RELAÇÃO ENTRE A DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE NAS ESCOLAS DO CAMPO E AS POLÍTICAS DE AVALIAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.22481/reed.v1i2.7687Palavras-chave:
Distorção Idade-Série. Educação do Campo. Políticas de Avaliação.Resumo
O artigo, recorte de uma pesquisa de mestrado desenvolvida na Universidade Estadual de Santa Cruz, objetiva discutir as relações entre as políticas de avaliação e a questão da Distorção Idade-Série (DIS) no contexto atual da Educação do Campo do município de Nazaré-Ba. A problemática se dá, sobretudo, pela influência da taxa de Aprovação/Reprovação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Para análise dos dados utilizamos o suporte do materialismo histórico-dialético numa abordagem quanti-qualitativa. Ressaltamos dos resultados o caráter generalista e distante dos valores preconizados na Educação do campo por parte das políticas de avaliação, conquanto que pode até ser possível a diminuição dos índices de DIS, temporariamente, mas não necessariamente, isso significa um aumento na aprendizagem e na estrutura escolar como um todo (formação de professores, estrutura física das escolas, recursos pedagógicos, acesso e permanência escolar), sendo necessário da parte dos educadores uma análise crítica dessas políticas e uma ressignificação na prática da escola.
Downloads
Referências
AFONSO, A. J. Avaliação educacional: regulação e emancipação: para uma sociologia das políticas avaliativas contemporâneas. São Paulo: Cortez, 2000.
AFONSO, A. J. Estado, mercado, comunidade e avaliação: Esboço para uma rearticulação crítica. Educação e Sociedade, Lisboa, ano XX, n. 69, dez. 1999.
ARAÚJO, L. Os fios condutores do PDE são antigos. Jornal de Políticas Educacionais, n. 2, set. 2007, p. 24–31.
BALL, S. J. Performatividade, privatização e o pós-Estado do bem estar. Educação & Sociedade, Campinas, vol. 25, n. 89, p. 1105-1126, Set./Dez. 2004.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 23 dez. 1996.
FERNANDES, Alex de Oliveira. O programa de avaliação da aprendizagem escolar (PAAE) em Minas Gerais: interfaces entre práticas avaliativas e currículo de história no ensino médio. 2017. 206 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2017. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUOS-AQXFKL/alex_disserta__o_completa_fae.pdf?sequence=1 . Acesso em: 27 de julho 2019.
FÓRUM NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO (FONEC), 2012, Brasília. Notas para a análise do momento atual da Educação do Campo. Brasília, 2012.
FREITAS, L. C. de. A reforma empresarial da educação: nova direita, velhas ideias. 1 ed. São Paulo: Expressão Popular, 2018.
FREITAS, L. C. de.. Eliminação Adiada: o ocaso das classes populares no interior da escola e a ocultação da (má) qualidade do ensino. Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 965-987, out. 2007.
FREITAS, L. C. de. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. Campinas: Papirus, 1995.
HORTA NETO, João Luiz. Avaliação educacional no Brasil para além dos testes cognitivos. Revista de Educação PUC-Campinas. Campinas, v. 23, n. 1, p. 37-53, 2018. Disponível em: http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/ . Acesso em: 27 de julho 2019.
MÉSZÁROS, I. A crise estrutural do capital. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2011.
MÉSZÁROS, I. A educação para além do capital. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2008.
NEAVE, G. Educación superior: historia y política, estudios comparativos sobre la universidad contemporanea. Barcelona: Gedisa. 2001.
PERONI, V. M; CAETANO, M. R. O público e o privado na educação - Projetos em disputa?. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 9, n. 17, p. 337-352, jul./dez. 2015.
PATTO, M. H. S. A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Intermeios, 2015.
PRATES, J. C. O método marxiano de investigação e o enfoque misto na pesquisa social: uma relação necessária. Textos & Contextos, Porto Alegre, v. 11, n. 1, p. 116 - 128, jan./jul. 2012.
RIBEIRO, M. Movimento camponês, trabalho e educação: liberdade, autonomia, emancipação: princípios/fins da formação humana. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2013.
SANTOS, A. R. dos. Aliança (neo)desenvolvimentista e decadência ideológica no campo: movimentos sociais e a reforma agrária do consenso. Curitiba: CRV, 2016.
SANTOS, A. R. dos. Ocupar, resistir, produzir, também na educação! O MST e a Burocracia Estatal: Negação e Consenso. Jundiaí: Paco editorial, 2014.
SANTOS, C. F. dos. O “aprender a aprender” na formação de professores do campo. – Campinas, SP: Autores associados; Vitória da Conquista, BA: Edições UESB, 2013.
SANTOS, Valéria Prazeres dos. A distorção idade-série nas escolas do campo: um estudo sobre os anos iniciais do ensino fundamental no município de Nazaré-BA. 2019. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Estadual de Santa Cruz– Ilhéus, BA: UESC, 2019. 197f.
SOUZA, A. L. L. de; GONZAGA, M. J. B. O materialismo histórico dialético na pesquisa em educação ambiental. Rev. Eletrônica Mestr. Educ. Ambient., v. 31, n.1, p. 138-152, jan./jun. 2014.
UNICEF. Panorama da Distorção Idade-Série no Brasil. 2018. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/pt/panorama_distorcao_idadeserie_brasil.pdf. Acesso em 1 dez. 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Você é livre para:
Compartilhar - copia e redistribui o material em qualquer meio ou formato; Adapte - remixe, transforme e construa a partir do material para qualquer propósito, mesmo comercialmente. Esta licença é aceitável para Obras Culturais Livres. O licenciante não pode revogar essas liberdades, desde que você siga os termos da licença.
Sob os seguintes termos:
Atribuição - você deve dar o crédito apropriado, fornecer um link para a licença e indicar se alguma alteração foi feita. Você pode fazer isso de qualquer maneira razoável, mas não de uma forma que sugira que você ou seu uso seja aprovado pelo licenciante.
Não há restrições adicionais - Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outros para fazer qualquer uso permitido pela licença.