Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciências
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<div align="justify">A <strong>REVISTA BINACIONAL BRASIL-ARGENTINA: DIÁLOGO ENTRE AS CIÊNCIAS</strong> (ISSN: 2316-1205) trata-se de uma publicação acadêmico-científica digital, de periodicidade semestral, pautada nos princípios da Ciência Aberta, visando promover a democratização do acesso à informação científica de forma transparente e acessível, colaborativa, contribuindo para o processo de produção e disseminação do conhecimento. Trata-se de um produto do projeto Multidisciplinaridade na Educação, do Programa Binacional dos Centros Associados de Pós-Graduação Brasil/Argentina (CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / SPU - Secretaria de Políticas Universitárias), mantido por convênio estabelecido entre o Museu Pedagógico da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB, Brasil) e o Programa de Pós-Graduação em Didáctica de las Ciencias Experimentales, da Universidad Nacional del Litoral (UNL, Argentina).</div>Edições UESBpt-BRRevista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo entre as ciências2316-1205Trabalho procriativo: da sobrevivência humana à acumulação de capital
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<p>Neste texto, refletimos sobre a procriação humana com o trabalho, abordando sua relação com a sobrevivência da espécie, a complexidade da organização social, o surgimento do Estado e a acumulação de capital. Analisamos esta questão fundamentada em conceitos de filósofas como Hannah Arendt e Silvia Federici, destacando o papel do trabalho na manutenção da vida e na reprodução da força de trabalho. Evidenciamos aspectos históricos, sociais e econômicos da procriação. Destacamos a mudança na percepção da procriação ao longo do tempo, com a transição de sociedades igualitárias para sociedades de classes, onde a procriação passou a ser instrumentalizada para o acumulo de capital. Abordamos também a subordinação das mulheres no contexto da procriação, destacando como o controle sobre seus corpos foi historicamente manipulado pelo Estado e pela sociedade patriarcal, assim como a repressão das mulheres que desafiavam as normas de gênero e a estrutura de poder. Por fim, o texto ressalta a importância de reconhecer e valorizar o trabalho de procriação, bem como de combater as desigualdades de gênero e as formas de opressão que afetam as mulheres nesse contexto.</p>Adenaide Amorim LimaLisiane da Silva Zuchetto
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2024-06-162024-06-16130162010.22481/rbba.v13i01.14477Quando presente e passado se entrecruzam: ditadura, memórias e a trajetória de Dinaelza Coqueiro
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<p>O presente artigo tem como objetivo destacar a trajetória da militante baiana, Dinaelza Coqueiro. Nascida em 1949 na cidade de Vitória da Conquista, Diná como era carinhosamente conhecida foi crescendo em meio as mudanças políticas no Brasil, culminando sua entrada no movimento estudantil, durante o golpe civil-militar de 1964. Dessa forma, buscaremos sublinhar os impactos da ditadura militar em sua vida e no Estado da Bahia, bem como abordaremos questões relacionadas à justiça de transição, memória e a importância de seu corpo, ainda insepulto, para os seus familiares – as quais entrecruzam presente e passado. Assim como outras militantes do período, Dinaelza é mais uma das mulheres que lutaram contra a repressão, algo que compreendemos ser necessário um olhar acerca do protagonismo feminino tanto na Bahia, quanto em outros espaços do país. Nesse sentido, nosso foco não é pensar a ditadura militar de forma isolada, mas, como muitas de suas ações como a saída de Salvador, estiveram ligadas à crescente perseguição e a toda estrutura repressiva atuante no Estado da Bahia.</p>Ary Albuquerque Cavalcanti JuniorGilneide de Oliveira Padre Lima
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2024-06-162024-06-161301213810.22481/rbba.v13i01.14811A medicina e a tortura durante a ditadura militar brasileira (1964-1985)
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<p>Este artigo resulta de consulta a dados de material publicado referente à atuação de médicos, bem como dos Conselhos de classe como o Conselho Federal de Medicina e Conselhos Regionais da profissão médica durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985). Médicos participaram de várias maneiras dos mecanismos de tortura e repressão: da avaliação do quanto as torturas seriam passíveis de serem suportadas pelos presos (as), na emissão de laudos periciais de necrópsia falsos, em internações de perseguidos políticos em hospitais psiquiátricos, emitindo atestados médicos com diagnóstico de doenças mentais inexistentes. Os conselhos de classe emitiram sentenças punitivas contra esses médicos, mas estas foram anuladas pelo Estado. Objetivamos demonstrar que ações como estas que contrariam todos os princípios éticos e humanitários e que foram institucionalizados pelo Estado ditatorial não podem ficar esquecidas e precisam ser denunciadas, analisadas e punidas.</p>Gláucia Celeste Frota Gumes
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2024-06-162024-06-161301395710.22481/rbba.v13i01.147221983 como fronteira sistêmica. Democracia como fórmula de contingência do sistema político na Argentina
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<p>É irrealista pensar que a política é um campo capaz de gerar soluções definitivas em termos teóricos, respostas “finais” em formas de políticas públicas diante de qualquer demanda. As sociedades evoluem, os Estados constitucionais de direito também. Muitos parecem concordar que a democracia deve ser pensada como uma forma política que tem que lidar com uma fonte inesgotável de reivindicações. O processo democrático formal iniciado em 1983 na Argentina contém elementos que a colocarão em questão ou em crise, mas que, talvez sejam esses mesmos elementos que conferem maior legitimidade a esse sistema. Em outras palavras, o que parece colocá-la em xeque é o que a mantém viva profundamente. A construção democrática parece ser uma fórmula de contingência de um sistema político que nunca termina de se fechar em si mesmo, a ser o equivalente teórico exato da forma democrática, porque a própria democracia se torna a chave que o reabre vezes sem conta, que nos permite manter distância de regimes autoritários apesar dos desvios autoritários de alguns governos democraticamente eleitos.</p>Esteban KaiplMariano Rinaldi
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2024-06-162024-06-161301587810.22481/rbba.v13i01.14745Entre redemocratização, transições e invenção. Democracia na Argentina quarenta anos depois de 1983
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<p>Em várias ocasiões, a democracia foi convocada como tema de debate a partir de um presente situado. Essa convocação pode ser diversificada, resultando em reflexões diversas e fomentando argumentos polifônicos. As interpretações proporcionam uma jornada histórica multidirecional em busca de uma ideia de democracia. Desde 1983, um ano com reconhecido peso simbólico, a Argentina tem enfrentado questões sobre o fenômeno democrático, em meio a uma crise que, ao longo do último quarto de século, afetou projetos, representações e subjetividades. Distinguir na análise a democracia da experiência democrática permite reconhecer trajetórias únicas e, talvez por isso, revela a inquietação em estabelecer diálogos com um passado onde significados e temporalidades se sedimentam. A democracia, assim, demonstra sua natureza inventiva ao gerar inovações políticas, institucionais e culturais em resposta a cada situação que a questiona, em uma temporalidade sinuosa ou, de preferência, espiralada.</p>Marcelino MainaBernardo Carrizo
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2024-06-162024-06-161301799810.22481/rbba.v13i01.14734História, memória e educação: ditadura militar e extrema direita na internet
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<p>Neste artigo, apresentamos resultados parciais da pesquisa que estamos desenvolvendo acerca dos temas e abordagens elencados em materiais produzidos pela empresa Brasil Paralelo sobre educação e sobre o golpe de 1964 e a ditadura militar. Compreendemos as produções da empresa como representativas da atuação político-ideológica da extrema direita no país, ressaltando a crescente projeção dos seus produtos para a formação e disseminação de valores ultraliberais e conservadores no ambiente virtual. Nos atemos, neste texto, em situar as primeiras discussões que estamos realizando acerca das relações entre educação e a memória e história da ditadura militar em produções da Brasil Paralelo tomando como principal aporte teórico o campo de estudos da memória social. Discutimos, de forma aproximada, como estas produções se apropriam de materiais e métodos típicos da chamada história pública para produzir narrativas legitimadoras do golpe de 1964 e da ditadura militar calcadas principalmente na contraposição a historiografia crítica e a educação escolar.</p>Elis Saraiva Santana
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2024-06-162024-06-1613019912310.22481/rbba.v13i01.14790As ditaduras que nos assombram: o audiovisual como tecnologia de memória
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<p>Este texto propõe uma reflexão sobre a potência das narrativas audiovisuais - cinematográficas e televisivas - como tecnologias que atuam na configuração de memórias acerca dos últimos regimes ditatoriais que assolaram Argentina (1976-1983) e Brasil (1964-1985). Para isso, revisamos as relações entre memória e história, e pensamos o papel das produções audiovisuais ficcionais e documentais nessa equação, atentando à importância das políticas de fomento ao setor. Nessa revisão, recordamos algumas produções cinematográficas notórias de ambos os países, que abordam e dão a ver os horrores perpetrados pelos regimes ditatoriais. Em seguida, propomos uma breve análise sobre como a temática da ditadura chega à televisão, tomando como exemplo a série argentina <em>História de um clã</em> (2015) e a supersérie brasileira <em>Os dias eram assim</em> (2017). E encerramos discutindo a importância de produções audiovisuais que desvelem e mantenham presentes memórias sobre as ditaduras, sobretudo, no crescente contexto contemporâneo de revisionismo histórico promovido pela extrema-direita na Argentina e no Brasil.</p>Rosângela Fachel de MedeirosBibiana Zanella Pertuzzati
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2024-06-162024-06-16130112414810.22481/rbba.v13i01.14841A memória midiática da ditadura civil-militar no Brasil e o debate público por meio da série “Chumbo quente” no YouTube (2014-2015)
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<p>O estudo apresentado é parte de uma pesquisa a qual procurou investigar a memória midiática acerca da atuação da imprensa nos anos da ditadura civil-militar no Brasil, contida em Chumbo Quente, produção televisiva exibida em 2014, nos 50 anos do golpe civil-militar de 1964, produzida pelo Observatório da Imprensa, programa que era apresentado por Alberto Dines, intelectual do jornalismo brasileiro. Para tanto, buscou-se compreender como esta produção dialoga com uma memória já existente sobre esse período, bem como se insere no debate público entre críticos e defensores da ditadura à medida que seu conteúdo se expande para o formato das plataformas digitais. Desse modo, analisamos os comentários sobre a série no YouTube por meio da ferramenta Iramuteq de análise lexicográfica. O estudo constata uma compreensão difusa na interação dos internautas com a série no YouTube. E, embora o programa tenha deixado de existir, a série permanece disponível nos meios digitais de modo a perpetuar esse conteúdo a um público amplo.</p>Polliana Moreno dos Santos
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2024-06-162024-06-16130114917110.22481/rbba.v13i01.14804Documentários, memórias e políticas: representações audiovisuais dos julgamentos pela violação aos direitos humanos durante a última ditadura cívico-militar em Argentina
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<p>No presente trabalho nos propomos analisar a produção cinematográfica documental argentina contemporânea que aborda os processos de julgamento aos responsáveis pela violação aos direitos humanos na última ditadura cívico-militar no país (1976-1983). Estudamos estes documentais em seu contexto de produção para analisá-los no complexo tecido entre a política e a memória, indagando sobre o rol de diversos agentes institucionais e atores sociais que interagem em contextos sociais e históricos onde as políticas em torno à história recente vão configurando diversas formas de revisitar o passado e participam nas disputas pelo sentido do passado no presente. Prestamos especial atenção ao rol do Estado como ator que interviesse, promove ou obstrui o desenvolvimento e aplicação de políticas culturais destinadas ao campo audiovisual, que resultam relevantes para a produção, difusão e circulação destas representações audiovisuais documentais que realizam uma releitura do passado e o presente, interveniente no complexo processo de resgatar vozes e memórias. Ao mesmo tempo, abordamos a análise das representações documentais em tanto prova, evidência e legibilidade da história recente. Para isso centramos o foco na incorporação de testemunhos e imagens fotográficas nas narrativas audiovisuais, como são incorporados esses recursos na representação documental.</p>Mariné Nicola
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2024-06-162024-06-16130117219510.22481/rbba.v13i01.14799Ter memória de elefante: abordagens artísticas e políticas para não esquecer a ditadura militar brasileira
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<p>O presente artigo busca investigar como é possível, através da arte, cultivar uma cultura e uma política da memória, visto os horrores estabelecidos pelo regime ditatorial imposto pelo Golpe de 1964 no Brasil. Diferentemente de outros países da América Latina, em que há um esforço em se preservar memórias sobre as Ditaduras Militares, no Brasil há uma ausência deste tipo de debate, e pouco esforço na manutenção dessas memórias, principalmente por parte do Estado brasileiro. Nesse sentido, como a arte pode contribuir? Para a escritura deste texto, foram analisadas obras do artista argentino Gustavo Germano e do grupo de teatro brasileiro Ói Nóis Aqui Traveiz. Além de uma discussão sobre memória a partir das ideias do pesquisador e professor alemão Andreas Huyssen.</p> <p> </p>Francisco de Paulo D'Avila Junior
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2024-06-162024-06-16130119621210.22481/rbba.v13i01.14473Os intelectuais orgânicos Jarbas Passarinho e Valnir Chagas e a reforma educacional da ditadura civil-militar brasileira (Lei 5.692/1971): memória e políticas educacionais
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<p>Neste texto, apresentamos dados das nossas pesquisas em Objetiva-se apresentar o pensamento educacional de dois intelectuais orgânicos da ditadura militar brasileira – Jarbas Passarinho e Valnir Chagas – principais ideólogos da reforma de 1º e 2º graus (Lei 5.692/197) que estabeleceu uma concepção pedagógica autoritária e produtivista na relação entre educação e o mundo do trabalho; um pensamento que persiste na política educacional brasileira, no qual se observa uma cristalização da noção de que o acesso e a distribuição dos conhecimentos precisam estar associados à trajetória societária dos/as estudantes. Uma divisão social com finalidade de manter as desigualdades, condicionada pela estrutura de classe da educação. Recompor esse passado hoje tem relevância, inclusive, pelas reformas em andamento no Brasil, em especial, a estabelecida pela Lei 13.145/2017 do Novo Ensino Médio (NEM), que reitera práticas autoritárias e nega o pleno direito à educação básica. Utilizando como fontes pronunciamentos, entrevistas, projetos e publicações desses intelectuais, interpretamos os dados numa perspectiva dialética da História e a partir dos fundamentos do campo de estudos da memória social e coletiva (HALBWACHS, 2006) para demonstrar as contradições existentes nos argumentos de “melhoria da educação” prometida nas reformas.</p>Sandra Regina Mendes
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2024-06-162024-06-16130121322910.22481/rbba.v13i01.14794Percurso de estudo sobre ditadura militar, educação e memória: uma primeira apresentação
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<p>O proposito central deste texto é reunir informações sobre as principais pesquisas realizadas no âmbito do projeto “Educação, Memória e História da Bahia: processos autoritários e ditadura civil-militar (1964-1985) como um dos recortes de investigação do Grupo de estudos em História e Memória das Políticas Educacionais e Trajetórias Sócio Geracionais (GHEMPE), tendo em vista a sua tarefa principal de reunir e sistematizar acervos documentais de várias naturezas e levar adiante análises sobre os conflitos e as múltiplas memórias alternativas, memorias da resistência que se fizeram presentes nos espaços educacionais baianos e as violações produzidas contra seus sujeitos concretos, professores, alunos entre outros. Temas e abordagens que apenas deixaremos enunciadas como contribuição para outros estudos.</p>Luciana Canário MendesLívia Diana Rocha Magalhães
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2024-06-162024-06-16130123024510.22481/rbba.v13i01.14831Saúde e educação na ditadura de Batista e transformações das políticas cubanas pós-revolução
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<p>O artigo analisa como as políticas públicas de saúde e educação em Cuba durante a ditadura de Fulgencio Batista Zaldívar (1952/1958) não atenderam as preocupações e necessidades da população. Essa situação gerou, naquele período, o sofrimento por doenças curáveis, mortes prematuras de crianças, analfabetismo e também a falta de participação da sociedade na solução dos problemas. Após a Revolução (a partir de 1959), foram implementadas mudanças significativas para melhorar a saúde e a educação, tais como a campanha de alfabetização e outros programas para garantir o acesso universal e gratuito aos serviços com qualidade que se tornaram direitos fundamentais, com foco no trabalho preventivo e comunitário, e o sistema de educação integral que se tornou referência para outros povos. É importante ressaltar que, após mais de 60 anos de bloqueio econômico dos Estados Unidos, a COVID-19, assim como outros fatores limitantes internos, condicionaram um impacto negativo na vida econômica e social do país, contudo, ao mesmo tempo, estimularam a resistência do país e o desenvolvimento de inovações.</p>Betty Berlanga PérezCaridad Pérez GarciaJesús Jorge Pérez Garcia
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2024-06-162024-06-16130124626310.22481/rbba.v13i01.14818Intervenções da tradição política e pedagógica humanista-cristã na região de Santa Fé (Argentina) entre 1950 e 1983. Contribuições para sua análise em tempos de autoritarismo
https://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/14820
<p>O exercício de escrita destas linhas responde a uma chamada específica de artigos para um dossiê temático sobre memória e história, cultura e educação em contextos autoritários. Uma oportunidade para poder pensar, ordenar e organizar ideias, leituras e diálogos típicos de uma complexa rede de circulação de ideias através de atores e instituições no espaço sul-americano. O mundo das ideias e sua circulação são as coordenadas necessárias para investigar a construção de significados, experiências e resistências em torno da identidade trabalhador-estudante num espaço e tempo definidos. A proposta é parar o nosso olhar com base numa perspectiva de médio prazo que podemos definir como parte de um programa humanista cristão - baseado numa abundante bibliografia académica sobre o assunto - que se concretiza em diferentes etapas e em particular após a Segunda Guerra Mundial. Nestas linhas, apresenta-se ao potencial leitor uma abordagem em forma de percurso de um conjunto de experiências, debates e atores da galáxia eclesiástica na cidade de Santa Fé e na região metropolitana entre 1950 e o retorno à democracia em 1983. Uma primeira A hipótese partilhada é a diversidade de intervenções que se materializam na cidade em dois momentos muito distintos - embora no mesmo ciclo político caracterizado por um autoritarismo crescente.</p>Juan Cruz Gimenez
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2024-06-162024-06-16130126428710.22481/rbba.v13i01.14820Liderança políticodigital: os tweets de Bolsonaro
https://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/14780
<p>Este trabalho se concentra em um aspecto relativo à representação política, particularmente no modo como Jair Bolsonaro construiu seu vínculo identificador com seus seguidores na esfera pública digital. Assim, seu objetivo é analisar a construção do vínculo entre o líder e os seguidores/aderentes por meio do uso e criação de mensagens feitas por Bolsonaro a partir de sua conta no Twitter, @jairbolsonaro, entre 2021-2022. Para a coleta das informações e construção do corpus de tweets foi utilizado o <em>scraping</em> <em>web</em> por meio da ferramenta <em>SeoTools</em> para Excel. A análise dessas informações nos permitiu dar conta de um achado investigativo: a liderança político-digital constituía o principal tipo de interação política entre Bolsonaro e seus seguidores. Além disso, esse tipo de relação política ocorreu em um contexto marcado pela polarização e pelo “politicamente incorreto”, elementos que constituíram o contorno da esfera pública físico-digital brasileira. </p>Sebastian Castro RojasEsteban Iglesias
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2024-06-162024-06-16130128830710.22481/rbba.v13i01.14780Análise de projetos de inovação docente: elementos fundamentais para sua elaboração. Nossos Projetos têm os elementos de uma inovação?
https://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/14746
<p>Esta pesquisa avalia projetos de inovação universitária, utilizando ferramentas qualitativas para identificar elementos que se destacam por sua integração teórico-prática. Foram analisados 16 projetos de inovação e entrevistados seus coordenadores. Os dados foram analisados por meio da metodologia qualitativa - análise de conteúdo - onde foram identificados os elementos do paradigma de ensino e do paradigma de aprendizagem. Como resultado da análise de conteúdo, emerge maior peso da dimensão teórica sobre a prática na abordagem dos Projetos de Inovação Curricular (PIC), sendo a categoria "Aluno Protagonista" (24,5%) a de maior presença, embora com percentual bem abaixo da média percentual, o que parece responder aos anseios das equipes de trabalho. mas não sabemos se é devido aos seus desenvolvimentos.</p> <p>Conclui-se que é necessário estabelecer critérios para a apresentação de projetos inovadores e a elaboração de uma ficha de avaliação com indicadores que orientem sua avaliação (abordagem, desenvolvimento e avaliação). O desenvolvimento de projetos inovadores favorecerá a transição para o paradigma de aprendizagem e a formação de estudantes que olhem para a transformação de seus contextos.</p>Marcela ManualeMercedes Blanchard
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2024-06-162024-06-16130130833310.22481/rbba.v13i01.14746Alfabetização científica e uso de tecnologias digitais no ensino de ciências: um estudo de caso na perspectiva da educação especial
https://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/article/view/14554
<p>A alfabetização científica é uma estratégia de ensino que tem como objetivo auxiliar os alunos na compreensão do mundo ao seu redor, tal como torná-los cidadãos críticos. Deste modo, faz-se necessário adotar aspectos da alfabetização científica em todas as etapas do processo de escolarização e, ainda mais, adotá-la no contexto inclusivo. Assim, o objetivo deste trabalho é compartilhar os resultados obtidos em uma investigação desenvolvida com um aluno da Educação Especial com Transtorno do Espectro Autista, no contexto de uma sequência didática interdisciplinar, guiada, principalmente, pelo uso da tecnologia para fins de produção de material de divulgação científica. Para tanto, foi utilizado como referencial teórico Sasseron e Carvalho (2011), e com este trabalho configurando-se como um estudo de caso. Destaca-se ainda, que os resultados obtidos promoveram uma reflexão sobre o benefício do uso de sequências didáticas capazes de minimizar dificuldades de aprendizagem dos alunos com deficiência, oportunizando trabalhar os conteúdos a padrões de interesse do aluno.</p>João Pedro Mardegan Ribeiro
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2024-06-162024-06-16130133434910.22481/rbba.v13i01.14554A metacognição na construção do conhecimento profissional docente durante a formação inicial docente: o modelo “casa do caracol”
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<p>A construção e o desenvolvimento do Conhecimento Profissional Docente requerem estratégias de aprendizagem autónomas baseadas nas mudanças permanentes e vertiginosas da sociedade atual. Com base nisso, é necessário que os professores reconheçam e apliquem a reflexão e a metacognição como competências transversais que entram em jogo no processo de formação contínua, a fim de aperfeiçoar, atualizar e desenvolver seus conhecimentos profissionais docentes. No presente trabalho apresentamos um modelo analógico para o desenvolvimento do Conhecimento Profissional Docente, a “casa do caracol”, que propõe as competências metacognitivas como motor central deste processo.</p>Sofia Sol MartinMara Yanina MartinezMaria Basilisa García Bachi
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2024-06-162024-06-16130135036410.22481/rbba.v13i01.14541Níveis de reflexão pedagógica evidenciados na análise de uma residente sobre seu trabalho didático com uma tabela de dupla entrada em aulas de físico-química
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<p>A presente pesquisa analisou os níveis de reflexão pedagógica evidenciados na análise de uma residente sobre seu trabalho didático com uma tabela de dupla entrada nas aulas de físico-química. Utilizando uma metodologia qualitativa, o texto produzido pela estagiária foi examinado, identificando modos contextualizados de escrita reflexiva. Os resultados mostraram que a estagiária utilizou diferentes níveis de reflexão, passando de descrições para reflexões didáticas e críticas dialógicas. Inicialmente, ela preferiu modalidades descritivas para contextualizar a tabela. Em seguida, passou para reflexões de nível mais alto, deliberando sobre as implicações para a aprendizagem, justificando as decisões didáticas e propondo melhorias. A transcrição das trocas discursivas em sala de aula permitiu que a residente analisasse seu trabalho, considerando como o conteúdo circulava no plano social. A inscrição das modalidades de escrita na sequência temporal do texto ampliou a análise para além da presença/ausência de modalidades e frequências. A visualização da sucessão de categorias nas frases possibilitou a identificação de perfis que expressavam diferentes variações nos níveis reflexivos.</p>Trinidad Rayen ScaineMaría Basilisa García BachiGuillermo Cutrera
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2024-06-162024-06-16130136538510.22481/rbba.v13i01.14555Vinhetas conceituais para o ensino de didática da Matemática
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<p>Explorar o potencial de uma sequência de vinhetas conceituais para o ensino e a aprendizagem de resultados de pesquisas relacionadas à compreensão do sinal de igualdade na entrada à álgebra. Projetamos uma sequência de três vinhetas conceituais, baseadas em evidências empíricas, adaptadas para o ensino de resultados de pesquisas. Participa uma turma de cinco estudantes de ensino de matemática que cursam o quarto e último ano da carreira docente em um instituto de formação de professores no Uruguai. Implementamos a sequência de vinhetas conceituais em uma sessão de trabalho de 120 minutos dirigida a todo o grupo. Os participantes demonstram avanços quanto à compreensão de que alguns entendimentos do sinal de igualdade podem interferir na aprendizagem da álgebra. A sequência de vinhetas conceituais favoreceu a compreensão de resultados de pesquisas sobre o entendimento do sinal de igualdade na entrada da álgebra. São necessários mais estudos para aprofundar esta linha de pesquisa.</p>Cristina OchovietSebastián Parodi Escobal
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2024-06-162024-06-16130138641310.22481/rbba.v13i01.14230