OCUPAR E RESISTIR: A LUTA SECUNDARISTA PELA TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR
DOI:
https://doi.org/10.22481/reed.v2i3.8114Palavras-chave:
Movimento estudantil secundarista, Cotidiano, Participação política, Ocupação secundaristaResumo
Este trabalho analisou as transformações do espaço escolar a partir das ocupações secundaristas ocorridas no ano de 2016, tendo como referência o movimento do Instituto Federal Sul-rio-grandense - Campus Pelotas. Os/as estudantes produziram durante a ocupação diários e publicações em uma rede social, a fim de informar a sociedade sobre a organização do movimento e, é com base nestes materiais que desenvolvemos esta análise. Neste sentido, compreendemos o movimento de ocupação como questionador e tensionador do cotidiano e das relações estruturantes da escola que possibilitaram uma transformação deste espaço. Os/as jovens demostram, ao organizarem os movimentos de ocupação uma resposta a ideia de que a juventude é despolitizada e sem capacidade de articulação. Apontamos para as permanências do movimento, uma vez que os sujeitos envolvidos desenvolveram uma consciência de participação política e que questiona e mobiliza outras esferas sociais e atores políticos para ações que geram mudanças nas estruturas dominantes da sociedade. Por fim, consideramos relevante a articulação política do movimento na disputa do pensamento social, através de um rompimento com cristalizações do cotidiano da ordem do capital, reproduzido nas instituições formativas do pensamento.
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