cada vez mais relevante em um contexto de inovações tecnológicas aceleradas. A CT sugere um cenário em que a saúde, a biotecnologia e a inteligência artificial convergem para transformar o corpo humano e expandir suas capacidades, mas também levantam questões bioéticas importantes, como o acesso justo às tecnologias e a preservação da dignidade humana. Em tempos de crise global, a reflexão sobre essas inovações e seus impactos é fundamental para garantir que os benefícios sejam amplamente compartilhados, preservando o equilíbrio entre o avanço tecnológico e os valores humanos.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15534A roboética e os direitos dos robôs no México: um desafio ético e legal2024-11-26T07:49:52-03:00María de Jesús Méndez Verduzcomaria.mendez@academicos.udg.mxOmar Fernando Becerra Partidaomar.bpartida@academicos.udg.mx<p>A rápida evolução da inteligência artificial e da robótica levanta questões cada vez mais complexas sobre a relação entre humanos e máquinas. Nesse contexto, o roubo ético surge como um campo de estudo fundamental para enfrentar os desafios éticos e legais que surgem com o desenvolvimento de robôs cada vez mais sofisticados. Abordaremos pontos importantes sobre bioética, robótica e marco legal, que podem fornecer uma diretriz bem definida para o futuro e que os direitos humanos não sejam mais violados nesse sentido. No México, como em muitos outros países, é necessário refletir sobre a necessidade de estabelecer marcos regulatórios que garantam o desenvolvimento responsável e ético da robótica.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15673A regulação dos danos causados pela Inteligência Artificial: perspectivas do Direito argentino2024-12-10T08:39:35-03:00Florencia Romina Gianfeliciflorenciarominagianfelici@gmail.com<p>Nos últimos anos, a responsabilidade civil por danos decorrentes da Inteligência Artificial (IA) monopolizou as opiniões de juristas de diferentes latitudes do mundo. No entanto, a temática, há várias décadas, foi e é objeto de estudo por parte de doutrinadores do direito argentino, que demonstraram sua preocupação com os danos decorrentes da Informática em geral. Atualmente, neste ordenamento jurídico não contamos com normas que regulem especificamente a responsabilidade civil decorrente da Inteligência Artificial. Portanto, é necessário precisar quais são os pressupostos de responsabilidade que seriam aplicáveis de conformidade com o regime jurídico vigente. Isto a partir de considerar os robôs e outros dispositivos, atividades ou processos governados pela IA como objetos de direito.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15519Desafíos éticos y regulatorios de la Inteligencia Artificial en la investigación médica: reflexiones sobre una Regulación Inteligente2024-11-23T08:27:41-03:00Jorge Mariano Ferronijorgeferroni71@gmail.comPablo Parentiinfo@doctorparenti.com<p>O artigo aborda os desafios éticos e regulatórios do uso da inteligência artificial (IA) na pesquisa médica, enfatizando a importância de um marco regulatório que facilite o desenvolvimento ético e seguro da tecnologia. Explora como a IA, embora permita a automatização e a análise de grandes volumes de dados com maior precisão, também levanta preocupações éticas como vieses algorítmicos e ameaças à privacidade dos pacientes. Ao longo do texto, destaca-se a necessidade de um equilíbrio entre inovação e controle ético para evitar efeitos indesejados. Além disso, são analisados casos em que a IA contribui para o desenvolvimento de fármacos e para o estudo do microbioma, assim como exemplos de regulamentações em regiões como a União Europeia e os Estados Unidos e a necessidade de implementá-las na América Latina. Em conclusão, o artigo ressalta a necessidade de uma regulamentação inteligente que promova a transparência e a proteção dos direitos humanos, garantindo que o progresso tecnológico esteja alinhado com princípios éticos fundamentais.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15571Transformando a medicina: uma análise crítica dos principais desafios éticos na integração da inteligência artificial na medicina baseada em evidências e na medicina personalizada2024-11-27T14:59:10-03:00Alejandro Raúl Trombertatrombert@fbcb.unl.edu.ar<p>Desde o final do século passado, a medicina baseada em evidências (MBE) se tornou o padrão ouro na prática clínica, na formação médica e na elaboração de políticas de saúde. No entanto, foram identificadas limitações, o que levou à exploração e desenvolvimento de modelos emergentes, entre eles a medicina de precisão (ou medicina personalizada). A inteligência artificial (IA) tem o potencial de transformar significativamente tanto a MBE quanto a medicina personalizada. Neste trabalho, são analisadas as considerações éticas que o uso da IA levanta no contexto da MBE e da medicina personalizada. Serão analisados primeiramente os problemas de viés e sua relação com o princípio da equidade e a possibilidade de discriminação, além da transparência e explicabilidade, em estreita associação com a opacidade da caixa preta algorítmica. Posteriormente, serão analisados os problemas relacionados à privacidade e segurança dos dados e à responsabilidade em torno das decisões impulsionadas pela IA e a autonomia profissional. Finalmente, serão abordados os problemas vinculados à equidade no acesso, ao consentimento informado e ao uso ético da informação genética.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciênciashttps://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/15394O desafio regulatório da Biotecnologia e suas novas aplicações: o caso da CRISPR-Cas9 e da sua aplicação em células germinativas humanas2024-09-29T09:03:44-03:00Bárbara Carollo de Almeida Winterbarbaracarollo.aw@gmail.comMurilo Mariano Vilaçamurilo.vilaca@fiocruz.br<p>Os riscos e benefícios das novas tecnologias têm sido objeto do campo da filosofia aplicada. Uma das formas de buscar mitigar os riscos e de promover os benefícios é a regulação da tecnologia. Neste artigo, mapeamos e analisamos a regulação da biotécnica CRISPR-Cas9. Esta biotécnica revolucionou o campo das tecnologias genéticas, dada a sua eficiência/precisão na função de realizar edição genética, bem como pelo seu baixo custo e facilidade de utilização, quando comparada a outras técnicas. A partir de breves notas cronológicas e técnicas (seção 2), mapeamos os desafios/riscos da edição genética em células germinativas (seção 3). Tendo esse pano de fundo empírico, passamos à análise da regulação. Após apontamentos sobre <em>soft</em> e <em>hard law</em> (seção 4), realizamos um amplo e detalhado mapeamento das regulações atuais (<em>soft law</em>), em nível internacional, apontando a importância e limites delas (seção 5). Na seção 6, focalizamos o cenário normativo brasileiro, em termos de <em>soft law</em> e <em>hard law</em>. Concluímos que a <em>soft law</em> deveria ser complementada por <em>hard law</em>, visando a uma válida e eficaz regulação da biotecnologia.</p>2024-12-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciências