LINGUAGEM E CORPO: DISCURSIVIDADES NAS FEIRAS LIVRES AMBULANTES
Palavras-chave:
Fotografias, corpo, espaço, cotidianoResumo
Este trabalho aborda a discursividade que se exprime nas fotografias das feiras ambulantes da cidade de Feira de Santana/BA, num gesto de interpretação das trajetórias dos feirantes pela cidade, bem como dos espaços nos quais estes ambulantes fazem suas paradas para vender, num movimento de diáspora e permanência, em busca de espaço para vender, considerando que as condições da sociedade forçam para que este movimento aconteça. Para compreender esta posição diáspórica do sujeito feirante ambulante, na qual a linguagem exerce papel singular por sua natureza discursiva, dialogaremos com as noções de corpo/espaço em Foucault (1977) e de diáspora, em Hall (2003). O objetivo é descrever os modos como o corpo/o espaço se apresenta para vender, suas formas de organização e de planejamento do fazer feiras cotidiano, destacando caminhadas pelas cidades, em suas festas, vaquejadas, carnavais, os modos de ler e de referenciar tudo isso, tendo a linguagem como elemento da cultura que possibilita estas práticas de venda como produção de conhecimento cotidiano.