SABERES E PRÁTICAS DE PROFESSORAS LEIGAS: MEMÓRIAS ALFABETIZADORAS QUE SE ENTRECRUZAM
DOI:
https://doi.org/10.22481/reed.v3i10.11701Palavras-chave:
Alfabetização, Saberes Construídos, Práticas Pedagógicas, Professoras leigasResumo
Este artigo, forjado a partir de uma pesquisa mais ampla, intitulada “Trajetórias, Saberes e Práticas Alfabetizadoras de Professores/as Leigos/as do Interior da Bahia”, vinculada ao Núcleo Carolina Maria de Jesus, objetiva entender as concepções e significados de alfabetização presentes nas narrativas dos professores, identificando como se articulam com os fazeres pedagógicos. Para tanto, os teóricos mobilizados para fundamentar as reflexões são: Almeida (2001), Santos e Haiashida (2017), Manke (2006), dentre outras que contribuíram sobremaneira para melhor compreender as questões que atravessam a temática em pauta. Metodologicamente, este estudo se abastece na pesquisa qualitativa, com ênfase no método da história de vida com uso da entrevista. Os resultados revelam que apesar das professoras considerarem a alfabetização a base fundamental, apresentam uma concepção limitada do processo, expressa no fazer pedagógico de cada uma delas e das atividades selecionadas para ensinar a leitura e a escrita (método sintético), condizentes com a compreensão da época, dos poucos materiais disponíveis para alfabetizar (ABC, cadernos e cartilhas) e das influências recebidas em sua vida escolar, com suas professoras primárias e de um professor mais experiente (Água-marinha). No entanto, apesar das dificuldades enfrentadas, sentem-se orgulhosas pelo trabalho realizado.
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