VISUALIDADES DA COLONIALIDADE: ANÁLISE CRÍTICA DAS ESTRUTURAS DE GÊNERO NA CULTURA VISUAL PARA UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA
DOI:
https://doi.org/10.22481/reed.v3i9.11244Palavras-chave:
Colonialidade, Visualidade, Relações de gênero, Educação libertadoraResumo
Este trabalho traz reflexões que aproximam o campo da Cultura Visual às perspectivas Decoloniais através de bricolagens epistemológicas expressas aqui na relação entre Visualidade/Colonialidade. Por entender que a prática cultural do olhar, historicamente torna visíveis ou invisibilizam e negam determinados sujeitos e saberes (ROSE, 2016) e que a subversão da lógica de poder da colonialidade perpassa pelas dimensões teórica/ética/estética/política (SEGATO, 2012). Para tal, analisamos criticamente visualidades da colonialidade do poder, desde obras históricas até memes da internet que objetificam a mulher no âmbito familiar no Brasil, país com altas estatísticas de feminicídio - crime que acontece em maior parte nas relações familiares. Dessa forma, vislumbramos construções culturais que fundamentam a manutenção e naturalização de práticas violentas de dominação, estas que constituem os modos que vemos ou não a existência dos sujeitos e das sujeitas no mundo. Diante desse fenômeno e baseadas nas análises realizadas no presente trabalho, seguimos as pistas deixadas por Paulo Freire (2004) e buscamos delimitar o papel da educação, para além da escola, como instrumento da autonomia e libertação das mulheres marcados na concepção de educação transgressora da escritora feminista negra Bell Hooks (2013).
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