O MOVIMENTO EDUCA: MACANUDOS E A (RE) EXISTÊNCIA COLETIVA NA UNIVERSIDADE
DOI:
https://doi.org/10.22481/reed.v1i2.7586Palavras-chave:
Coletivo Negro. Educação. Políticas Educacionais.Resumo
Este artigo busca apresentar as conquistas e desafios travados por um coletivo de negras(os) no extremo sul do Brasil: denominado Coletivo Macanudos. Iniciamos pela história construída pelas/os próprias/os participantes do coletivo e autores deste estudo. Desde sua fundação no ano de 2012, este coletivo promove espaços de fortalecimento da luta antirracista e afetividade entre as/os estudantes negras(os), além de tencionar a perspectiva racial hegemônica e eurocêntrica presente nas instituições de ensino, especificamente no ensino superior. O coletivo destaca sua trajetória voltada a construção de algumas políticas educacionais que visam diminuir as desigualdades raciais e sociais no acesso e permanência de pessoas negras na Universidade Federal do Rio Grande - FURG. Ao longo desses anos, diversas atividades foram desenvolvidas dentro e fora dos muros universitários, tendo influenciado não só o funcionamento da FURG, mas impactado a cidade de Rio Grande - RS.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte: Letramento, 2018.
AMARAL, Marcel Jardim. O negro e a luta por reconhecimento: as cotas raciais na universidade. 2019. 167 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Instituto de Educação, Fundação Universidade Federal do Rio Grande / FURG, Rio Grande, 2019.
ÁVILA, Luciane dos Santos. Ações afirmativas e as relações étnico-raciais: análise sobre os processos seletivos específicos de estudantes indígenas e quilombolas da FURG. 2017. 234 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Instituto de Educação, Fundação Universidade Federal do Rio Grande / FURG, Rio Grande, 2017.
BANDEIRA, Charlene da Costa. Coletivo Macanudos: espaço de acolhimento e resistência. “SobreVivências” dos alunos negros no espaço universitário. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Psicologia. Instituto de Ciências Humanas e da Informação. Rio Grande/RS. 2019.
BRASIL. Lei nº. 12.711. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Brasília, 29 de ago. 2012. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12711.htm. Acesso em: 18 jul. 2012.
BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações Étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC, 2005.
BOURDIEU, Pierre. O campo científico. In: ORTIZ, Renato (Org.). Pierre Bordieu: sociologia. São Paulo: Ática, 1983. p. 122-155.
CAIXETA, Bianca Aparecida dos Santos. Movimento negro universitário: Um olhar decolonial sobre afetos, trajetórias e a organização política dos grupos/coletivos negros na Universidade de Brasília. 2016. 97 f. Trabalho de Conclusão de Curso de Sociologia na Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
DOMINGUES, Petrônio. Movimento negro brasileiro: alguns apontamentos históricos. Tempo , Niterói, v. 12, n. 23, pág. 100-122, 2007. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-770420070002000 07&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 14 de agosto de 2020. https://doi.org/10.1590/ S1413-77042007000200007 .
FANON, Frantz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.
FEFFERMANN, Marisa. A luta contra o genocídio da juventude negra: reflexões sobre a realidade brasileira. In: 1807-0310; Crisis y Emergencias Sociales, 2013, Santiago. Anais do 1807-0310, 2013.
FONSECA, Marcus Vinicius. A educação dos negros: uma nova face do processo de abolição da escravidão no Brasil. Bragança Paulista: ESUSF, 2002.
GOMES, Nilma Lino. O Movimento Negro Educador. 1. ed. Petrópolis: Vozes, 2017.
GOULART, Treyce Ellen Silva. Identidade negra e quilombola no Rio Grande do Sul: estudo de caso sobre a primeira comunidade quilombola de Rio Grande. XXVII Simpósio Nacional de História. Natal/RN, 2013.
GROSFOGUEL, Ramón. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Sociedade e Estado. 31: 25-49, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922016000100025. Acesso em: 15 ago 2020.
HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2009.
HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como a prática da liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
HOOKS, Bell. Intelectuais negras. Revista Estudos Feministas, 3: 464-476, 2005. Disponível em: <https://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/10786/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O_IntelectuaisNegrasInsurgentes.pdf> . Acesso em: 04 mar. 2020.
MARTINS DA SILVA, L. F. Estudo sócio-jurídico relativo à implementação de políticas de ação afirmativa e seus mecanismos para negros no Brasil: Aspectos legislativo, doutrinário, jurisprudencial e comparado, MEC-SEPPIR, 2001.
MIRANDA, Cláudia. Intelectuais afro-brasileiras e suas contribuições para um crítica póscolonial feminista. In: II CONGRESO DE ESTUDIOS POSCOLONIALES Y III JORNADA DE FEMINISMO POSCOLONIAL. Instituto de Altos Estudios Sociales, 2014. Buenos Aires, Consejo Latinoamericano de Ciências Socialies (CLACSO), 2014, 1-20. Disponível em: <http://www.idaes.edu.ar/pdf_papeles/INTELECTUAIS%20AFROBRASILEIRAS%20(ENVIADO).pdf>. Acesso em: 1º jul. 2020.
MIRANDA, Shirley Aparecida de. Diversidade e ações afirmativas: combatendo as desigualdades sociais. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.
NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. I reimpr. da 2. Ed.-São Paulo: Perspectiva, 2017.
NUNES, Georgina Helena Lima. Autodeclarações e comissões: responsabilidade procedimental dos/as gestores/as de ações afirmativas. In: DIAS, Gleidson Renato Martins; JUNIOR; Paulo Roberto Faber Tavares (Orgs). Heteroidentificação e cotas raciais: dúvidas, metodologias e procedimentos. Canoas: IFRS campus Canoas, 2018.
RIBEIRO, Matilde. Políticas de promoção da igualdade racial no Brasil. – 1. ed.- Rio de Janeiro: Garamond, 2014.
SANTOS, Joel Rufino dos. A questão do negro na sala de aula. 2.ª ed. São Paulo: Editora Global, 2016.
SANTOS, Boaventura de Souza; MENESES, Maria Paula. (Orgs.) Epistemologias do Sul. São Paulo; Editora Cortez. 2010.
SANTOS, Boaventura de Souza. A universidade no século XXI: para uma reforma democrática e emancipatória da universidade. São Paulo: Cortez, 1997.
SANTOS, Milton. O intelectual e a universidade estagnada. Revista Adusp, n. 11, p. 16-20, out. 1997. Disponível em: < https://www.adusp.org.br/files/revistas/11/r11a03.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2020.
SILVA, Marcos Antonio Batista da. Discursos étnico-raciais de pesquisadores (as) negros (as) na pós-graduação: acesso, permanência, apoios e barreiras. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 22, n. 2, p. 537-540, ago. 2016. Disponível em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaem revista/article/view/11593>. Acesso em: 10 abril 2019.
SILVA, Tomaz Tadeu da. O currículo como fetiche: A poética e a política do texto curricular. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 1999.