DE PONTO EM PONTO, DO B-A-BA À LEITURA DE MUNDO: VIVÊNCIAS FREIRIANAS PARA ALÉM DO ESPAÇO ESCOLAR
DOI:
https://doi.org/10.22481/reed.v2i5.9261Palavras-chave:
Pedagogia da Autonomia, Educação Não Formal, Educação Não EscolarResumo
A presença de Paulo Freire na educação brasileira transcende o espaço escolar, de modo a se fazer presente nos contextos mais diversos. No caso específico de espaços não escolares, sejam eles projetos sociais, associações, organizações populares não governamentais, territórios de militância, o educador, munido de uma pedagogia da autonomia, jamais se colocará como imparcial, porém sempre em uma posição rigorosamente ética. Tendo como base a perspectiva etnográfica, a noção de Educação Não-Formal e o pensamento de Paulo Freire, esta pesquisa buscou refletir, a partir de um estudo de caso, as possibilidades de atuação do/a/e pedagogo/a/e para além do espaço escolar, no Ponto de Leitura, um projeto social em Amargosa, BA. Foram realizadas observações participantes, entrevista semiestruturada e notas em diário de campo. A partir da experiência vivida nesse projeto, foi possível perceber o quanto a presença de um/a pedagogo/a/e nos espaços de educação não-formal é importante. Observou-se que a fundadora da organização desenvolveu uma metodologia própria, ao imprimir uma identidade ao projeto popular e libertador bem diferente de um perfil tradicional. Todo o seu trabalho pedagógico entrelaça-se nas relações interpessoais das crianças dentro e fora do projeto, assim como o incentivo à leitura de textos e à leitura de mundo.
Downloads
Referências
ANDRÉ, M. E. D. A. Estudo de caso em pesquisa e avaliação educacional. Brasília: Líber Livro, 2005.
ARROYO, M. Paulo Freire e o Projeto Popular para o Brasil. In: SOUZA, A. I. (Orgs.). Paulo Freire: vida e obra. São Paulo: Expressão Popular, 2010.
BRANDÃO, C. R. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 2007.
FALCO, A. M. C; MOREIRA, J. A. S. A gestão do trabalho pedagógico em espaços escolares e não escolares: um debate acerca da formação do pedagogo no Brasil. Boletim Técnico do Senac, Rio de Janeiro, v. 43, n. 1, p. 256-273, 2017. Disponível em: http://www.bts.senac.br/index.php/bts/article/view/417/377. Acesso em: 03 ago. 2018.
FAVRET-SAADA, J. Ser afetado. Cadernos de Campo, n. 13, p. 155-161, 2005. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/50263/54376. Acesso em: 03 ago. 2018.
FERREIRA, C. A. L. Pesquisa Qualitativa e Quantitativa: perspectivas para o campo da educação. Revista Mosaico, v. 8, n. 2, p. 173-182, 2015. Disponível em: http://revistas.pucgoias.edu.br/index.php/mosaico/article/view/4424/2546. Acesso em: 03 ago. 2018.
FLICK, U. Desenho da pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Bookman, 2009.
FREIRE, P. A pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
______. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1989.
______. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996/2002.
FREIRE, P.; NOGUEIRA, A. Teoria e Prática em Educação Popular. Petrópolis, RJ: Vozes, 1989.
FREIRE, P.; MACEDO, D. Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.
FREITAS, H. C. L. CNE ignora entidades da área e aprova Parecer e Resolução sobre BNC da Formação. Revista Educar Mais, v. 4, n.1, p. 1-3, 2020. Disponível em: https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/educarmais/article/view/1711. Acesso: 03 mar. 2021.
GODOY, A. S. Pesquisa Qualitativa: Tipos Fundamentais. Revista de Administração de empresas, v. 35, n. 3, p. 20-29, 1995.
GOHN, M.G. Educação não formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas na escola. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v.14, n. 50, p.27-38, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ensaio/a/s5xg9Zy7sWHxV5H54GYydfQ/?lang=pt. Acesso em: 03 ago. 2018.
______. Educação não formal e o educador social: a atuação do desenvolvimento de projetos sociais. São Paulo: Cortez, 2013.
LAPLANTINE, F. A descrição etnográfica. São Paulo: Terceira Margem, 2004.
LIBÂNEO, J.C. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 2010.
MATTOS, C. L. G. A abordagem etnográfica na investigação científica. In MATTOS, C. L. G.; CASTRO, P. A. Etnografia e educação: conceitos e usos. Campina Grande: EDUEPB, 2011, p. 49-83.
TEIXEIRA NETO, J. Mochilas existenciais e insurgências curriculares: etnocurrículos instituindo interações em cenários das pedagogias culturais do tempo presente. 2014. Tese (Doutorado) – Universidade Federal da Bahia, Salvador.
VYGOTSKY, L. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista de Estudos em Educação e Diversidade - REED
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você é livre para:
Compartilhar - copia e redistribui o material em qualquer meio ou formato; Adapte - remixe, transforme e construa a partir do material para qualquer propósito, mesmo comercialmente. Esta licença é aceitável para Obras Culturais Livres. O licenciante não pode revogar essas liberdades, desde que você siga os termos da licença.
Sob os seguintes termos:
Atribuição - você deve dar o crédito apropriado, fornecer um link para a licença e indicar se alguma alteração foi feita. Você pode fazer isso de qualquer maneira razoável, mas não de uma forma que sugira que você ou seu uso seja aprovado pelo licenciante.
Não há restrições adicionais - Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outros para fazer qualquer uso permitido pela licença.